Papo pesado! Com Zico mediador, Rossi e Raul avaliam evolução de goleiros no futebol | OneFootball

O mais novo episódio do "Resenha do Galinho", programa de entrevistas comandado por Zico na FlamengoTV, trouxe um papo com dois goleiros históricos do clube: Raul Plassmann e Rossi. Com o maior ídolo da história do Rubro-Negro fazendo as vezes de mediador, houve uma boa troca de experiências entre gerações distintas.

E um dos assuntos presentes no papo foi justamente a evolução dos goleiros e a diferença para quem atua na posição entre uma época e outra. Raul, campeão mundial pelo Flamengo em 1981, admitiu que nunca teve um treinador especializado na função durante a carreira — algo absolutamente comum em qualquer clube profissional hoje em dia.

"Não tive treinador de goleiros. Era o Bria e você, que ficavam cobrando faltas após os coletivos. Era um outro mundo, Rossi, completamente diferente de hoje. O que é natural. Então, nunca tive treinador de goleiros, era uma época bem diferente. Era dessa forma que a gente tocava a vida no futebol", destacou Raul.

Ao abordar o assunto, Rossi concordou com Raul e apontou outras diferenças entre as épocas. O argentino destacou que a postura em campo também mudou, com goleiros mais participativos com os pés, o que afetou também o valor de mercado. Hoje, atletas da posição são negociados por valores milionários, algo que não acontecia antes.

"O futebol mudou muito. Antes, o goleiro pegava a bola e dava um chutão, hoje se joga curto. Até em saídas de gol, goleiros não saíam muito antes e isso mudou também. Hoje em dia, goleiro faz transferência de € 50 milhões, algo que não acontecia. O goleiro participa mais do que parece", pontuou.

Zico e Rossi falam sobre treino de faltas

Em outro momento da conversa, Zico comentou com Rossi que não vê jogadores treinando cobranças de falta como faziam antes. Mestre na arte das bolas paradas, o Galinho explicou que é uma valência adquirida com treinamento, algo que se tornou mais escasso hoje em dia.

Rossi, então, comentou que os treinos até existem, mas também são controlados pelo departamento médico. Com tecnologias bem mais avançadas hoje em dia, a prioridade é pela recuperação. Zico, então, pontuou que esse tipo de treino depende muito da vontade do próprio atleta.

"Hoje, cuidamos muito da parte física. Tem jogador que joga 90 minutos hoje e 90 minutos em três dias, mas bate falta no treinamento e o departamento médico manda chamar. Porque tem que cuidar do jogador. É melhor ter o jogador durante os 90 minutos do que só para bater falta, né?", brincou Rossi.

Veja na íntegra a conversa entre Zico, Raul e Rossi