Vítor Almeida Gonçalves comenta chegada de Mourinho ao Benfica: "Foi claramente pressionado" | OneFootball

José Mourinho foi oficializado como novo treinador do Benfica no passado dia 18 de setembro. Em clima de eleições no Clube, Vítor Almeida Gonçalves considerou o despedimento de Bruno Lage e consequente contratação de Mourinho para o comando técnico do Benfica como sendo uma decisão eleitoral, opinião essa partilhada por Pedro Sousa.

"Se o Benfica não fosse a eleições daqui a um mês, eu tenho a convicção de que Rui Costa não teria despedido Bruno Lage, não tão depressa quanto o fez. Talvez o viesse a fazer, mas foi claramente pressionado pelo momento eleitoral", começou por dizer Vítor Almeida Gonçalves no programa 'Record na Hora'.

De seguida, o jornalista desportivo admitiu ter previsto tal decisão tendo em conta o trunfo eleitoral usado por João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica: "Confirmou-se o que tínhamos antecipado. A partir do momento em que Noronha Lopes mete Bernardo Silva na sua campanha eleitoral, os outros candidatos tinham que fazer alguma coisa e a troca de treinador no banco do Benfica tem muito a ver com isso".

Quando foi questionado sobre se Mourinho estava nos planos de Rui Costa antes do desaire com o Qarabag, Vítor Almeida Gonçalves confirmou a hipótese: "Possivelmente estava. Eu acho que Rui Costa sentiu a necessidade de fazer alguma coisa porque apesar de ele ter vindo dizer que não estava a pensar em salvar cargo nenhum, parece-me evidente que está. Recordo que Rui Costa lançou oficialmente a sua campanha 20 minutos antes de apresentar José Mourinho no Seixal".

Por fim, Pedro Sousa juntou-se à conversa, concordando que o pretexto sob o qual Rui Costa despede Bruno Lage é meramente eleitoral: "Não faltaram oportunidades para Rui Costa. Desde logo o episódio da garagem, depois nos Estados Unidos, pela forma como lidou com Kokçu. E ainda perdeu o Campeonato e a Taça de Portugal. Era Bruno Lage quem ia à frente de Rui Borges quando o Rui Borges pegou no Sporting. Ele (Rui Costa) não teve falta de oportunidades para dizer ‘chega, já não vale mais a pena’".