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·24 de diciembre de 2025
BMW de quase R$ 1 milhão cobrada e coação de diretores afastados: São Paulo troca o Natal por investigações da Polícia

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Enquanto a intermediária do esquema dos camarotes do Morumbi cobrava os dirigentes do São Paulo para ter seu carro de luxo em suposto acordo, os mesmos, Douglas Schwartzmann e Mara Casares, tentavam coagir Rita de Cassia Adriana Prado para que ela retirasse um processo judicial feito contra uma terceira pessoa envolvida.
Esse é o gostoso clima de Natal no São Paulo, onde Papai Noel, luzes e enfeites foram trocados por investigações da Polícia Civil e acusações comprometedoras dentro do clube.
Como revelado pelo UOL nesta quarta-feira (24), os diretores licenciados do Tricolor Douglas Schwartzmann e Mara Casares estão sendo investigados, também, por coação no curso de processo do inquérito instaurado.
Entre outras investigações em curso, estão saques da conta do São Paulo, depósitos feitos para dirigentes e desvio de dinheiro que soma mais de R$ 10 milhões.
Os conselheiros são investigados por um suposto esquema de venda clandestina de ingressos de camarotes para shows no estádio do Morumbi.
Nos áudios revelados que apontam a infração, Douglas e Mara pressionam a intermediária Adriana por cerca de 40 minutos a retirar o processo judicial que acabaria por expor todos os envolvidos.
Eles ainda mostram que Adriana também fez sua pressão, questionando os dirigentes sobre um veículo de luxo que ela deveria receber em troca da venda clandestina de camarotes.
“E como ficou o caso da Osten, Douglas? Que todo mundo recebeu o carro e eu não recebi?”, disse ela em trecho divulgado pelo UOL. E a dupla não hesitou.
“Eu não recebi o carro, por exemplo, eu não recebi nada”, disse Mara Casares. Douglas respondeu: “Pera um pouquinho, quem recebeu o carro da Osten foi o São Paulo Futebol Clube”. “Tudo bem, mas eu fiz o intermédio de tudo”, insistiu Adriana.
Schwartzmann então foi incisivo e pressionou: “Mas de quem você tem que cobrar? De quem você tá cobrando? O que você quer que eu faça? Você quer que o São Paulo te ceda o carro? Quem fez a operação foi você, quem apresentou a Osten para o São Paulo foi você. Quem tinha combinado de te dar um carro na minha frente foi aquela tal de Erika (se referindo a Erika Amigo, ex-diretora de marketing e de experiência do cliente na Osten)”.
O São Paulo tinha um acordo comercial com a Osten Group, concessionária da BMW que atua na capital, que previa a cessão de um camarote no estádio do Morumbi em troca da disponibilização de veículos de luxo para dirigentes do clube.
Foram disponibilizados pela Osten 12 veículos ao Tricolor, sendo sete blindados e cinco sem blindagem. Entre os blindados, constavam um BMW X5 50 XLINE 2025, avaliado em R$ 746.241 mil, e seis unidades do BMW IX1 20 XLINE 2025, com valor unitário de R$ 366.740 mil.
Os demais eram modelos BYD King GS 2025, avaliados em R$ 193.798 mil cada um. Quem poderia usar os automóveis eram só os autorizados pelo presidente Julio Casares.
De acordo com o UOL, Casares foi o responsável direto pela distribuição dos 12 veículos dentro do clube. Quatro foram designados para a presidência, dois para o departamento social, um para o setor financeiro, três para o futebol e dois para a área administrativa.
A Osten confirmou que Adriana atuou como intermediária no início das negociações, mas negou qualquer acordo que previa fornecer alguma BMW para a empresária. O grupo encerrou antecipadamente sua parceria com o São Paulo no início de novembro e justificou.
“Esclarecemos também que, diante do não atingimento dos resultados esperados em relação à exposição, a Osten decidiu pelo encerramento do contrato de patrocínio, tendo formalmente comunicado o clube em 3 de novembro de 2025, com a devolução dos veículos estabelecida no prazo contratual de 30 (trinta) dias”, anunciou a empresa concessionária.









































