Revista Colorada
·15 de diciembre de 2025
Gabigol pode “ajudar” Inter na contratação de Tite; Entenda

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·15 de diciembre de 2025

A disputa por Tite ganhou um elemento inesperado — e que pode pesar diretamente a favor do Internacional. O atual cenário no Cruzeiro coloca o treinador diante de um problema que ele conhece bem: a relação desgastada com Gabigol, hoje um dos principais nomes da Raposa. E esse detalhe, longe de ser secundário, pode ser decisivo no desfecho da novela.
Durante sua passagem pelo Flamengo, Tite teve conflitos claros com o atacante. A perda de protagonismo, decisões técnicas e a leitura interna de confiança geraram um desgaste que nunca foi totalmente resolvido. O assunto voltou à tona recentemente quando o próprio presidente do Cruzeiro, Pedro Lourenço, brincou publicamente dizendo que Gabigol talvez não aceitasse caso “um treinador aí” fosse contratado — referência direta a Tite. O atacante, por sua vez, confirmou o desentendimento: “Eu não falei nada, mas vou falar agora: verdade. Agora vocês sabem”.
Esse contexto cria um ambiente delicado. No Cruzeiro, Gabigol não é apenas mais um jogador. Ele representa investimento alto, impacto de marketing, liderança técnica e expectativa esportiva. Para um treinador do perfil de Tite, conhecido por exigir controle total do ambiente e respaldo interno absoluto, iniciar um trabalho já convivendo com uma relação conflituosa é um risco real — especialmente em um projeto que exige resultado imediato.
É exatamente aí que o Internacional surge fortalecido. No Beira-Rio, o cenário é oposto: ambiente favorável, identificação histórica e respaldo institucional. A presença de Abel Braga como diretor técnico é vista como um escudo político e esportivo para Tite. Além disso, o projeto apresentado pelo Inter tem foco em médio e longo prazo, com promessa de estabilidade, carta branca para planejamento e autonomia na montagem do elenco.
Outro ponto relevante é o peso emocional. Tite tem relação profunda com o Internacional, clube onde construiu parte importante de sua carreira e que ele próprio já citou como inspiração ao falar do Mundial de 2006, comandado por Abel. Diferentemente do Cruzeiro, no Inter ele não chegaria como aposta arriscada, mas como símbolo de retomada e liderança.
Assim, mesmo sem intenção direta, Gabigol pode acabar sendo um fator decisivo a favor do Inter. O impasse no Cruzeiro aumenta a complexidade da escolha, enquanto o projeto colorado se apresenta mais limpo, seguro e alinhado ao perfil do treinador.
No futebol, decisões raramente são tomadas apenas por números ou salário. Ambiente, relações internas e segurança para trabalhar pesam — e muito. E, nesse jogo silencioso de bastidores, o Internacional parece ter ganhado uma vantagem inesperada.









































