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·5 December 2025

Técnico do Corinthians exalta jogadoras, critica calendário e projeta final do Paulistão Feminino contra rival

Article image:Técnico do Corinthians exalta jogadoras, critica calendário e projeta final do Paulistão Feminino contra rival
  1. Por Henrique Pereira / Redação da Central do Timão

O Corinthians venceu o São Paulo por 2 a 1 na Neo Química Arena e garantiu vaga na final do Campeonato Paulista Feminino. Após a partida, o técnico Lucas Piccinato comentou amplamente sobre o desempenho da equipe, elogiou atletas, analisou a arbitragem e projetou a decisão contra o Palmeiras. O treinador destacou principalmente a atuação de Duda, que voltou da Seleção com desgaste físico, mas ainda assim entrou e mudou o jogo, reafirmando sua importância no elenco.

“Sobre a Duda, acho que é chover no molhado. Uma jogadora que hoje é titular da Seleção Brasileira, por mérito, por muito trabalho e dedicação que ela coloca. Hoje entrou e fez um jogo do nível masterclass que ela é, uma jogadora diferente que ela é. Muito contente que ela, mesmo com um desgaste grande, tomou um pisão na Seleção, ficou um tempo sem treinar lá. E mesmo com todo esse contexto, ela conseguiu entrar e nos ajudar, como sempre faz. Então, muito contente pela partida dela.”, disse.


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Foto: ©Rodrigo Gazzanel / Ag. Corinthians

Piccinato também avaliou a arbitragem e afirmou não ter visto interferência direta no resultado, elogiando a postura da árbitra no lance do pênalti marcado para o São Paulo. Segundo ele, a velocidade de Isa resultou em diversas faltas que, na visão da arbitragem, realmente ocorreram.

“Em relação à arbitragem, não achei que a arbitragem foi tão mal hoje, sinceramente. Acho que a Isa cavou muitas faltas, é uma atleta muito rápida, todo o contato eles deram, acho que isso incomodou. Mas acho que como toda a arbitragem não interferiu, a penalidade, acho que eu daria a penalidade também. Acho que foi um contato, a Isa ganhou a frente. Acho que em outros jogos a arbitragem incomodou mais do que esse.”, comentou o técnico.

A ausência de algumas jogadoras em plena condição física após a Data FIFA e os cartões recebidos ainda no início da partida influenciaram as escolhas táticas do treinador. Ele destacou que confia no elenco e que situações como essas servem para fortalecer o grupo, mas admitiu que precisou ajustar funções devido ao risco de expulsões.

“Hoje o contexto do jogo trazia, como eu disse, a questão das meninas da seleção terem chegado muito em cima da hora. A decisão, a gente poderia ter forçado a mão e colocado, mas preferi optar por confiar no grupo. E a gente já jogou jogos sem ter nenhuma das jogadoras que realiza volante no time, que hoje é a Day e a Duda. E a gente já conseguiu sustentar, inclusive contra o São Paulo na Fazendinha, a gente não tinha nenhuma das duas e fez um grande jogo.”, apontou Piccinato.

“Acho que hoje o que condicionou um pouco para a gente não conseguir ter na posição de volante um jogo melhor foi que a gente tomou cartão muito rápido, a Andressa tomou um cartão rápido, então eu tive que tirar ela da volância, porque se tivesse um contra-ataque ela precisaria matar e não teria a possibilidade. Depois a Vic tomou um cartão, então isso atrapalhou um pouco. Em relação ao ano que vem, a gente tem obviamente olhado com carinho para a posição. E com certeza a gente vai tentar reforçar da melhor maneira possível e trazer uma peça que possa agregar e possa ter mais uma possibilidade dentro do elenco.”, continuou.

Outro destaque do treinador foi o retorno de Jaqueline, autora de um dos gols da partida. Ele lembrou a importância da jogadora nos mata-matas do Brasileirão e explicou que o clube foi cauteloso em seu retorno para evitar uma nova lesão, já que a atacante ficou fora após quebrar o dedo ao chutar a quina de uma cama.

“A Jaqueline, na minha opinião, ela foi uma das duas ou três, talvez a melhor jogadora nossa nos mata-matas de Brasileiro. Acho que ela foi importantíssima contra o São Paulo, com gol, com assistência. Acho que ela foi importantíssima contra o Cruzeiro, com assistência. Acho que ela fez grandes jogos no mata-mata do Brasileiro e infelizmente, por uma fatalidade, ela chutou uma quina da cama e quebrou o dedo e teve que ficar de fora.”, disse Piccinato.

“Mas é uma atleta de grupo pra caramba, uma atleta que trabalha pra caramba, uma atleta que é alto astral e dentro de campo é uma jogadora que tem qualidade técnica pro drible, pro arraste, pra finalização com as duas pernas, uma boa cabeceadora, uma jogadora que nos agrega muito e muito contente com esse retorno. Acho que ela fez um jogo como ela gosta de fazer contra o São Paulo, inclusive.”, continuou o treinador.

Piccinato avaliou ainda as mudanças no São Paulo sob comando de diferentes treinadores e citou o jogo equilibrado na semifinal. Ressaltou, porém, que a equipe mais o incomodou foi o confronto no Carindé pelo Brasileirão, quando Nicole brilhou e evitou um resultado negativo. Para ele, enfrentar o rival é sempre um duelo físico, técnico e emocionalmente intenso.

“Eu acho que a perspectiva do Thiago ter começado o jogo com outra formação traz uma diferença para que a gente pudesse, tivesse que se adaptar, mas acho que no contexto geral do jogo, mesmo no primeiro tempo onde a gente não esteve bem, eu acho que foi um jogo onde a gente teve bola na trave, o São Paulo teve um cabeceio dentro da área, foi um jogo bem equilibrado. (…) A gente dá graças a Deus que acabou os confrontos.”, comentou.

