Zerozero
·11 June 2025
Soube a pouco, mas foi um ponto

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·11 June 2025
Foi um ponto, mas não deixou de saber a pouco! Na estreia na fase de grupos do Euro Sub-21, Portugal não foi além de um nulo frente à França (0-0). A divisão de despesas foi total e, se a equipa lusa conseguiu a supremacia nos 45' iniciais, os gauleses cresceram de forma ameaçadora na etapa complementar. Apesar dos esforços, ninguém desfez o empate e a divisão de pontos foi a realidade registada.
No frente a frente entre as duas seleções mais dotadas do grupo C, Portugal mostrou toda a sua faceta desinibida e prática na procura da baliza de Restes. À posse de bola que conseguiu manter durante grande parte da primeira parte, os pupilos de Rui Jorge mostraram a lição bem estudada no momento da pressão sobre a linha defensiva contrária e, daí, só não retirou dividendos por manifesta falta de eficácia.
Vital na forma como incomodou a defensiva gaulesa, Tiago Tomás obrigou o guardião do Toulouse a brilhar num lance em que ficou bem patente o uso da dimensão física por parte do avançado do Wolfsburg.
Antes disso, já Paulo Bernardo e Roger Fernandes tinham desperdiçado ocasiões de ouro na mesma jogada e na sequência de uma das muitas e boas incursões de Geovany Quenda pela corredor direito, no primeiro sinal claro da supremacia lusa que se viria a registar até ao intervalo.
Algo nervosa na saída a jogar, a equipa francesa viu o extremo do SC Braga ser novamente perdulário na sequência de uma asneira de Merlin, em mais um momento que deve ter deixado Gérald Baticle à beira de um ataque de nervos.
Daí em diante, o equilíbrio foi a palavra de ordem, Portugal nunca perdeu o controlo da partida, mesmo com o crescimento gaulês no sentido da baliza de Samuel Soares. Mesmo assim, o guardião lusitano não foi testado uma única vez, numa prova inequívoca da inoperância ofensiva dos bleus.
No reatar, Rui Jorge retirou o amarelado Rafael Rodrigues e lançou Flávio Nazinho - excelente nas incursões ofensivas -, mas a principal nota de destaque acabou por ser o crescimento da França.
Com o miolo e o ataque bem mais conectados por força do papel desempenhado por Johann Lepenant, a França chegou-se à baliza de Samuel Soares como nunca tinha conseguido e o perigo passou a ser real.
As aproximações sucederam-se, Mathys Tel perdou o duplo duelo com o guardião luso numa fase mais adiantada do encontro e Portugal foi capaz de voltar a equilibrar, sobretudo com as entradas de Carlos Forbs e Rodrigo Gomes - a capacidade para esticar o jogo foi nota dominante.
Nos minutos finais, Paulo Bernardo voltou a não dar o melhor seguimento ao sprint de Nazinho - remate em jeito e ao alcance de Restes -, com Lepenant a fechar o cardápio das oportunidades em mais um belo momento de segurança protagonizado por Samuel Soares.