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·18 November 2025

Promotor pede ao MP avaliação sobre uma possível intervenção judicial no Corinthians

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  1. Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

O promotor do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Cássio Conserino, que atua na investigação dos cartões corporativos do Corinthians, mandou uma representação à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social indicando que o clube passe por uma intervenção judicial. A informação foi publicada inicialmente pelo ge.globo.

A sugestão está sob análise de profissionais da área cível e, caso aprovado, o pedido poderá ser feito. O documento possui mais de 50 páginas e foi emitido no dia 11 de novembro. Nele, são listados 25 motivos para que um inquérito seja aberto ou o ajuizamento de uma ação civil pública.


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Foto: Divulgação/Corinthians

Cássio Conserino atua na área criminal e não tem o poder de solicitar, diretamente, uma intervenção judicial no Corinthians e, por isso, encaminhou a representação para outra promotoria e aguarda a avaliação. Dentre os vários aspectos abordados, o documento menciona o desvio de materiais esportivos do clube, utilização do cartão corporativo do Alvinegro para fins pessoas e até mesmo uma possível atuação do crime organização na instituição.

O conceito de intervenção judicial se refere a um tipo de mecanismo previsto em lei em que uma fundação, empresa ou clube apresenta indicativos de irregularidades em sua gestão, que podem afetar a credibilidade, funcionamento e transparência. Com isso, o Ministério Público ou a promotoria competente pode solicitar à Justiça que passe a assumir, de maneira temporária, o controle da administração.

No futebol, o processo ocorre da mesma maneira do que em relação a qualquer entidade privada. Se necessário, o juiz pode pedir a suspensão parcial ou integral das ações da diretoria em questão. A partir daí, é nomeado um interventor judicial para ficar responsável sobre a administração da instituição. Ele permanece no cargo até que a Justiça entenda que a entidade passa a ter condições mais adequadas de governança.

Confira abaixo a lista dos 25 motivos presentes na representação de Cássio Conserino:

  • Laudos de auditores externos com apontamentos de irregularidades;
  • ⁠O Corinthians é patrimônio cultural, cuja proteção é competência do Ministério Público;
  • ⁠Denúncia oferecida e recebida em face do ex-presidente Augusto Melo, dentre outros, por associação criminosa e lavagem de capitais;
  • ⁠Denúncia oferecida em face do ex-presidente Andres Sanches e então gerente financeiro da atual gestão, Roberto Gavioli, por apropriação indevida e lavagem de capitais;
  • ⁠Investigações em face de outros ex-presidentes em tramitação;
  • ⁠Investigação na Delegacia de Polícia de Repressão aos Direitos de Intolerância Esportiva de volumoso desvio de material esportivo por dirigentes da atual gestão;
  • Sistema de compliance inoperante;
  • ⁠A assinatura por ex-presidente e por gerente financeiro, que também atua na gestão atual, de confissões de dívidas então extintas por prescrição;
  • ⁠Regime Centralizado de Execuções não cumprido e não homologado, contendo inclusive contratos lesivos ao clube;
  • ⁠Pedido de intervenção judicial formulado por credor nos autos do Regime Centralizado de Execuções;
  • Gestão temerária ao assumir a terceira maior folha de pagamento do país;
  • ⁠Notas supostamente frias emitidas pelo Oliveira Minimercado, citada como empresa de fachada, tendo como único cliente o Corinthians, cujos valores saíram dos cofres do clube;
  • ⁠Boletins de ocorrência informando supressão de documentos de dentro do clube;
  • ⁠Indícios da presença de crime organizado consubstanciado no pagamento de comissões da VAIDEBET a empresa supostamente ligada ao crime organizado;
  • ⁠Atletas profissionais instalados em apartamento de propriedade do “Alemão” (José Carlos Gonçalves), suposto integrante de organização criminosa;
  • ⁠Postos de gasolina supostamente ligados ao crime organizado licenciados com a marca Corinthians;
  • ⁠Recibo de pagamento pelo Corinthians a ex-assessor parlamentar do ex-presidente André Sanchez, alvo de investigação ministerial, ligado a facção criminosa envolvendo uso de cooperativas de transporte urbano em São Paulo;
  • Inobservância do estatuto para o impeachment de Augusto Melo, cuja entrega das atas do atual Conselho Deliberativo foi sonegada, a despeito de ordem judicial;
  • ⁠Uso de cartão corporativo por ex-dirigentes, mesmo após final dos seus mandatos;
  • ⁠Endividamento impagável, segundo laudos de profissionais externos independentes;
  • ⁠Ameaça a testemunha perpetrada por investigado no caso do desvio de materiais esportivos, então integrante da atual gestão;
  • Transferban da Fifa em valores milionários por falta de pagamento de atletas;
  • ⁠Práticas de atos que podem caracterizar gestão temerária dentro da entidade desportiva;
  • ⁠Desorganização institucional da gestão financeira, com omissão dos órgãos deliberativos e de controle;
  • ⁠Outras dezenas de outras possíveis irregularidades envolvendo contratos duvidosos, TV Corinthians, contratação de jogadores de base, licenciamento de marcas com pagamento de royalties insignificantes ao clube, contratos com cláusulas leoninas, relação com empresas de fachada ou fantasmas sob investigação do Ministério Público

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