
Gazeta Esportiva.com
·13 de octubre de 2025
Cuiabá aciona São Paulo na CNRD e cobra dívida de R$ 1 milhão pelo atacante Gustavo Santana

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·13 de octubre de 2025
O Cuiabá acionou mais um clube na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), desta vez o São Paulo. O Dourado cobra uma dívida de R$ 1 milhão pelo atacante Gustavo Santana, que está emprestado ao sub-20 da equipe paulista.
A dívida aconteceu porque havia uma cláusula no contrato de que, se o atacante atuasse pelo São Paulo contra o Cuiabá, tanto no profissional quanto no sub-20, o Tricolor seria obrigado a pagar uma multa de R$ 1 milhão.
Gustavo Santana atuou por 6 minutos durante o mês de junho, em uma partida contra o Cuiabá. Desde então, o clube do Mato Grosso cobrou o valor acordado, mas ainda não recebeu.
O São Paulo tem opção de compra pelo jogador, por R$ 700 mil reais por 70%. O Cuiabá, no entanto, deixa claro que só aceita vendê-lo após o pagamento da multa de R$ 1 milhão, se esse for o desejo do clube paulista. o Cuiabá recorreu ao mercado financeiro para poder equilibrar as suas contas na atual temporada.
Com uma baixa em torno de 70% nas receitas por causa da queda para a Série B do Campeonato Brasileiro, o clube mato-grossense, credor de mais de R$ 40 milhões referentes a negociações de jogadores seus com equipes brasileiras, viu times tradicionais do país como Corinthians (R$ 18,5 milhões), Santos (R$ 16,3 milhões), Atlético-MG (R$ 4,6 milhões), e Grêmio (R$ 700 mil) não honrarem os seus compromissos.
“Essas inadimplências nos atrapalham. Recorremos ao mercado financeiro para poder equilibrar o fluxo de caixa”, explica o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch. “Mesmo tendo muito dinheiro para receber, a gente teve que fazer algumas operações de crédito para equilibrar o dia a dia do clube. Vemos todos os dias que os clubes não param de contratar, devendo, e não pagam. É uma pena. Essa desregulagem financeira que existe no mercado do futebol brasileiro”, criticou o dirigente.
De acordo com Dresch, a CBF precisa fazer com que a CNRD seja mais rígida na aplicação das leis já existentes. “Eu espero que ela [CBF] tire as regras que ela já possui do papel e equilibre um pouco mais essa balança porque os clubes com menos dinheiro, com menos capacidade de arrecadação, sofrem muito a questão do fluxo de caixa, buscam o mercado financeiro e acabam pagando juros”, continuou.
Dresch explica que as principais receitas são oriundas dos direitos de transmissão, patrocínios e placas de publicidade e ajudam a manter o equilíbrio nas contas, tendo a venda de atletas como um dos principais trunfos para poder se extrair algum tipo de lucro.
“Um clube como o Cuiabá precisa focar nisso porque dificilmente vai conseguir competir com os outros clubes nessas receitas recorrentes, então, você precisa investir bastante na formação de atletas e poder ter jogadores que o mercado quer comprar. E é isso que a gente tem feito”, explicou, lembrando que todo o lucro conquistado pelo clube é repassado para melhorias na estrutura.