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Fala Galo

·31 de agosto de 2025

Coluna do Betinho: Galo é movimento, água parada é dengue…

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Por: Betinho Marques Foto: Bruno Cantini

Perde para o São Paulo, mas era estratégia. Deixa zagueiro sair na única hora que não podia. Traz zagueiro que não pode jogar, fica sem direção, sem volante.


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Sem volante, o rival caminha como em um conto da Disney, livre no meio-campo, até que, “sem querer”, chuta. Mais um gol sofrido em escanteio. Cuca triste, torcida p#ta. Cuca opera, torcida hiberna, esperando um novo ar.

Cuca recebe alta e vai. Maior campeão, mas dessa vez não deu liga no doce. Faço o café, penso em cochilar, mas quem virá? Ouço um grito desesperado:

“CHAMA O CARECA, VOLTE O SAMPAOLI”

Calafrios, náuseas e vômitos tomam a Cidade do Galo. Relatos de movimentos de terra e acomodações das placas tectônicas. A tal escala Richter marca perto de sete — e para a torciduGalo isso é legal, já que “quem ficar parado vai tomar um tá ligado”. Para parte da administração, no entanto, isso acabaria com os grupos de “bom dia”.

A Massa grita Sampaoli como um recado: queremos alguém que represente, que lute por nós como se fosse um de nós. Talvez não seja necessariamente o Sampaoli, mas alguém mais Leandro Donizete ou Pierre à beira do gramado, mais próximo do povo.

A sensação de água parada, de conforto, de morno e quietinho demais, tá colocando a Massa em inércia. Estão desligando o povo do Galo — e isso é crime imaterial contra a humanidade.

A Massa quer gente com lastro de Galo, com calor humano, sangue nas veias. Sangue não é seiva. Falta um pouco de camisa desabotoada, cabelo despenteado pelo vento, suor, falta de voz de tanto xingar depois de perder um clássico. Falta o café de pedreiro coado na hora e passado na garrafa térmica. Cápsula de café, bolha de rede e palavras sóbrias quando o mundo tá caindo para o Galudo… isso é coisa de inteligência artificial.

Perdeu clássico? Conversa nenhuma, sô! É “poucas ideias”: olheira, atitude, quase nada de concordância verbal, pouco plural e sem sorriso até o barco virar. É assim que o Atlético é quando perde. Serenidade é o escambau.

Galo não é confraria de amiguinhos. Galo é água profunda, movimento, agito, sinal de vida, trânsito, entrada e saída. O Galo é louco e vingador — não é morno, nem corno, nem sonso.

O Atlético precisa de um líder. Líder. Precisa de alguém que pareça um Galo onde for, que represente o torcedor. É hora de liderança que não vem de curso de coach, mas da capacidade inata de não ser super simpático e sim de pulsar. Não tem a ver com geografia, mas com Galosofia.

Vou ali coar um café de pedreiro raiz e brigar com quem falar do Galo. Às vezes, brigo até comigo nesses dias, sentindo o gosto da pinga que nunca tomei. Não me empurra, sombra. Tá rindo de quê? O Galo perdeu, p#rra, não tem treinador, a janela fechando e sem volante. Fecha a cara e bom dia é o Carvalho. Água parada não é Galo, é dengue. Bom dia é o Carvalho.

Galo, som, sol e sal é fundamental.

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