AVANTE MEU TRICOLOR
·20 de diciembre de 2024
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·20 de diciembre de 2024
Presidente ao lado de diretores fala com a imprensa em Cotia, esta semana (Instagram)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
O final de ano vem sendo marcado por grande crise política interna no São Paulo, onde supostamente a relação entre o presidente Julio Casares e a diretoria de futebol, capitaneada por Carlos Belmonte, não andam falando a mesma língua.
Mas nem mesmo esse 'furo no casco' do poder é capaz de geral algum tipo de mobilização favorável à oposição tricolor.
Em frangalhos desde a última eleição, quando não conseguiu lançar candidato e viu Casares ser reeleito por aclamação, a oposição tentou se mobilizar durante a semana. Em vão.
O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que líderes do grupo contrário à gestão atual buscou mobilização, principalmente com integrantes do grupo político de Belmonte, para conseguir convocar Casares a prestar esclarecimentos ao Conselho Deliberativo sobre a parceria com o grego Evangelius Marinakis para Cotia, o andamento da reforma do Morumbi e a assinatura do fundo de investimentos com a Galápagos.
São evidentes assuntos de interesse do torcedor. Mas parece que os conselheiros têm outros planos. Segundo o estatuto, são necessárias apenas 50 assinaturas entre os 260 conselheiros para que o presidente executivo seja obrigado a ir ao órgão fiscalizador do Tricolor responder perguntas. A oposição conseguiu apenas 48.
Sim, por apenas duas assinaturas, Casares se livrou de ir ao Conselho em uma sessão extraordinária que teria de ser convocada pelo presidente do órgão, Olten Ayres Abreu, em até 15 dias.
Isso não significa que os conselheiros do São Paulo estão de férias já. A gestão Casares pautou e conseguiu a marcação de uma reunião no próximo dia 26 (quinta-feira) para aprovar mais vários empréstimos bancários com Bradesco, Banco Rendimento e Banco BMP Sociedade Crédito Direto.
O encontro extraordinário tem motivo claro: agilizar o processo antes de 2025, quando sob as rédeas do FIDC tais tipos de movimentações estarão proibidas.
Se por um lado, contudo, uma aliança com quem claramente é oposicionista está descartada por ora, por outro, muita gente vai começar a tornar a insatisfação com o futuro político do Tricolor uma coisa mais pública.
O vazamento da informação da contestação da diretoria de futebol e, principalmente, o plano de Casares de supostamente ser um SEO de uma futura SAF são exemplos práticos de como existem alas internas que cobram, acima de tudo, um posicionamento mais claro sobre a linha sucessória para as eleições de 2026.
Existe, claro, uma longa estrada até lá. Mas os indícios são mesmo o de Casares ter planos concretos de voltar à presidência em 2030, ano do centenário, fato que incomoda alguns dos hoje aliados. E poderá mudar de vez as peças no tabuleiro. Sem a oposição atual, ao que parece...