130 anos do Flamengo: os atletas mais marcantes do Mengão em cada década | OneFootball

No dia 15 de novembro, o Flamengo completou 130 anos de existência. Desde 1895, o Mengão protagoniza grandes momentos Brasil afora - seja na terra, seja no mar. Com isso, o MundoBola Flamengo relembra os principais atletas que se destacaram pelo Mais Querido em cada década.

Nesta matéria, recordaremos os principais nomes da história da instituição - no futebol, basquete e em outros esportes. Fundado como um grupo de remo, o clube passou a ter outras modalidades na década de 1910, com o futebol e basquete.

Pela relevância do Flamengo em diferentes modalidades, algumas décadas terão dois protagonistas - um do futebol e outro de esportes que marcaram a história rubro-negra.

Décadas de 1890 e 1900: remadores do Flamengo

Nas duas primeiras décadas, o Flamengo de destacou pelo remo e conquistou sua primeira vitória em 1898, na Grande Regata Icarahy, em Niterói.

No barco Tymbira estavam: Felisberto Laport, Carlos de Souza Costa, Álvaro Tourinho e Napoleão Coelho de Oliveira. Já na Ypiranga estavam: Zezé, Laport, Carlos, Napoleão, Libaldino Amaral e Adalberto Loth.

Foto: Reprodução/Museu Flamengo

Década de 1910: Alberto Borgerth

Sob a liderança de Alberto Borgerth, o Flamengo criou, no dia 24 de dezembro de 1911, o seu Departamento de Esportes Terrestres e, assim, o futebol do Mengão ganhava vida. A primeira partida da história rubro-negra foi um show: 15 a 2 sobre o Mangueira, em confronto válido pelo Campeonato Carioca.

Por isso, Borgeth pode ser considerado como o principal nome do clube na década. Vale lembrar que o atleta também foi remador do clube antes da fundação do time de futebol.

Década de 1920: Sidney Pullen e Lydia Von Ihering

Ainda na década de 1910, o anglo-brasileiro Sidney Pullen se destacou nas primeiras equipes do Flamengo no futebol. Contudo, na década seguinte, o meia-atacante teve maior protagonismo e foi peça fundamental na conquista do bicampeonato carioca de 1920 e 1921.

Com 50 gols marcados com o Manto Sagrado, o atleta é considerado o quinto maior artilheiro estrangeiro da história do Mengão - atrás de Petkovic (57), Jorge Benítez (75), Doval (94) e Arrascaeta (95).

Nos esportes olímpicos, Lydia Von Ihering foi a pioneira da presença feminina nos esportes do clube, em 1928, quando se tornou remadora do Rubro-Negro - numa modalidade então predominantemente masculina.

Além do remo, a atleta incentivou a participação de mulheres em outros esportes, como natação e tênis. No vôlei, criou o time feminino do Flamengo. Seu maior destaque, porém, veio na esgrima, na qual se tornou campeã carioca.

Foto: Reprodução/Acervo Lydia Von Ihering

Década de 1930: Leônidas e Piedade Coutinho

Famoso pelos gols de bicicleta, Leônidas da Silva foi o grande destaque do Flamengo na década de 1930. O "Diamante Negro" fez mais gols do que jogos disputados pelo Mengão: 149 gols em 148 partidas. O ídolo conquistou dois títulos pelo clube: o Carioca de 1939 e o Torneio Rio-São Paulo de 1940.

O atacante foi um dos grandes responsáveis da popularização do Mais Querido na década de 30 - período marcado pela consolidação e profissionalização do futebol rubro-negro.

 Foto: Reprodução/Internet

Menções honrosas: Jarbas e Domingos da Guia.

Grande destaque da natação rubro-negra na década de 1930, Piedade Coutinho foi crucial na conquista do tricampeonato carioca de natação de 1938/1939/1940. Junto com Scylla Venâncio, Geysa Formenti de Carvalho e Lygia Cordovil, a atleta fez parte do time conhecido como "As Fortalezas Voadoras".

Década de 1940: Zizinho

O principal nome do Flamengo na década de 1940 foi Zizinho, que também é considerado um dos maiores jogadores da história rubro-negra. Com 142 gols marcados em 328 jogos, o "Mestre Ziza" conquistou o primeiro tricampeonato carioca do Mengão - de 1942/43/44.

Além do Mais Querido, o meia também se destacou no Bangu, São Paulo e na Seleção Brasileira. Vale lembrar que o ídolo foi uma das maiores inspirações de Pelé no futebol.

Foto: Reprodução/Internet

Menções honrosas: Biguá, Durval, Perácio e Pirillo.

