Zagueiro relembra vice com o Santos em 2015, avalia momento no Corinthians e ressalta desejo pela Copa do Brasil

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Central do Timão

·17 December 2025

Zagueiro relembra vice com o Santos em 2015, avalia momento no Corinthians e ressalta desejo pela Copa do Brasil

Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Na noite desta quarta-feira (17), às 21h30 (de Brasília), o Corinthians recebe o Vasco da Gama, na Neo Química Arena, pela partida de ida da final da Copa do Brasil. O Alvinegro busca o quarto título do torneio após 16 anos da última conquista (1995, 2002 e 2009). Desde então, foram dois vice-campeonatos (2018 e 2022) e duas semifinais (2023 e 2024).

Desta maneira, o zagueiro Gustavo Henrique concedeu entrevista à TV Globo e relembrou o vice-campeonato da Copa do Brasil com o Santos, em 2015, em uma final disputa contra o Palmeiras. No primeiro jogo, o time da Baixada havia vencido por 1 x 0, na Vila Belmiro. No Allianz Parque, por sua vez, triunfo Alviverde por 2 x 1, que ficou com o título nas penalidades. Naquele dia, o então jovem defensor, aos 20 anos, desperdiçou uma das cobranças pelo lado santista.

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Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

“De toda derrota a gente leva alguma coisa. Naquela final a gente perdeu, infelizmente, mas me fez crescer muito, me fez querer buscar ainda mais os títulos que eu iria disputar. Eu tinha praticamente acabado de subir da base. Hoje estou mais para o final da minha carreira do que para o início. Eu me vejo muito mais maduro, experiente e preparado do que quando eu tinha 20 anos. Foi parte de um processo doloroso, lógico, queria muito ter ganhado aquela final, mas hoje tenho outra oportunidade, no lugar que é o templo do futebol. Espero concluir dessa vez com um título”, iniciou.

Posteriormente, relembrou como suas passagens por Flamengo (2020-2022, Fenerbhaçe , da Turquia (2022-2023) e Real Valladolid, da Espanha (2023) fizeram com que o defensor chegasse ao Corinthians, em janeiro de 2024, ainda mais preparado para apresentar um futebol de alto nível.

Em 2025, o zagueiro de 32 anos acumula quatro gols e uma assistência em 37 partidas. Em 73 partidas com a camisa corinthiana, são seis gols marcados e duas assistências. O camisa 13 foi importante na arrancada da equipe no Campeonato Brasileiro 2024 (do Z4 à Pré-Libertadores) e na conquista do Paulistão 2025, diante do Palmeiras.

“Todos os momentos me prepararam para estar aqui mais maduro, mais consciente fisicamente e mentalmente, mas por todos os times que eu passei, eu tenho uma gratidão enorme. Gratidão pelo Santos por ter me revelado, pelo Flamengo por ter ganhado muitos títulos lá e pelo Fenerbahçe, onde ganhei título e consegui desenvolver o meu futebol. Quando eu chego ao Corinthians , é onde eu chego mais preparado e me sinto mais preparado. O que procurei fazer é dar o meu melhor, como sempre faço em todos os clubes. E é o que a torcida pede, a torcida pede muita raça e entrega. É o que procuro fazer dentro de campo.”

Sobre o momento artilheiro, ele acrescentou: “É o treino, é o trabalho. A gente assiste a muitos vídeos de nossos adversários e vê onde pode explorar. Hoje em dia a bola parada define muito os jogos. E, graças a Deus, a gente está conseguindo executar bem essa função. Lógico que passa pela batida também. Se não tiver uma batida boa, dificilmente você consegue buscar a bola. Fico feliz por poder ajudar. Sempre que eu puder ajudar, tanto ofensivamente quanto defensivamente, eu estou procurando fazer.”

Posteriormente, o experiente defensor fez uma avaliação de sua temporada. Depois de alguns problemas físicos em 2024 e no início de 2025 – que ainda teve uma cirurgia de hérnia inguinal após o Paulistão deste ano, o jogador passou a ter uma maior sequência de jogos com Dorival Júnior, contratado em abril, e vem sendo um dos pilares da equipe.

“No trabalho diário eu procuro me dedicar muito à minha profissão, honrar o máximo que eu posso esta camisa, que é uma camisa muito pesada, que pede muita raça e entrega. Não tem muito segredo. Lógico que tem as minhas qualidades e as minhas fragilidades, que eu tento melhorar a cada dia. Fico muito feliz por esta temporada, está sendo uma temporada muito especial para mim. E vai ser mais especial ainda se a gente concluir com título.”

“Foi uma hérnia que apareceu, que estava me incomodando muito. Eu ainda consegui jogar as finais (do Campeonato Paulista) com bastante dor, mas precisava jogar aquelas finais. Quando começou o Brasileiro, eu senti que precisava muito fazer essa cirurgia para voltar bem, para pensar do meio do campeonato para a frente. Foi o mais correto a ser feito, consegui voltar sem dor. Estou me sentindo muito bem fisicamente, sem dores” continuou.

Por fim, relembrou a temporada conturbada da equipe fora de campo. Em maio, Augusto Melo foi destituído da presidência do clube após aprovação do Conselho Deliberativo e na Assembleia Geral dos Associados. Três meses depois, o Alvinegro sofreu um transferban na Fifa – vigente até o momento – por uma dívida de R$ 40 milhões pela contratação do zagueiro Félix Torres, em janeiro de 2024, junto ao Santos Laguna, do México.

Apesar disso, Gustavo Henrique destacou a união e mobilização do grupo nos principais momentos da temporada. A partir disso, o camisa 13 também projetou os jogos da final da Copa do Brasil, diante do Vasco. Na atual edição do torneio, o Corinthians já despachou Novorizontino (terceira fase), Palmeiras (oitavas de final), Athletico-PR (quartas de final) e Cruzeiro (semifinal) – sete vitórias e uma derrota – 10 gols marcados e dois sofridos.

“É um grupo que quer muito ganhar com essa camisa. A gente teve diversas reuniões neste ano, se cobrando mesmo, quando o resultado não vinha. Não era porque a gente não queria, era porque realmente as coisas não aconteciam por algum motivo. Quando chega a Copa, a gente elimina o nosso maior rival e depois elimina o Cruzeiro, que, para mim, particularmente, estão entre os três melhores times do Brasil hoje. Isso mostra a força do nosso grupo. É a vontade de ganhar o que vem fazendo a diferença, a nossa união, o nosso dia a dia muito saudável. Sempre é um pelo outro. Esse é o motivo de a gente estar em mais uma final.”

“O Vasco é uma equipe muito qualificada. É um time que está há muito tempo sem ganhar um campeonato nacional, igual ao Corinthians . Por mérito, as duas equipes estão ali, pelo seu esforço, pela sua dedicação, pela sua humildade. A gente vai em busca dessa taça. É estudar muito o nosso adversário, que tem um estilo de jogo muito chato, para que a gente esteja preparado já na quarta-feira e depois no segundo jogo, no domingo”, finalizou.

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