Coluna do Fla
·10 November 2025
Presidente do Flamengo rasga elogios para decisão tomada pela CBF

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·10 November 2025

A atual gestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) avança na criação do Fair Play Financeiro, um desejo antigo do Flamengo, que tem as contas em dia e responsabilidade nos gastos. Feliz com a atitude, o mandatário rubro-negro, Luiz Eduardo Baptista, parabenizou a entidade pelo movimento.
— Entendo que seja providencial e digno de elogios essa decisão da CBF de finalmente tratar um assunto tão importante para o futebol brasileiro. Temos percebido que o Brasil tem ficado para trás nos últimos anos dentro e fora de campo. Para quem acha que tudo só é decidido dentro das quatro linhas, não é —, disse Bap.
— Os atletas têm que se preparar, mas os dirigentes também. Parte fundamental do movimento europeu de evolução no futebol foi o programa de responsabilidade fiscal, técnica e financeira, o fair play financeiro. Vejo com bons olhos que a gente está considerando isso de maneira séria no Brasil —, acrescentou o presidente, em entrevista à FlamengoTV.
No Brasil, alguns clubes contratam, mas não pagam. O Flamengo sofre atualmente com o Internacional, por exemplo, que finalizou a transferência de Thiago Maia no início do ano passado. Porém, o Rubro-Negro não recebeu um real pelo negócio.
O Fair Play Financeiro é um conjunto de regras que visa controlar as finanças dos clubes para que não gastem mais do que arrecadam, promovendo a sustentabilidade a longo prazo. As normas geralmente limitam o déficit, controlam os custos em relação à receita (como salários e transferências) e exigem que os clubes honrem os compromissos em dia para evitar problemas como dívidas.
A CBF tem chamado o Fair Play Financeiro de Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF), que tem praticamente os mesmos objetivos do que é implantado na Europa. No Velho Continente, inclusive, times podem até perder pontos nas competições se não conseguirem honrar os compromissos.
Desde 2013 o Flamengo cumpre todas as regras do Fair Play Financeiro, mesmo sem o sistema funcionar no Brasil nesse período. Portanto, como o clube gasta menos do que arrecada há anos, não terá dificuldades para se adaptar após a CBF confirmar as regras da nova SSF.
• Tratamento de clubes em RJ/REJ: impedir que clubes utilizem o período de não pagamento de dívidas (entre a decretação da RJ/REJ e a homologação do acordo) como vantagem competitiva, bloqueando o registro de novos atletas neste período e perda de pontos. • Definição ampla de custos: controlar não apenas a “folha salarial” (CLT), mas também o custo total do elenco, incluindo direitos de imagem, luvas, bônus, comissões de agentes e impostos. • Bloqueio de brechas contábeis: impedir que custos do futebol profissional masculino sejam “maquiados” como investimentos em categorias de base ou em futebol feminino por meio de rateios fictícios. • Controle de caixa mínimo: Implementar indicadores antecedentes, como a necessidade de capital de giro saudável, para prevenir crises de liquidez. • Transações com partes relacionadas: desconsiderar ou limitar transações entre partes relacionadas (ex.: clube e empresa do mesmo dono) que possam inflar as receitas ou ocultar os custos. Aportes de capitais, por exemplo, não devem ser contabilizados como receita recorrente. • Uso de ratings: adotar um sistema de classificação (como o utilizado por consultorias especializadas), no qual clubes com melhor gestão (classificação elevada) tenham mais margem de manobra, criando um incentivo à boa governança. • Sanções eficazes: focar as sanções na restrição de janelas de transferência, e que estas sejam cumpridas integralmente, mesmo que a causa da punição seja sanada, para desestimular a procrastinação. • Implementação do “Teste de Proprietários e Dirigentes”: criação de uma avaliação composta por regras e critérios para determinar se os novos (ou potenciais) proprietários e dirigentes de um clube são aptos para o cargo. O objetivo é proteger a imagem e a integridade da competição e dos clubes, assegurando que os indivíduos que gerenciam ou adquiriram clubes sejam confiáveis e tenham capacidade financeira comprovada. • Exequibilidade Efetiva do Sistema: implementar uma governança aparelhada para executar punições automáticas, com base em dados factuais e financeiros, incluindo a aplicação de punições e restrições. • Proibição de Gramados Artificiais: os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas.









































