O bastidor que descobri sobre Luiz Gustavo, os valores propostos por Vitão, Carbonero, Luis Otávio e Ricardo Mathias
O Internacional segue ativo no mercado e alguns bastidores importantes ajudam a entender os movimentos recentes da direção. Um deles envolve o nome de Luiz Gustavo, volante experiente de 38 anos, com longa trajetória no futebol europeu e passagem recente pelo São Paulo. As informações indicam que o Inter de fato conversa e negocia com o jogador, que está livre no mercado e não deve renovar com o clube paulista.
Apesar de ter atuado pouco na última temporada, muito por conta de lesões, Luiz Gustavo é bem avaliado internamente pelo que representa fora de campo. Pessoas que conviveram com ele no São Paulo relatam um profissional extremamente comprometido, líder positivo de vestiário e respeitado pelos companheiros. A saída do Tricolor não teria relação direta com a entrevista forte que concedeu após uma goleada, mas sim com a necessidade de oxigenação do elenco e redução da folha salarial. O entrave, neste momento, é financeiro. O salário do jogador girava entre 550 e 700 mil reais, valor considerado alto, mas dentro de um patamar que o Inter entende ser negociável, especialmente levando em conta o perfil e a experiência do atleta para atuar como primeiro volante no time de Paulo Pezzolano.
Outro tema quente envolve Vitão, que segue muito valorizado no mercado. Flamengo e Cruzeiro demonstraram interesse, e a proposta mais concreta veio dos cariocas. A ideia do Flamengo foi perdoar a dívida do Inter referente à negociação de Thiago Maia, algo em torno de 4,7 milhões de euros, e ainda pagar mais 4 milhões de euros em dinheiro, totalizando cerca de 9 milhões. O Inter recusou. A contraproposta colorada foi clara: quer 10 milhões de euros líquidos, sendo parte abatendo a dívida e o restante depositado em caixa. Considerando que o clube detém 80% dos direitos, o valor total da operação chegaria perto de 12 milhões de euros. O Flamengo considera alto demais e, por enquanto, Vitão permanece no Beira-Rio.
Já no caso de Carbonero, o Inter decidiu avançar e exercer a opção de compra junto ao Racing. O valor total da operação é de 3,6 milhões de dólares, já descontados os 400 mil pagos pelo empréstimo. O diferencial do negócio está na forma de pagamento: o valor será parcelado em seis vezes de 600 mil dólares, com pagamentos semestrais ao longo de três anos, entre 2026 e 2028. Esse modelo foi determinante para a decisão. Internamente, há quem acredite que o jogador pode ser valorizado e até vendido após a Copa do Mundo, gerando retorno superior ao investimento feito.
Outro negócio encaminhado é a venda de Luis Otávio. A negociação gira em torno de 5 milhões de dólares, dos quais cerca de 3,2 milhões ficam com o Inter, algo próximo de 18 milhões de reais. Apesar de críticas sobre o valor, a avaliação interna é de que se trata de um bom negócio, considerando o tempo de utilização do jogador e a necessidade de fazer caixa.
Por fim, a situação de Ricardo Mathias segue em compasso de espera. Existe mercado e propostas na casa dos 10 milhões de dólares, mas o entrave está na divisão dos direitos econômicos. O Inter detém 60%, enquanto a Ferroviária e o jogador possuem o restante. A direção tenta convencer as outras partes a abrir mão de um percentual maior para que o clube fique com algo próximo de 8 milhões de dólares. Sem isso, o negócio não anda. Caso a venda se concretize, o nome preferido para reposição é Pedro Raul, que quer jogar no Inter, mas ainda não houve acordo sobre a divisão salarial com o Corinthians.