Schettine é estrela em Moreira de Cónegos: da afirmação tardia ao trabalho com o psicólogo | OneFootball

O Moreirense é a equipa revelação das primeiras sete jornadas da Liga Portugal Betclic. Os cónegos levam 15 pontos, fruto de cinco vitórias e duas derrotas nos sete jogos disputados. Entre um coletivo forte, há um nome que tem chamado à atenção na equipa de Vasco Botelho da Costa: Guilherme Schettine.

Não sendo um jovem nem um jogador desconhecido do nosso futebol, o avançado brasileiro vem vivendo o melhor início de temporada da carreira, aos 29 anos. Nos sete jogos iniciais, Schettine leva cinco golos, alguns deles decisivos a dar vitórias à equipa do concelho de Guimarães.

Um velho conhecido em afirmação

Schettine já é um velho conhecido do futebol português. A primeira experiência em Portugal deu-se em 2016/17, quando assinou pelo Santa Clara, então na II Liga, proveniente do Atlético Paranaense. Aos 21 anos, o jovem avançado teve dificuldades em impor-se nos açorianos: jogou apenas 19 jogos - dois golos - na primeira passagem pelos açorianos, que durou um ano e meio.

A meio da segunda temporada no clube, Schettine foi emprestado ao Al-Batin, da Arábia Saudita e jogou também nos Emirados Árabes Unidos, no Dibba Al Fujairah. No regresso a Portugal, afirmou-se na equipa insular já na I Liga e acabou vendido ao SC Braga, caminho quase natural para jogadores que se destacam em equipas de nível médio/baixo do campeonato.

O salto para os Guerreiros do Minho não foi positivo. 18 jogos, nenhum golo e novos três empréstimos. Almeria, FC Vizela - clube em que conseguiu mais protagonismo, com nove golos - e Grasshoppers. No fim da última cedência, os minhotos venderam o brasileiro aos russos do Sochi, por 400 mil euros.

Um ano depois, aconteceu o regresso a Portugal para a terceira experiência no Minho, desta feita no Moreirense.

Em Moreira de Cónegos, orientado por César Peixoto, começou como suplente. Luís Asué teve um bom início de campeonato e Schettine teve de esperar até à nona jornada para alinhar pela primeira vez como titular. No Bessa, na primeira titularidade, surgiu o primeiro golo com a camisola verde e branca axadrezada no campeonato - tinha marcado também na Taça no jogo anterior.

A temporada tranquila do Moreirense coincidiu também com o regresso aos bons números do 95 dos cónegos. Seis golos, cinco assistências e grande consistência exibicional na turma minhota.

Trabalho com psicólogo faz a diferença

O bom início do Moreirense está diretamente interligado com o excelente arranque de temporada de Schettine. São cinco golos em sete jornadas e, sempre que marcou, o Moreirense saiu da partida com os três pontos no bolso.

Em entrevista à Lusa, no início deste mês de setembro, o avançado canarinho revelou um dos segredos para o bom arranque de campeonato: o trabalho psicológico que tem desenvolvido com o psicólogo do Moreirense.

O avançado confessou que o trabalho mental e psicológico desenvolvido com Daniel Pereira, psicólogo do clube, está «a fazer toda a diferença em relação a épocas anteriores».

«Eu começava um pouco atrasado fisicamente e na adaptação ao estilo de jogo do treinador, em relação a outros colegas de equipa.»

Schettine acrescentou ainda que o objetivo pessoal da temporada prende-se em marcar dez golos no campeonato. Cinco já lá moram...

Conseguirá o brasileiro alcançar a melhor temporada da carreira e ajudar o Moreirense a uma temporada histórica?