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·31 de agosto de 2025

Com sorte amanhã um gari vai encontrar os dois pontos que o Flamengo jogou no lixo

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Vivemos num mundo que, infelizmente, não costuma ser justo. Algumas pessoas tem tudo que poderiam imaginar enquanto muitas tem menos do que precisam pra viver, gente que rouba pão sofre mais consequências do que pessoas que desviam bilhões, a melhor pessoa que você conhece vive momentos de solidão e desamparo enquanto nunca falta companhia pra alguns dos seres humanos mais arrombados que já pisaram na face da Terra.

E se existe tão pouca justiça no mundo, é claro que não seria diferente no futebol. Nem sempre o melhor vence, praticar o futebol mais bonito não equivale a sair de campo com mais gols, é absolutamente possível você ter seis vezes mais chutes no gol que seu adversário, o dobro de posse de bola, dominar absolutamente a partida e ainda assim sofrer o empate num pênalti bizarro. E sabemos que é realmente possível porque neste domingo foi isso que o Flamengo fez.


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O cenário era previsível. A equipe rubro-negra, líder do campeonato e num Maracanã lotado, iria muito provavelmente buscar o ataque diante de um Grêmio que lutava para se afastar do rebaixamento e era comandado por Mano Menezes, um homem tão capaz de montar uma equipe ofensiva quanto uma planária é de montar uma ogiva termonuclear, com a diferença de que a planária talvez consiga aprender.

E as previsões foram cumpridas. A equipe carioca pressionava, o time gaúcho se defendia, e no primeiro tempo o goleiro Volpi fez a diferença, com algumas importantes defesas. Mas logo no começo do segundo tempo a esperança venceu o medo e, numa bonita tabela com Pedro, Arrascaeta deu uma tacada de sinuca para colocar o Flamengo na frente do placar. 1x0, mais de 60 mil pessoas comemorando, era o time que mais queria fazer gol sendo premiado com a coisa que ele mais queria (o gol, no caso).

Mas parecia que não ia parar por aí. Por cerca de vinte minutos depois do gol a equipe de Filipe Luís seguiu pressionando, seguiu criando oportunidades, dando a sensação de que o segundo gol, aquele que poderia definir de vez a partida, estava cada vez mais próximo. Mas aí, lá pelos trinta minutos do segundo tempo, o Flamengo basicamente parou.

Alguns jogadores pareciam cansados, outros pareciam perdidos, os erros começaram a se empilhar e aí o impensável aconteceu: numa jogada absolutamente despretensiosa do Grêmio pela ponta direita a bola bateu na mão de Ayrton Lucas, que já vinha trotando dentro de campo com a mesma intensidade do personagem Bernie Lomax no filme “Um morto muito louco” e pronto. Lá estava o pênalti gratuito que o adversário precisava, o gol aleatório que a gente não merecia, a bola safada que serve de alimento para parasitas da cadeia alimentar esportiva como Mano Menezes.

E assim o Flamengo, mais uma vez, jogou no lixo, dentro de casa, dois pontos que poderiam ajudar a deixar mais tranquila a nossa liderança neste Brasileirão. Alguns podem chamar de injustiça, outros podem dizer que é azar, mas a verdade é que se não podemos mudar a vida, se não podemos alterar o destino, cabe a nós fazer nossa parte e ser um pouco menos otários. Ninguém vai empatar no último minuto se você abrir três a zero, um gol achado não vai fazer diferença se você souber matar a partida, só é realmente imortal que você não está sabendo matar direito. Que o Flamengo, que já teve várias chances pra aprender essa lição, tenha finalmente aprendido agora.

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