Flamengo responde jornalista sobre assinatura de Landim no caso Libra | OneFootball

Nesta segunda-feira (6), o jornalista Danilo Lavieri divulgou uma matéria apresentando um documento do Flamengo, assinado por Rodolfo Landim, que trata dos critérios de audiência definidos pela Libra em setembro de 2024.

Entretanto, na reportagem publicada pelo UOL, o próprio clube rubro-negro se manifestou oficialmente para esclarecer o conteúdo do material.

"O texto exclui a parte da ponderação com base nas receitas de cada plataforma de exibição. No contrato, a Globo paga um preço por todos os direitos. Não existe a explicitação de preço por plataforma. Portanto o texto do Anexo 1 não é exequível. Faltam dados essenciais para se aferir os percentuais de rateio. O texto do Anexo 1 precisa ser alterado para que se tenha uma fórmula que possa ser calculada", escreveu o Flamengo em nota ao portal. Veja a foto do contrato e a assinatura de Landim.

Flamengo x Libra: a polêmica da última semana

A polêmica entre o Flamengo, a Libra e a Globo ganhou força após a recente mudança nas regras de distribuição das receitas de transmissão.

O contrato firmado entre a liga e a emissora tem valor de R$ 1,17 bilhão por temporada, sendo a quantia dividida em três partes: 40% igualmente entre os clubes, 30% conforme a performance esportiva e 30% com base na audiência. É justamente essa última fatia, de cerca de R$ 309 milhões anuais, que gerou o impasse.

Até 2024, a divisão dessa parcela considerava o engajamento das torcidas, levando em conta fatores como número de assinantes de TV, torcedores e presença nos estádios. Esse modelo favorecia times de massa, como o Flamengo, que costuma liderar todos os índices de popularidade e audiência.

No entanto, a nova regra da Libra mudou completamente o critério: agora, a medição é feita apenas pela audiência de cada jogo, sendo o valor dividido igualmente entre os dois clubes em campo, sem considerar o peso das torcidas ou o engajamento em pay-per-view.

O Flamengo estima que a mudança pode causar prejuízo de até R$ 100 milhões em 2025, chegando a R$ 500 milhões em cinco anos. As negociações se estenderam por oito meses, com a apresentação de seis fórmulas alternativas, mas nenhuma foi aceita pela liga. Em agosto de 2024, a Libra aprovou a nova regra por maioria de votos, contrariando o estatuto que exige unanimidade para alterações.

Flamengo e Volta Redonda votaram contra e alegam que o veto deveria ter barrado a decisão. O Mengão entrou na Justiça e obteve liminar que bloqueou R$ 77 milhões da Globo, referentes à parcela de audiência.