Caso Matías Rojas: Corinthians busca acordo com staff do jogador para evitar novo transferban | OneFootball

Além da vigência do transferban da Fifa referente à uma dívida de seis milhões de dólares (R$ 33 milhões) pela compra do zagueiro Félix Torres junto ao Santos Laguna, do México, em janeiro de 2024, o Corinthians se atenta a outros casos que podem ter o mesmo desfecho. Um deles é do meia Matías Rojas, que vestiu a camisa corinthiana entre julho de 2023 e fevereiro de 2024.

De acordo com a informação publicada pelo jornalista Pedro Ramiro, da Record, o Corinthians iniciou tratativas com os representantes do atleta paraguaio para evitar uma nova punição referente a um débito com o jogador. Além disso, segundo a ESPN Brasil, ainda não houve a apresentação de uma proposta por parte do clube sobre o imbróglio.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Em junho de 2024, o Corinthians foi condenado a pagar pouco mais R$ 40 milhões ao jogador, com acréscimo de juros de 5% ao ano a partir de 28 de fevereiro de 2024 até a data de pagamento da pendência, referentes a totalidade do seu contrato com o clube, que se encerraria em  1º de julho de 2027.

Em março de 2024, Matías Rojas entrou com uma ação com o Corinthians na Fifa solicitando o rompimento unilateral do seu contrato com o clube alegando atrasos de pagamentos de direitos de imagem desde a metade de 2023, durante a gestão Duílio Monteiro Alves. Com Augusto Melo na presidência, a partir de janeiro de 2024, houve uma renegociação dos valores, mas, após o não cumprimento de uma das parcelas, o atleta ingressou com a ação na entidade máxima do futebol.

A Corte Arbitral do Esporte (CAS), última instância para casos como esse, na semana passada, adiou a divulgação da decisão oficial para o final do mês de setembro. Além disso, a reportagem da ESPN Brasil informou que as chances de um acordo entre as partes são baixas por valores abaixo do processo instaurado na Fifa.

Matías Rojas chegou ao Corinthians na janela do meio do ano de 2023 após não renovar seu contrato com o Racing, da Argentina, onde teve certo destaque. Ao todo, foram apenas 30 jogos com a camisa corinthiana (15 como titular) – sendo 10 vitórias, nove empates e 11 derrotas – pouco mais de 43% de aproveitamento. Além disso, concedeu três passes para gol pelo Alvinegro, mas não marcou gols e não ganhou títulos.

Além do caso citado, o Corinthians ainda pode ser punido na Fifa por dívidas pela contratação do meia Rodrigo Garro junto ao Talleres, da Argentina, em janeiro de 2024, que estava na casa dos R$ 23 milhões e pelo não pagamento das parcelas – março de 2023, outubro de 2023, abril de 2024 e novembro de 2024 – do empréstimo do volante Maycon. O Shakhtar Donetsk cobra R$ 6,3 milhões (1 milhão de euros).

Caso Rodrigo Garro

De acordo com a Gazeta Esportiva, o Corinthians buscou, nas últimas semanas, através do presidente Osmar Stabile, iniciar conversas com o Talleres por uma dívida de R$ 23,3 milhões com o clube argentino pela contratação do meia Rodrigo Garro, em janeiro de 2024. O caso também está na Fifa e deve ter decisão divulgada em breve pela Corte Arbitral do Esporte (CAS).

No entanto, a reportagem informou que os argentinos não demonstraram interesse em debater sobre a pauta, se mostrando irredutíveis e exigindo o pagamento do débito à vista. O Talleres chegou a procurar o Corinthians, ainda durante a gestão Augusto Melo, mas foi ignorado pelo antigo mandatário, destituído do cargo recentemente.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Em entrevista à Gazeta Esportiva, o presidente Andrés Fassi, do Talleres, afirmou que o não cumprimento dos pagamentos por parte do Corinthians gerou um grande prejuízo financeiro e esportivo ao time de Córdoba. Ele acredita que o Corinthians deve solucionar o caso com urgência e não está aberto a nenhum tipo de negociação com a atual gestão corinthiana.

“Ninguém do Corinthians me ligou. A dívida deles nos prejudicou financeira e esportivamente. Já faz quase dois anos. O jogador agora vale 300% a mais do que o preço de compra. E ainda nos pedem condições de pagamento? Impossível! Eles precisam pagar com urgência. O CAS é um órgão confiável que tem seus próprios prazos que devem ser respeitados”, disse.

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