O bastidor revelador de Pezzolano, a surpresa impactante do Carbonero e a bomba de R$ 30 milhões que explodiu

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JB Filho Repórter

·17 December 2025

O bastidor revelador de Pezzolano, a surpresa impactante do Carbonero e a bomba de R$ 30 milhões que explodiu

Os bastidores indicam que Paulo Pezzolano está muito perto de ser confirmado como novo técnico do Internacional. A sinalização mais clara veio do próprio treinador, em entrevista concedida no Uruguai, quando confirmou oficialmente que recebeu proposta do clube colorado. Ele até citou contatos de outros mercados, como Espanha e França, mas o discurso soou muito mais como despiste do que como concorrência real. Na prática, tudo aponta para o Beira-Rio.
Pezzolano falou abertamente sobre o erro que considera ter cometido na passagem pelo Watford, na segunda divisão inglesa. Foram apenas dez jogos, uma experiência curta, mas que ele classificou como aprendizado. Ao mesmo tempo, deixou claro que já se prepara para voltar ao Brasil e que entende bem o calendário brasileiro, que começa cedo, é pesado e ainda mais comprimido em ano de Copa do Mundo. Quando cita competições, fala em Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil — o que, para muitos, já entrega o clube com o qual está negociando.
Nos bastidores, a leitura é quase unânime: só uma reviravolta muito grande impediria Pezzolano de ser o técnico do Inter. As referências que chegam de Belo Horizonte seguem sendo excelentes. Pessoas que conviveram com ele no Cruzeiro descrevem um treinador extremamente trabalhador, dedicado, com treinos fortes e metodologia intensa. Um nome que agrada à direção e que encaixa no perfil de reconstrução que o clube busca.
Pezzolano, inclusive, revelou um detalhe importante sobre sua carreira: todos os contratos que assina possuem cláusula de saída para a seleção uruguaia. Ele não esconde que treinar o Uruguai é um sonho pessoal. Hoje, Bielsa está no cargo e deve permanecer até a Copa do Mundo, mas esse é um ponto que o Inter já sabe que pode virar assunto no futuro. Não agora, mas mais adiante.
Enquanto a situação do treinador caminha para um desfecho positivo, outro bastidor chama atenção e envolve Carbonero. Informações vindas da Argentina indicam que o Inter enviou um documento oficial ao Racing informando que pretende exercer a opção de compra do jogador. Ainda não há confirmação oficial do clube, mas o vazamento partiu de fontes argentinas consideradas confiáveis.
O valor total da operação gira em torno de 4 milhões de dólares, mas o Inter já pagou cerca de 400 mil dólares pelo empréstimo. Na prática, restariam aproximadamente 3,5 milhões de dólares, algo próximo de 20 milhões de reais. A decisão surpreendeu muita gente, principalmente pelo desempenho irregular de Carbonero na reta final da temporada. Ainda assim, internamente existe a leitura de que se trata de um jogador relativamente jovem, com potencial de valorização e possibilidade de revenda futura, inclusive pensando em uma boa Copa do Mundo.
Carbonero tem 26 anos e, apesar das críticas, o Inter avalia que pode recuperar valor de mercado com ele, seja esportivamente ou financeiramente. Isso indica que o clube já pode ter alguma movimentação futura mapeada ou, ao menos, acredita que o risco vale a pena.
Mas a grande bomba do bastidor envolve uma questão jurídica pesada. O Internacional foi condenado a pagar 30 milhões de reais em um processo relacionado à venda de Bruno Fux. O jogador foi negociado ainda na gestão Marcelo Medeiros, por 8 milhões de euros fixos mais bônus, e um empresário alegou ter direito a 20% da transação.
Na época, o Inter entendeu que não devia esse valor, alegando que o empresário não representava oficialmente o jogador nem havia intermediado a venda ao CSKA. A Justiça, porém, entendeu diferente. O juiz reconheceu o direito aos 20%, somando correção monetária, juros e custas advocatícias, o que fez o valor saltar para cerca de 30 milhões de reais.
O clube deve recorrer, mas o processo já está em fase de execução, o que torna a situação bastante delicada. Hoje, o Inter não tem esse valor em caixa e deve tentar parcelar a dívida. É mais um problema pesado herdado de gestões passadas, mas que cai no colo da atual administração.