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·7 June 2025
Roberto Martínez: «Espero que amanhã seja um dia memorável nas nossas carreiras»

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·7 June 2025
Na antevisão à final da Liga das Nações, diante da Espanha, Roberto Martínez, selecionador nacional, destacou o poderio do adversário, mas garantiu que a equipa das quinas tem jogadores capazes de contrariar as valências contrárias.
Um jogo especial a nível pessoal: «Vivo com naturalidade. Claramente, há um aspeto sentimental, sou espanhol, mas isso é para uma conversa para ter com os netos, daqui a 10 ou 15 anos. O foco é ganhar a final. Adorei o espírito no treino, hoje temos mais um. Queremos trabalhar bem e preparar uma final muito especial. Essa responsabilidade faz com que possamos dar o melhor de nós.»
As chances lusas: «O foco é o que temos de fazer. Se o nosso desempenho estiver ao mesmo nível do da meia final, acredito muito. O adversário é grande, mas acho que não é um jogo para o aspeto técnico e tático, mas para demonstrar a resiliência que demonstrámos contra a Alemanha. Agora, acho que estamos preparados para ganhar a final. Contra a Alemanha, era um jogo difícil, porque tínhamos de demonstrar a nossa confiança para jogar olhos dos olhos contra uma equipa contra aquela, fora de casa, com resultados muito bons. Fazer aquilo, após 25 anos e de sofrer o primeiro golo... Se apresentarmos a mesma personalidade e resiliência, estaremos preparados para ganhar a final.»
As críticas associadas à falta de troféus: «Estamos no futebol para ganhar, e um aspeto para avaliar isso são os troféus. Outro é o ranking, que dá mostra da consistência do trabalho. A Bélgica foi número 1 do mundo durante quatro anos consecutivos. Precisamos de vitórias, golos, pontos, detalhes, oportunidades, espírito... Há muitos aspetos por que é possível avaliar um selecionador. Tenho muito orgulho por ser o terceiro selecionador de Portugal a poder preparar uma final, e é nisso que estou focado. Vou dar tudo para que os adeptos fiquem muito contentes.»
A reação aos elogios de Ronaldo: «O capitão quer jogar amanhã... Estou a brincar. O Cristiano é um jogador que está a jogar a sua quarta final pela seleção. É incrível, um exemplo. Adoro a sua fome. É um jogador que ganhou tudo e, no dia a seguir, começa do zero. O Rodrigo Mora, o Quenda, o João Neves, chegarem ao balneário e poderem trabalhar com o Cristiano é uma prenda. Espero que amanhã seja um dia memorável nas nossas carreiras. Acho que o trabalho da equipa é o que acontece no balneário. Temos de ajudar os jogadores a desfrutar do jogo, a fazer a diferença e a vencer. Em dois anos e meio, o nosso trabalho dentro do balneário foi mútuo. Todos temos um compromisso total, é um balneário solidário, que gosta da responsabilidade, e, amanhã, vamos dar tudo para fazer do povo português um povo muito feliz.»
A chave para vencer o encontro: «O futebol de seleções é um processo longo, de procurar as melhores ligações, os melhores conceitos... Portugal não vai mudar nada do que somos para conquistar a final. Acreditamos nos conceitos e no que podemos fazer. Espanha tem, provavelmente, o melhor jogo do mundo. Têm jogadores capazes de manter a bola e atacar rapidamente, que é um aspeto diferente do futebol espanhol. Precisamos de defender bem isso, mas a chave para Portugal ganhar é sermos perfeitos naquilo que somos bons, e não sermos pragmáticos ou mudar a nossa ideia. Seria um erro.»
As constantes mudanças no onze: «Vocês já sabem como trabalho. A decisão do onze é feita depois do último treino, pela forma como trabalhamos, como os jogadores treinam... Há muito a avaliar no último treino. O que posso dizer é que acredito em todos os jogadores, e isso é uma vantagem. Não há um onze, há uma ideia de jogo. A nossa reação à perda tem de ser perfeita, porque, se deixamos Espanha usar os contra-ataques... São a melhor seleção do mundo. Precisamos de fazer tudo aquilo em que somos muito bons. Demonstrámos, contra a Alemanha, que somos capazes de controlar o jogo com bola. É isso que precisamos de fazer, com muita personalidade, reagindo rapidamente e defendendo bem, contra uma equipa que tem uma qualidade excecional no ataque.»