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·21 de noviembre de 2025

ANÁLISE DA COLETIVA: Com tantos problemas, Crespo escancarou que não aguenta mais o ano e já começou a planejar 2026

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“Faltam quatro jogos”.

Em quatro das nove perguntas que respondeu em uma tacanha entrevista coletiva, que concedeu de pé por problemas estruturais da arena de Itaquera, o técnico Hernán Crespo foi direto: jogou a toalha na temporada. E com semblante misturando agonia e desalento, repetiu o mantra aos jornalistas. Falta pouco para o ano acabar. E o treinador parece que não vê a hora disso acontecer.


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Nos nove minutos em que encarou o ‘quebra-queixo’, jargão jornalístico para entrevistas concedidas com microfones apontados para o rosto, Crespo até começou tentando esboçar um otimismo. Mas logo parece ter batido a resignação. E o argentino fez o que sabe fazer de melhor: ser sincero.

Como de costume, o comandante são-paulino teve de ser o protagonista de respostas esclarecedoras sobre departamento médico, já que como é rotina no clube de Julio Casares, os dirigentes preferem se esconder em momentos difíceis e trabalhar com vazamento de informações selecionadas aos colegas de sempre.

“Não, azar não. Nada é azar. A única coisa que posso falar sobre esse assunto é que nós tínhamos 13 jogadores de linha para escolher para este jogo. Depois, tive que esperar três ou quatro meninos de Cotia, do sub-20, porque eles jogaram no domingo (o jogo de volta da final do Campeonato Paulista da categoria), então não podiam trabalhar na segunda e na terça, para se recuperarem. Esperamos os voos do Ferraresi, do Bobadilla e do Tapia… eu só tenho que parabenizá-los, porque fizeram o melhor. Ninguém gosta de perder, ninguém gosta de perder clássicos. Mas é assim… nós temos que olhar para frente. Agora, teremos um campeonato à parte: um campeonato com o Bragantino e o Corinthians para chegar ao oitavo lugar, para depois torcer para um clube que nos permita chegar à pré-Libertadores. A realidade é esta. Eu falei muitas vezes sobre a adaptação. Temos que olhar para frente, levantar a cabeça e continuar”, disse.

Seria a primeira alfinetada da noite à situação vivida pelo Tricolor, que contra o Juventude no domingo (23) pode ter nada menos que 14 desfalques, incluindo um novo contundido, o zagueiro Rafael Tolói, e o suspenso Alisson.

“Eles já estão acostumados. (Repórter pergunta: ‘Não dá para fazer muito mais?) Se você me ajuda, sim. Não sei. Vamos ver. A situação é esta. Temos mais jogadores fora que com possibilidade de treinar. É assim. Tínhamos treze jogadores de linha, sem contar os goleiros. Estávamos esperando os três das seleções… para o próximo jogo, o Tolói está fora. É outro desfalque. O Alisson vai estar fora (por ter levado o terceiro cartão amarelo e precisar cumprir suspensão). Vamos pensar em coisas positivas e pensar que podemos melhorar… podemos fazer bem. Acho que, se o São Paulo estiver concentrado, também pode ir bem com doze ou treze e pode ganhar do Juventude. Que passe um pouco de tempo, para tentarmos recuperar. Faltam quatro rodadas. Mais quatro rodadas, e aí vamos ver o que podemos fazer, dentro das possibilidades econômicas que o clube tem”, disse.

Foi o prenúncio das falas que Crespo realmente queria conceder. Estamos falando aqui do planejamento. Vaga na Libertadores, esquece. O argentino parece realmente ser a pessoa mais sensata dentro do Morumbi. E de maneira até surpreendente, escancarou o que espera para 2026, revelando sem o menor pudor o seu maior objetivo na busca por reforços no mercado de transferências.

“Estamos esperando e temos que confiar. Temos que confiar no que vai acontecer no futuro. Vamos ver. Não posso falar sobre questões financeiras. Eu não sei… eu não sei de nada… seguramente, teremos que mudar coisas. Seguramente, teremos que melhorar muitas coisas. Vamos ver se a realidade do clube permite isso”, disse.

“Um camisa 10? Claro que faz falta. Falta um camisa 10, falta um centroavante, faltam muitas coisas. Nós tínhamos, mas aconteceram coisas durante a temporada que fizeram com que não pudéssemos aproveitá-los. Aconteceu com o Lucas. Nós sabíamos que o Lucas não estava bem. Ele deixou tudo para poder voltar. Não dá, não aconteceu. Tentou fazer… outra vez, dois jogadores… o Oscar, todos sabíamos desse problema. Ele tentou… todo mundo tenta. Mas não dá. Neste momento, não dá. Acontece isso, mas não há nenhum culpado. Isso é assim. O que temos que fazer? Tentar começar a ver no próximo mercado… a coisa principal é a saúde. Depois, vamos ver se há talento… um pouco mais, um pouco menos… saúde. Não é pouco. Neste momento, temos que pensar nisso: tentar recuperar e ver no mercado as possibilidades que nós temos economicamente, para podermos comprar ou por empréstimo. Jogadores com saúde, que permitam a nós poder jogar os 65, 66 ou setenta jogos que podemos ter no próximo ano. Mas falta pouco… em duas ou três semanas, já vamos começar a falar mais livremente, porque agora não é fácil”, completou.

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