Goleiro do Corinthians comenta possibilidade de ser titular da Seleção Brasileira em amistoso contra o Japão

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Central do Timão

·8 de octubre de 2025

Goleiro do Corinthians comenta possibilidade de ser titular da Seleção Brasileira em amistoso contra o Japão

Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Convocado pela terceira vez seguida para a Seleção Brasileira, o goleiro Hugo Souza, do Corinthians, concedeu entrevista exclusiva à TNT Sports e foi questionado sobre a possibilidade de atuar como titular da Amarelinha na próxima sexta-feira, 14 de outubro, diante do Japão, fora de casa, às 7h30 (de Brasília), em amistoso de preparação para a Copa do Mundo de 2026.

A possibilidade se tornou evidente após uma declaração do técnico italiano Carlo Ancelotti, indicando que o camisa 1 do Corinthians pode receber minutagem nesta partida citada: “Foi algo surpreendente. Nas outras convocações, eu treinei muito bem, graças a Deus, sempre fui lá, consegui fazer o meu melhor nos treinos, ajudar bastante, e eu sempre vou com a cabeça de ajudar, independente de jogar ou não. Eu entendo que hoje que existiam outros que talvez estariam ali na frente, e eu precisava respeitar esse momento, respeitar o momento dele, respeitar o que eles construíram também.”

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Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

“Graças a Deus, eu tenho conseguido realizar o sonho de estar sendo convocado e jogar é mais um que eu quero realizar. E eu estou muito feliz com a fala dele (Carlo Ancelotti), muito feliz com esse momento, porque isso é a confirmação de tudo que que já aconteceu na minha vida e tudo que eu tenho feito todos os dias aqui dentro do clube. Então, bom, foi uma surpresa agradável“, iniciou.

Em seguida, pregou cautela ao ser questionado se já se enxerga entre uma lista de selecionáveis da Amarelinha para o Mundial de 2026: “Convocação a convocação, treino a treino, jogo a jogo. Então assim, estar lá cada vez mais é uma oportunidade. Jogar aqui é uma oportunidade toda vez mostrar o meu trabalho. Fico muito feliz porque foram três (convocações) seguidas, então isso me dá uma confiança muito grande que o meu trabalho está no caminho certo. E, bom, vou trabalhar muito para que eu possa aumentar essa lista aí, se Deus quiser, estar nessa convocação para a Copa do Mundo que é o sonho de todo mundo, é o meu sonho para isso que eu estou trabalhando e, se Deus quiser, a gente vai estar lá”, continuou.

Hugo Souza será desfalque certo para o clássico contra o Santos no próximo dia 15 de outubro, às 21h30 (de Brasília), diante do Santos, na Vila Belmiro, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, por estar suspenso, além das questões logísticas de fuso horário entre Japão e Brasil. Diante disso, seu substituto no clássico Alvinegro deve ser Felipe Longo, nascido em 2005, que ainda não estreou no time principal.

“O Longo, o Kauê, o (Matheus) Donelli. Eu brinco com o tom de verdade, porque literalmente eu não posso dar brecha, porque se eu der brecha eles realmente passam por cima. Eles elevam o meu nível diariamente nos treinos, no dia a dia, se não fosse a qualidade que eles têm. Eu não desempenharia da melhor forma. O Longo foi titular da seleção sub-20 no sul-americano, acredito eu que seria titular agora no mundial. Tanto que fizeram um esforço para poder levar ele, o clube não o liberou por questões do clube mesmo. Então, se ele tiver a oportunidade de jogar agora, eu tenho certeza que ele está preparado e eu tenho certeza que ele vai trabalhar pra isso com certeza.“

Posteriormente, o camisa 1 do Corinthians negou que sua presença na Seleção Brasileira esteja ligada somente ao fato dele ser “pegador de pênaltis”, como vem sendo desde sua chegada ao clube do Parque São Jorge.

“Claro que ajuda os pênaltis, ajuda muito porque traz uma visibilidade muito grande. Mas Hugo não é só isso, né? O Hugo não é só pegador de pênaltis. E eu acho que você estar inserido num contexto de seleção brasileiro não é só isso. Não é só isso que vai te levar à seleção brasileira, eu acredito muito que o mister vê tudo e ele tá atento a tudo e não é só porque o Hugo defende durante que ele vai à seleção brasileira, tem outras qualidades que fazem o que ele precisa lá. Eu acredito muito que o fator pênaltis ajuda. mas eu fico muito feliz de ouvir o mister falar isso porque ouço algumas coisas sobre isso e literalmente estava se criando uma coisa de que eu só estava indo por conta dos pênaltis e é. Estou indo por conta do meu trabalho e graças a Deus tem sido recompensado da melhor forma por isso“, finalizou.

Hugo Souza chegou ao Corinthians na janela de transferências de julho de 2024 – emprestado pelo Flamengo – após uma passagem de destaque pelo Chaves, de Portugal. Rapidamente, se tornou um dos líderes do elenco corinthiano, sendo peça fundamental na arrancada da equipe no Brasileirão 2024, que terminou com uma vaga na Pré-Libertadores 2025.

