AVANTE MEU TRICOLOR
·30 de septiembre de 2025
CRISE ESCANCARADA: Em dia de protesto da torcida, São Paulo perde para o Ceará em um esvaziado Morumbi e vê pressão aumentar

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·30 de septiembre de 2025
A má fase do São Paulo parece não ter data para acabar.
Em uma segunda-feira (29) que já começou estranha, com boatos de desavenças internas na diretoria e protesto por parte da maior torcida organizada do clube, a equipe de Hernán Crespo não parecia mesmo ter motivações maiores para conseguir reagir da eliminação na Copa Libertadores.
E em um esvaziado Morumbi como há tempos não se via (os pouco mais de 12 mil pagantes presentes marcam o menor público no ano no estádio), a equipe tricolor foi presa fácil do Ceará, que venceu por 1 a 0, nesta noite, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. É mais uma marca negativa alcançada, já que o rival nordestino NUNCA tinha derrotado o Tricolor na capital paulista.
Se o objetivo era dar um alento aos revoltados são-paulinos, o time de Crespo viu o tiro sair pela culatra. Com o resultado, soma uma vitória e só um gol marcado nos últimos seis jogos, escancarando os problemas e a crise interna no Morumbi.
Foi uma atuação longe de ser considerada ao menos satisfatória. De novo apático, como havia sido ante a LDU na semana passada, o São Paulo passou a maior parte do tempo com uma posse de bola improdutiva, sem conseguir encaixar o último passe para criar chances de gols mais conclusivas.
Sem um centroavante nato (de novo Crespo apostou em um ataque Ferreirinha e Luciano no seu intocável esquema com três zagueiros), o time tricolor foi presa fácil da eficiente marcação cearense quando tentava a construção pelo meio. E as tentativas com as bolas cruzadas à área se mostraram inúteis diante da ineficaz produtividade do setor ofensivo no quesito.
Restavam os chutes de fora da área. E foi assim que a torcida teve algum alento, com as principais chances são-paulinas no jogo. Por duas vezes quase a equipe marcou. Aos 39 do primeiro tempo, Rodriguinho carimbou o travessão após receber bola em cobrança de falta. No início da etapa final, foi a vez de Ferreirinha acertou a trave direita do goleiro adversário após clarear a marcação na intermediária da área.
Mas foi pouco, muito pouco, para um time lento e espaçado que, com suas linhas defensivas altas, permitiu a aparição do adversário nordestino no contragolpe. E a coisa piorou logo aos 30 minutos de jogo, quando Rafael Tolói deixou o gramado sentindo a coxa esquerda, desmontando o plano de jogo (mesmo que ele não fosse lá tão eficiente assim).
Melhor para o Ceará, que aos 10 minutos da etapa final marcou o seu tento. Alisson cortou errado uma tentativa de passe e acabou dando a assistência para Pedro Henrique dominar, invadir a área, driblar Rafael e bater firme às redes.
No restante da etapa final, Lucas entrou em campo, o time até aumentou sua pressão na intermediária, mas novamente o ataque se mostrou improdutivo, com o agravante do Ceará aumentar ainda mais sua proposta reativa. O tempo ia passando e a torcida só se mexeu para vaiar e voltar a xingar o presidente Julio Casares. Sorte dele que desta vez as arquibancadas estavam vazias…
Nos acréscimos, o Ceará ainda quase teve tempo de aumentar o vexame são-paulino. Aos 48 do segundo tempo, Guilherme arrancou em contra-ataque, invadiu a área e caiu em choque com Sabino. O árbitro marcou pênalti, mas após ser avisado pelo VAR, anulou a marcação.
Em termos de classificação, falando de risco, o resultado pouco altera o cenário. O São Paulo está isolado na sétima posição e não corria risco de ser ultrapassado. Entretanto, falando de objetivo, a coisa fica mais difícil, isso porque com os 35 pontos, o Tricolor vê a distância para o Bahia, sexto colocado e último na zona de classificação à próxima Libertadores, abrir cinco pontos.
Juntando os cacos, o clube agora tem uma maratona pela frente nesta semana. Quinta-feira (2/10) enfrenta o Fortaleza, às 19h30 (de Brasília), fora de casa. No domingo (5/10), tem o clássico contra o rival Palmeiras, de novo no Morumbi.