SPFC 24 Horas
·31 de octubre de 2024
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(Foto: @saopaulofc)
O São Paulo precisa garantir uma vaga na Copa Libertadores em 2025, pois essa competição se mostra essencial para a saúde financeira e esportiva do clube. Com o teto de gastos já estabelecido para a gestão do futebol, o time não pode depender apenas da venda de jogadores. Assim, uma participação efetiva em torneios de alto nível se torna obrigatória.
A Copa Libertadores é a principal oportunidade para aumentar a receita, já que é um dos campeonatos mais rentáveis da América do Sul. Nesse sentido, a cada vitória ou avanço de fase, o São Paulo poderá reforçar seus cofres. Por exemplo, na edição de 2024, a fase de grupos garantiu US$ 3 milhões (R$ 15 milhões) por participação, além de US$ 330 mil (R$ 1,66 milhão) por cada vitória.
À medida que o clube avança na competição, os prêmios se tornam ainda mais atrativos. A classificação para as oitavas de final acrescenta US$ 1,25 milhão (R$ 6,3 milhões) às receitas. Se chegar às quartas de final, o valor sobe para US$ 1,7 milhão (R$ 8,55 milhões), aumentando significativamente os recursos disponíveis para o elenco e para o planejamento estratégico.
Além disso, uma vaga nas semifinais representa um prêmio de US$ 2,3 milhões (R$ 11,6 milhões), reforçando ainda mais a importância de uma campanha sólida. Mesmo o vice-campeonato proporciona um retorno considerável, com US$ 7 milhões (R$ 35,2 milhões). Entretanto, o objetivo principal é conquistar o título, que pagaria US$ 23 milhões (R$ 115,7 milhões).
(Foto: Divulgação | Gazeta Esportiva)
Portanto, participar da Libertadores não se resume a buscar prestígio esportivo, mas também a assegurar a estabilidade financeira do clube em um ano desafiador. Assim, o São Paulo precisa estar entre os melhores para garantir competitividade em todas as frentes. Além disso, cada fase superada oferece um alívio nas finanças e amplia as chances de novos investimentos.
A disputa da Libertadores também fortalece a marca do São Paulo e atrai novos patrocinadores, o que se torna vital em tempos de austeridade. Uma boa campanha pode valorizar atletas, especialmente os formados na base, e aumentar a chance de vendas mais lucrativas. Logo, a participação no torneio é estratégica em múltiplos aspectos.
Por outro lado, não estar na Libertadores pode comprometer todo o planejamento financeiro e esportivo. A ausência na competição limitaria receitas e reduziria a atratividade do clube no mercado de transferências. Assim, garantir a vaga é essencial para que o São Paulo mantenha seu nível competitivo e evite perdas irreparáveis.
Ademais, uma boa campanha na Libertadores eleva o moral do elenco e fortalece a confiança da torcida, que tem papel fundamental ao longo da temporada. A presença em competições internacionais prestigia o clube e mantém viva a tradição do São Paulo em torneios continentais. Dessa forma, o time precisa não apenas participar, mas também se destacar.
No contexto de 2025, o sucesso na Libertadores pode ser o diferencial para consolidar um novo ciclo de crescimento. Com planejamento eficiente e resultados expressivos, o São Paulo terá condições de se posicionar novamente entre os principais clubes do continente. Assim, o foco deve ser total na conquista dessa vaga.
Portanto, a participação do São Paulo na Copa Libertadores vai muito além das quatro linhas. Ela representa uma oportunidade de renovação financeira, esportiva e institucional. Assim, cabe ao clube buscar com todas as forças essa vaga, pois o impacto positivo de uma campanha bem-sucedida será decisivo para os próximos anos.
A polêmica da Bola de Ouro deste ano continua rendendo debates intensos. Kaká, até hoje, mantém o título de último brasileiro a receber esse reconhecimento, o que já desperta reflexões sobre o prestígio do futebol brasileiro no cenário mundial. Contudo, a ausência de Vini Jr entre os premiados causou frustração para muitos. Embora o atacante tenha sido peça-chave nas conquistas de sua equipe, o prêmio foi concedido a um europeu que, por vezes, sequer se destacou como o melhor em seu próprio clube — como Rodri, no Manchester City. Isso nos leva a questionar a perpetuação de preconceitos estruturais, em especial o racismo, que se infiltra até em decisões esportivas.
Além de orgulhosos como são-paulinos pelo reconhecimento de atletas formados em Cotia, devemos refletir como brasileiros e seres humanos sobre o impacto dessas escolhas. A vitória de jogadores menos merecedores, sob argumentos vazios, revela um padrão de exclusão disfarçado de meritocracia. Esse tipo de decisão transcende o futebol, evidenciando uma lógica de desigualdade que privilegia origens e status ao invés de talento e esforço. Não basta ter técnica ou ser o melhor em campo — parece que, para alguns, é necessário “possuir requintes” e uma imagem socialmente aceitável.
Vini Jr, porém, não se destaca apenas pelo seu desempenho técnico, mas também pela resistência que representa. Sua luta contínua contra o racismo e por uma sociedade mais justa demonstra um valor que ultrapassa troféus. Na última segunda-feira (28), o verdadeiro mérito estava com ele, não apenas como atleta, mas como símbolo de perseverança e coragem. Ignorar essa trajetória é ignorar não apenas um jogador, mas uma causa que precisa de mais visibilidade e respeito.
Portanto, a questão vai além dos gramados e deve provocar uma reflexão profunda. Premiações esportivas deveriam reconhecer mais do que números ou vitórias: deveriam celebrar a essência do que é ser o melhor, dentro e fora de campo. Ao deixar Vini Jr de lado, o sistema reforça desigualdades e envia uma mensagem perigosa sobre o que realmente é valorizado na sociedade atual. É preciso mais do que talento para vencer — é necessário enfrentar um jogo onde, muitas vezes, o preconceito se esconde por trás de regras injustas e intransigentes.