O camisa 1 também foi decisivo na conquista do seu único título até então pelo clube: o Campeonato Paulista. No jogo de volta da decisão, pegou um pênalti do meia Raphael Veiga e encaminhou o título para o Parque São Jorge. Desde sua chegada, são 82 jogos com a camisa corinthiana, todos como titular, sendo 41 vitórias, 22 empates e 19 derrotas – pouco mais de 58% de aproveitamento.

Confira abaixo outras respostas do goleiro do Corinthians:

Se vive o melhor ano da carreira e possibilidade conquistar a Copa do Brasil; equipe enfrenta o Cruzeiro na semifinal

“Individualmente falando, acho que já tá sendo o melhor ano da minha carreira. Então, acho que tem essa convocação. Tem a próxima de novembro. E oportunidade, se Deus quiser, de disputar uma taça e vencer. Eu acho que seria histórico. Para mim, individualmente falando, seria o melhor ano da minha carreira como já vem sendo. Que seria histórico por conseguir vencer um título de tamanho e importância com a camisa do Corinthians, que é algo que eu quero muito. Porque eu acho que história é isso. Fazer história é você se colocar, é vencer. Vencer títulos é você buscar títulos grandes. O próprio Campeonato Paulista trouxe pra gente uma satisfação de estar fazendo parte da história do clube. Só que eu acho que vencer uma Copa do Brasil traz um peso muito grande. Se Deus quiser, vai ser com certeza, como já tem sido na minha carreira.”

“Na verdade, sim, a gente sabe de onde a gente está. Então, a gente está muito feliz por estar na semifinal da Copa do Brasil com a oportunidade de disputar uma final e disputar uma taça. Só que a gente tem que viver o jogo a jogo. É um atrás do outro aqui, não para. Então a gente não tem tempo para pensar lá na frente, porque três vezes a gente está jogando. A gente pega o Mirassol, a gente pega o Santos, a gente pega outro time, então a gente não vai parar. Até porque cada jogo tem um estudo, cada jogo tem uma forma de jogar, cada jogo tem mais um jogador para estudar, um tipo de jogo para estudar. Então quando a gente for chegando mais perto, com certeza a gente vai preparar da melhor forma possível para que a gente possa, se Deus quiser, chegar a essa final aí.”

Curiosidade dos mais novos sobre o dia a dia na Seleção Brasileira

“Eu acho que, não só nesse contexto de ter voltado à seleção, mas os mais novos, a galera daqui, eles estão sempre atentos. Eu paro pra trocar ideia e conversar com eles. E isso é legal, principalmente poder trazer essa experiência, essa vivência de lá pra eles. É interessante também porque ajuda eles a crescer, evoluir, e a vontade deles só aumenta porque eles vão querer um dia viver com eles também. Então, eu fico feliz porque eles querem absorver bastante pra gente aqui.”

Papos com o atacante Gui Negão, de 18 anos

“Com certeza (é uma grata surpresa). A gente fica muito feliz por ele. É um moleque fenomenal, assim. Só vive rindo, brincando, tá sempre feliz. Eu bato muito nele, né? Bato muito, bato muito. Eu falo assim, tô te batendo, você tá fazendo gol, vou continuar te dando moto. Então, assim… Mas, assim, é um moleque que merece muito. Não só ele, toda a rapaziada que sobe pra treinar. Molecada fera demais e todo mundo muito atento a querer aprender, todo mundo muito atento a querer ouvir. E eu acho que isso ajuda o processo, né? A gente também tá disposto pra ajudar. Por mais que eu seja novo, já faço esse papel ali de tiozão da galerinha.”

“Então, pra mim é gratificante. Eu sou um cara que fica muito feliz vendo a vitória do meu próximo. Então, pra mim é muito feliz. Eu fico muito feliz vendo que o Gui tá seguindo esse caminho de sucesso. Porque ele, tendo sucesso, a gente também tem, que ele vai tá fazendo gol. Então, que ele continue e que ele continue com a cabeça que ele tem. Ele, com a mentalidade boa, que possa continuar crescendo, aprendendo e ajudando a gente.”

O Corinthians escolhe jogos?

“Na verdade, eu acredito muito que é uma opinião que, olhando para o resultado, você pode falar que sim, acontece. Mas não é a forma que a gente encara, nós atletas encaramos, não é a forma que a gente entra em campo. A gente entra em campo para ganhar todos os jogos, a gente quer fazer o nosso melhor todos os jogos. E tem jogo que realmente as coisas não encaixam, que as coisas não acontecem da forma que a gente quer. E é normal, no jogo grande a gente estar um pouco mais refinado, estar um pouco mais atento, porém isso não tira a atenção e a importância devido aos outros jogos.”

“E no nosso campeonato, acredito que não tem jogo pequeno. É um campeonato brasileiro de muita qualidade, é um campeonato muito disputado, muito corrido e a gente não pode dar brecha. Então acredito muito que não tenha jogo pequeno. Assim, pequeno. Todos os jogos são grandes, todos os jogos têm importância muito grande, todos os jogos trazem para a gente vitória, que se a gente vencer vai da confiança, então, mas acredito que a gente possa melhorar nisso, encarar todos os jogos da melhor forma, da mesma forma.”

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