A final contra o Palmeiras, porém, ganhou atenção especial. O técnico afirmou que o time de Rosana é agressivo, intenso no pós-perda e chega mais leve após a troca de comando. Ele acredita que a decisão será marcada por duelos diretos e disputa metro a metro, exigindo duas grandes atuações do Corinthians para buscar o título.

“O comando, o fato de trocar a treinadora muda bastante. O time da Camila tinha algumas características, o time da Rosana tem outras bem diferentes. Então isso, óbvio, é uma mudança bem impactante. A quantidade de grandes jogadoras trocou de um ano pra outro, tanto aqui quanto lá. E poder definir em casa, que é uma grande mudança. Ano passado a gente não conseguiu fazer um jogo em que a gente definisse a série na primeira partida aqui, a gente teve que ir pra Campinas e não fez um bom jogo lá e saiu derrotado nas penalidades.”, avaliou Piccinato.

“E acho que esse ano vai ser um jogo muito de duelos, de disputa, competitivo, metro a metro. O Palmeiras cresceu muito desde que a Rosana chegou e acho que a gente vai ter que fazer duas grandes partidas, entender que os primeiros 90 são importantes e ditam bastante o que vai ser a série. Então se preparar bem, que já está aí, domingo já é o primeiro jogo, então a gente tem que se preparar bem.”, complementou.

Um ponto que gerou forte descontentamento foi a possibilidade de a final ser marcada para o dia 14, mesmo dia de um jogo eliminatório do Corinthians masculino. Piccinato afirmou que o clube gostaria do jogo no dia 13, para poder jogar na Neo Química Arena, mas que interesses de detentoras de direitos têm pesado mais do que o desejo dos clubes.

Sobre a final, a gente gostaria que fosse no dia 13, porque no dia 13 nós conseguiríamos mandar o jogo aqui. O presidente nos deu esse aval para que a gente pudesse fazer a final no nosso estádio, no lugar onde a gente consegue ter um recorde muito bom. Mas, infelizmente, a federação e quem tem as detentoras de direito aí tem forçado a barra para que seja no dia 14. E aí, no dia 14, o Corinthians tem um jogo eliminatório pelo futebol masculino, um jogo de extrema importância. E as possibilidades de jogo aqui acabam sendo desimadas.”, relatou o treinador.

A gente falou com a federação, espera que a federação tenha um bom senso para tomar essa decisão, porque é uma decisão que pode definir um campeonato. A diferença entre jogar aqui com o mandante e jogar em qualquer estádio com o mandante é muito grande, porque aqui a nossa torcida empurra com uma força absurda. O jogo, no mesmo dia do jogo importante do Corinthians, do futebol masculino, independente de onde a gente coloque o jogo, ele naturalmente vai diminuir a capacidade de público.”, continuou.

O treinador também criticou a decisão da Seleção Brasileira Feminina de utilizar diversas jogadoras convocadas em plena fase decisiva dos clubes. Para ele, falta bom senso no calendário e na coordenação entre competições nacionais e internacionais, o que prejudica principalmente as equipes que chegam mais longe.

“A seleção óbvio está na dela, a comissão está na dela de colocar aquilo que imagina ser o melhor. Infelizmente, a decisão foi de colocar sete atletas que estão no mata-mata para jogar o jogo no dia 2 e isso acaba atrapalhando não só aqui como no outro lado, mas obviamente estão no direito deles e eu estou no direito meu e cada um vai puxar para o seu lado. A gente lamenta por toda essa circunstância porque eu acho que a gente poderia ter um pouco mais de bom senso de todos os lados, inclusive de quem redige o calendário e é a pessoa mais importante nesse processo para que a gente não tenha situações como essa, porque eu acho que quem perde é o espetáculo, ter as jogadoras desde o começo acho que faria uma diferença grande como foi feito.”. criticou o treinador.

Encerrando sua análise, o treinador voltou a criticar a organização do calendário nacional, afirmando que clubes como Corinthians e São Paulo sofrem de forma desproporcional pelo acúmulo de jogos. Segundo ele, a expectativa é de que a próxima temporada seja melhor planejada e permita um ambiente mais saudável para atletas, clubes e para o próprio espetáculo.

“Mas eu acho que hoje, mais do que as peças, ter mudado formação acho que deu a possibilidade de a gente virar a partida e unindo isso com as jogadoras de talento alto que a gente tem acho que foi o diferencial. Esperamos que de verdade o calendário do ano que vem seja melhor, o calendário já foi liberado pela CBF, a federação ainda não cravou as suas datas, a gente está na expectativa para que a federação possa cravar as suas datas e a gente possa planejar, só que de repente o calendário é enviado e tem a possibilidade de ter uma Copa América aqui no Brasil.”, iniciou Lucas Piccinato.

“As coisas no feminino elas são feitas de uma forma que eu não consigo entender porque a gente não consegue liberar um calendário que seja coerente dentro do processo e que tenha datas durante todo o ano para que nem seleção atrapalhe clube, nem clube atrapalhe seleção, pra que consiga conviver e um campeonato encavale com outro.”, continuou.

“Pra mim não é um trabalho tão complexo mas a gente tem deixado ser complexo nos últimos anos e nós temos sofrido, quem chega nas principais competições são as equipes que mais sofrem, e esse ano Corinthians e São Paulo principalmente sofreram bastante com isso então a gente espera que para a próxima temporada as coisas melhorem.”, completou o técnico.

Agora, as Brabas irão encarar o Palmeiras em dois jogos na final do estadual – decidindo o segundo jogo em casa por ter tido melhor campanha. As datas e horários ainda serão definidas pela Federação Paulista de Futebol (FPF).

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