Década de 1950: Dida e Algodão

Escolher apenas um jogador para simbolizar a década de 1950 do Flamengo não é uma tarefa fácil. Isso porque o período ficou marcado por diversos jogadores que se destacaram pelo clube. No entanto, não há como não escolher Edvaldo Alves de Santa Rosa, o Dida.

Contratado pelo Mengão em 1954, o ídolo brilhou nos dois últimos títulos do tricampeonato carioca de 1953/54/55. O alagoano ficou no Mais Querido até 1964, se despedindo como o maior artilheiro da história rubro-negra.

No entanto, Dida foi ultrapassado por Zico, que tinha o meia como uma grande referência no futebol. Além do Flamengo, Edvaldo jogou na Portuguesa-SP e Junior Barranquila. Pela Seleção Brasileira, conquistou a Copa do Mundo de 1958.

Menções honrosas: Evaristo de Macedo, Dequinha, Benítez, Henrique Frade, Jordan e Rubens.

No basquete, Zenny de Azevedo, o Algodão, foi o primeiro grande ídolo da Nação. O ala começou sua trajetória pelo clube em 1947 e abriu caminho para diversas conquistas do Orgulho da Nação.

Além dos 14 títulos cariocas conquistados (dez de maneira consecutiva), Algodão liderou o Rubro-Negro na conquista do primeiro campeonato internacional da modalidade: o Sul-Americano de Antofagasta, no Chile. Além disso, foi o primeiro atleta do clube a conquistar uma medalha olímpica: o bronze das Olimpíadas de Londres em 1948.

Foto: Reprodução/Internet

Década de 1960: Carlinhos

Ídolo do Flamengo como técnico e jogador, Carlinhos dedicou grande parte de sua vida no futebol ao Rubro-Negro. Como atleta, marcou 22 gols em 514 partidas e conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1961 e os Cariocas de 1963 e 1965.

Na beira do campo, o Violino ergueu três Campeonatos Cariocas (1991, 1999 e 2000), dois Campeonatos Brasileiros (1987 e 1992) e uma Mercosul (1999).

Foto: Divulgação

Menção honrosa: Liminha.

Década de 1970: Zico, o maior atleta nos 130 anos do Flamengo

Zico, o maior jogador da história rubro-negra, estreou profissionalmente em 1971 e recebeu mais oportunidades na equipe principal dois anos depois. Rapidamente, o Galinho de Quintino conquistou todos os torcedores do Mengão com o seu estilo de jogo completo.

Em 1979, o craque marcou 89 gols, somando os números pelo Mengão e pela Seleção Brasileira. O MundoBola Flamengo escolheu o meia como o nome da década de 70 para dar lugar a outro ídolo do clube na década seguinte - que também teve Arthur Antunes Coimbra como o principal destaque.

Foto: Reprodução

Menção honrosa: Doval (o segundo maior artilheiro estrangeiro do Flamengo).

Década de 1980: Júnior e Jaqueline Silva

Nos 130 anos do Flamengo, o clube viveu seu apogeu no futebol na década de 1980. Do Rio ao mundo, Zico e companhia fizeram história com um estilo de jogo que sintetiza o DNA rubro-negro, com raça e muita técnica.

Com quatro Campeonatos Brasileiros, dois Cariocas, uma Libertadores e um Mundial, o Mais Querido foi a principal equipe da década e uma das melhores da história do futebol. Diversos jogadores foram responsáveis pelas conquistas, e escolher apenas um atleta se torna outra difícil missão.

No entanto, Júnior foi escolhido pelo MundoBola Flamengo como o principal nome da década - sob a premissa de que Zico já foi escolhido para a década anterior. Com 875 partidas disputadas pelo clube, o lateral-esquerdo destro desfilava em campo e foi um dos principais destaques da era de ouro rubro-negra.

Menções honrosas: além do Maestro, outros nomes devem ser exaltados, como Raul Plassmann, Leandro, Mozer, Andrade, Adílio, Nunes.

 Foto: Reprodução/Internet

No vôlei do Flamengo, Jaqueline Silva já brilhava nas quadras na década anterior. Nos anos 80, Jackie também foi peça fundamental na conquista do Sul-Americano de 1981 sobre o Fluminense, em Sucre, na Bolívia. Ao lado da levantadora, Isabel foi outra atleta a se destacar na modalidade.

Foto: Reprodução/Site Jackie Silva

Década de 1990: Romário e Virna

Contratado em 1995 como o melhor jogador do mundo, Romário não conquistou muitos títulos marcanntes pelo Mengão, no entanto, se destacou com 204 gols marcados. O ex-atacante é o quinto maior artilheiro da história do clube.

Entre 1995 e 1999, o craque conquistou quatro troféus pelo Mais Querido: dois Campeonatos Cariocas (1996 e 1999), 1 Copa dos Campeões Mundiais (1997) e 1 Copa Mercosul (1999).

