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·25 de noviembre de 2025

«Estava aborrecido»: promessa do City retira-se aos 19 anos para estudar direito em Oxford

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Gabriel Willhoft-King é o mais recente caso de um jogador que decide abandonar o futebol em tenra idade. Jovem promessa do Manchester City, o médio optou por terminar a carreira aos 19 anos e o motivo não deixa de ser incomum, já que o ex-jogador decidiu encerrar este capítulo da sua vida para se dedicar inteiramente aos estudos.

Através de uma entrevista concedida ao portal britânico The Guardian, Gabriel explicou a decisão: «Não estava a desfrutar. Não sei o que era, talvez o ambiente, mas estava muitas vezes aborrecido. Tu treinavas, ias para casa e não fazias nada.»


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«Sempre me senti pouco estimulado no futebol. Continuei a adorá-lo, mas sempre senti que podia estar a fazer mais. Eu estava a desperdiçar horas do dia, precisava de algo diferente e Oxford e as suas pessoas cativaram-me», afirmou.

O médio inglês afirmou, ainda, que as sucessivas lesões também pesaram na sua decisão, mas que não foram o principal motivo: «As lesões foram um fator importante, mas essa é a resposta mais fácil. Sentia que precisava de algo mais, sobretudo intelectualmente. Sei que isso soa bastante pretensioso, mas é verdade.»

«Digamos que fazia carreira na League One [terceiro escalão] ou no Championship [segunda divisão], fazes bom dinheiro, mas quanto é que desfrutaria disso? Na minha cabeça, não tinha a certeza. Ao mesmo tempo, no melhor dos casos, jogas dez ou 15 anos, e depois disso? Pensei que ir para a universidade podia dar-me uma plataforma para fazer algo durante mais tempo. Por isso, foi também por ser algo a longo prazo.»

«Corríamos atrás da bola como cães, não é agradável»

Nessa mesma entrevista, Gabriel Willhoft-King falou ainda sobre a rotina do futebol que o deixava «aborrecido»: «Não conheço muitas pessoas que, depois de chegarem à equipa de sub-21 do Manchester City, fazem as malas. Porque quando jogas pelos sub-21 do City, a expetativa seria perseguires uma carreira.»

«Eu não quero dizer que perdi a ilusão, mas treinar com a equipa principal tornou-se algo que ninguém ansiava, estranhamente, porque tu só fazias pressão. Nós corríamos atrás da bola como cães durante uma hora e meia ou 60 minutos e não é uma experiência muito agradável, especialmente quando tentas pressionar De Bruyne ou Gundogan ou Foden. Não consegues chegar perto deles, então o sentimento de não quereres fazer isso ultrapassa o fascínio.»

Gabriel destacou, ainda, dois jogadores dos cityzens com os quais teve a oportunidade de treinar: «De Bruyne e Haaland são os melhores jogadores do mundo. Mas são, sobretudo pessoas normais, ao contrário do que se pensa. Brincam uns com os outros, chamam à atenção uns aos outros quando cometem erros.»

Recorde-se que o jovem médio inglês deu os primeiros passos no futebol nas escolinhas do Tottenham, tendo trocado os Spurs pelo City em 2024/25. Agora, aos 19 anos, o instinto coloca Gabriel longe do futebol profissional e será em Oxford que a sua 'carreira' irá continuar.

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