Jogada10
·26 November 2025
Roberto Assaf: Flamengo lança craques tarde e só empata

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·26 November 2025

Se Filipe Luis lançasse os titulares desde o começo do jogo, o Flamengo teria exercido a pressão do segundo tempo desde que a bola rolou, e provavelmente teria sido campeão brasileiro. Mas o técnico só mexeu para valer aos sete minutos do segundo tempo, e o time acabou empatando nos acréscimos, na cabeçada de Bruno Henrique, em jogo que não merecia perder, pois forçou até o fim, mas manteve o suspense, apesar dos cinco pontos de vantagem sobre o Palmeiras, que perdeu de 3 a 2 para o Grêmio. A decisão poderá ser na próxima rodada. Não é fácil suportar a prática da minutagem, uma invenção do Século XXI, que só atrasa o futebol. Fale quem quiser falar, o que quiser falar, como bem entender.
O Atlético saiu com vantagem no primeiro tempo porque aproveitou uma das raras chances que teve e o Flamengo desperdiçou as três que criou, duas em cabeçadas de Samuel Lino, e uma na pequena área, na qual Pulgar e Léo Pereira se atrapalharam e o zagueiro tocou para fora. O jogo foi igual. O time carioca tentando chegar ao gol no toque de bola, com erros freqüentes, e o mineiro explorando contra-ataques, com Hulk como referência. Aos 34, Dudu driblou Emerson Royal – o que é tarefa simples – e cruzou para Bernard escorar sem chance para Rossi: 1 a 0. O Flamengo seguiu sem muita inspiração, com tramas banais, e o Atlético pareceu satisfeito com o resultado, o que sugeria alterações necessárias na equipe do Rio, pois até o empate seria aceitável, em tais circunstâncias, pois o manteria na liderança.
No intervalo, o óbvio: Ruan substituiu Vitor Hugo, machucado, e Wallace Yan, que já parecia pilhado, por prováveis provocações dos jogadores experientes do adversário, deu lugar a Bruno Henrique. O problema é que Jorginho e Arrascaeta, que poderiam mudar a partida, permaneceram no banco. Coisas de Filipe Luis.
Aos sete, os citados, enfim, entraram. O Alvinegro também fez mudanças visando dar mais fôlego ao time, depois que Jorge Sampaoli viu o Flamengo lançar as feras. A propósito, o domínio carioca era total, mas a troca de passes era excessiva, e o time não chutava. A pressão diminuiu a partir dos 25, e o Atlético tentava administrar, fechando os espaços. Os laterais rubro-negros não eram eficientes no apoio. E, na prática, nada acontecia. Faltava uma jogada individual. Aos 44, Plata cabeceou na trave. Aos 47, Danilo cruzou e fez-se justiça: Bruno Henrique, também de cabeça, pôs à esquerda de Éverson: 1 a 1. Um pouquinho antes e o Rubro-Negro teria virado, tal o esforço que os jogadores fizeram, e o time seria campeão.
Mas quem manda é o técnico e a ciência. Ou a ciência e o técnico. E é com Filipe Luis que o Flamengo decidirá o resto do Brasileiro e a Libertadores, o que deixa o resultado da competição internacional absolutamente imprevisível.


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