Menção honrosa: Sávio.

Nos esportes olímpicos, Virna foi contratada pelo Flamengo em 1999 para dar sequência ao legado de Isabel e Jackie Silva. Com a 10 do Mengão, a ponteira se destacou na histórica conquista da Superliga Feminina de 2000/2001 sobre o Vasco, sendo eleita a melhor atleta em quadra na decisão.

Foto: Reprodução/Internet

Menção honrosa: Fernando Scherer.

Década de 2000: Petkovic e Marcelinho

Contratado em 2000, Petkovic se tornou um dos grandes ídolos da história do Flamengo. Após a passagem pelo Vitória, o sérvio se destacou logo em seu primeiro ano no clube, com 28 gols e 12 assistências em 59 jogos.

Na temporada seguinte, o meia se eternizou na história do Mais Querido com um golaço de falta contra o Vasco, no Maracanã, que garantiu o tricampeonato carioca do Mengão, sendo os três conquistados sobre o cruzmaltino.

Oito anos depois, Petkovic foi crucial em mais um título do Flamengo. Contrariando as previsões, o Rubro-Negro fez uma arrancada histórica na reta final do Brasileirão e se sagrou campeão na última rodada ao derrotar o Grêmio por 2 a 1, no Maracanã.

Com 57 gols marcados em 198 jogos, o sérvio é um dos maiores estrangeiros que vestiram o Manto Sagrado, ao lado de Arrascaeta, Benítez e Doval.

Foto: Antonio Scorza / AFP via Getty Images

Menções honrosas: Adriano Imperador, Léo Moura e Júlio César.

Um dos maiores ídolos da história do FlaBasquete, Marcelinho Machado chegou ao Flamengo em 2007 e, na temporada seguinte, conquistou a última edição do Campeonato Brasileiro de Basquete.

Em 2009, na primeira edição do Novo Basquete Brasil (NBB), também conquistada pelo Mengão, o ala-amador foi o MVP e cestinha do torneio.

O ídolo se despediu das quadras e do Flamengo em 2018. Pelo Orgulho da Nação, o atleta conquistou:

 Foto: Divulgação/ NBB

Década de 2010: Gabigol e Olivinha

Em 2019, Gabigol foi contratado pelo Flamengo em um projeto ambicioso que buscava a retomada de títulos no Brasil e na América - e ele cumpriu tal missão com sucesso. Ao lado de Arrascaeta, Bruno Henrique e Everton Ribeiro, o "Predestinado" se destacou com o Manto Sagrado na conquista do Brasileirão e da Libertadores.

Com 43 gols marcados e 12 assistências em 59 partidas, o atacante ficou marcado na história rubro-negra, especialmente por conta da virada histórica sobre o River Plate, em Lima.

Gabigol defendeu a camisa do Flamengo até o fim de 2024 e encerrou sua bela trajetória pelo clube com 161 gols marcados e 44 assistências em 306 jogos. Hoje, o atleta atua pelo Cruzeiro.

Títulos conquistados por Gabigol no Flamengo

 Foto: Raul Sifuentes/Getty Images

Menções honrosas: Hernane Brocador e Ronaldinho Gaúcho.

Nenhum atleta recebe a alcunha de "Deus da Raça do Basquete" à toa. Olivinha foi um dos grandes nomes da história do FlaBasquete, o único bicampeão mundial da história do clube. O ala-pivô se despediu das quadras em 13 de junho de 2024, na decisão do NBB perdida para o Franca.

Além dos dois títulos mundiais (2014 e 2022), o ídolo soma diversas conquistas com o Orgulho da Nação:

Foto: Paula Reis/Flamengo

Década de 2020: Arrascaeta e Rebeca Andrade

Maior artilheiro estrangeiro da história do Flamengo, Arrascaeta encanta a Nação Rubro-Negra desde 2019 - com gols, assistências e muita magia em campo. Em 2025, o jogador assumiu a camisa 10 rubro-negra - que estava com Gabigol - e faz a melhor temporada da carreira.

Com 22 gols e 16 assistências até o momento, o meia-atacante é o destaque da temporada do Mais Querido. Vale lembrar que o uruguaio, ao lado de Bruno Henrique, se tornou o atleta com mais títulos (14) pelo clube.

Foto: Adriano Fontes/Flamengo

Menções honrosas: Bruno Henrique, Everton Ribeiro, Pedro, Rodrigo Caio, Diego Alves, Diego Alves, Filipe Luís.

Nos esportes olímpicos, Rebeca Andrade fez história, em 2024, ao se tornar a maior medalhista olímpica da história do Brasil, com seis no total:

Foto: Jamie Squire/Getty Images

Menções honrosas: Isaquias Queiroz e Rafaela Silva.