Esporte News Mundo
·21 December 2025
Vai mudar de nome? Fla-Flu negociam naming rights do Maracanã

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·21 December 2025

As negociações envolvendo a comercialização dos naming rights do Maracanã podem enfrentar um novo obstáculo jurídico. Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro propõe impedir qualquer mudança no nome oficial do estádio, o que pode impactar diretamente os planos de Flamengo e Fluminense, atuais administradores do complexo, que negociam a exploração comercial da marca do Maracanã.
A proposta é de autoria do deputado estadual Alexandre Knoploch (PL-RJ) e estabelece a preservação integral do nome Estádio Jornalista Mário Filho. O texto veda alterações decorrentes de contratos, concessões, parcerias público-privadas ou qualquer outro instrumento que tenha como objetivo modificar total ou parcialmente a denominação do estádio, incluindo acordos ligados à venda de naming rights.
Atualmente, Flamengo e Fluminense conduzem tratativas para a venda do nome do estádio e estimam arrecadar cerca de R$ 55 milhões. Pelo modelo econômico previsto no contrato de gestão, o Flamengo ficaria com 65% da receita, enquanto o Fluminense teria direito a 35%. O Governo do Estado acompanha o tema e, até o momento, sinalizou de forma informal que não se opõe às negociações.
De acordo com informações apuradas pelo ge, a aprovação e posterior sanção do projeto pelo governador Cláudio Castro podem inviabilizar ou limitar o avanço dessas tratativas. O texto foi publicado no Diário Oficial em 12 de dezembro e ainda precisa passar por quatro comissões da Alerj: Constituição e Justiça; Esporte e Lazer; Cultura; e Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional.
Na justificativa, o deputado argumenta que a denominação Maracanã possui valor histórico, cultural e simbólico que ultrapassa interesses comerciais. Ele reconhece a tendência de exploração econômica de arenas esportivas por meio de naming rights, mas defende a necessidade de estabelecer limites para evitar a descaracterização de um patrimônio que considera pertencente não apenas ao Rio de Janeiro, mas à história do esporte mundial.
O projeto também ressalta que não há impedimento para a celebração de acordos comerciais complementares, desde que o nome oficial do estádio seja preservado e devidamente destacado. O objetivo, segundo o autor, é garantir que o Maracanã mantenha sua identidade histórica, mesmo diante de iniciativas voltadas à geração de receitas.
O debate sobre a preservação do nome do estádio não é inédito. Em 2021, a Alerj aprovou um projeto que previa a alteração do nome do Maracanã para Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé, mantendo a homenagem a Mário Filho apenas no complexo esportivo. À época, o governador Cláudio Castro vetou a mudança, preservando o nome histórico do estádio.









































