PIVÔ DE TRETA NO ATLÉTICO-MG POR CONTA DE ATRASOS DE SALÁRIOS, GUSTAVO SCARPA É SONHO NO SÃO PAULO. MAS... | OneFootball

Em crise no Atlético-MG, meia custa caro (Pedro Vilela/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

Tão logo veio a público a informação de que Gustavo Scarpa era um dos nomes insatisfeitos com o atraso de salários no Atlético-MG, chegando a emitir uma notificação extraoficial para cobrar o que lhe é direito, o telefone de Julio Casares tocou. E o nome do meia foi pedido em coro por conselheiros e sócios influentes.

Sim, Gustavo Scarpa, 31 anos, é um sonho do Tricolor. Aliás faz tempo. Desde que surgiu no Fluminense. O clube do Morumbi até tentou contratá-lo naquele tempo, mas o jogador preferiu ir para o rival Palmeiras.

Mas os tempos são outros, importante ressaltar. Por mais carinho e desejo que o Tricolor tenha no meia, posição mais que carente no atual momento do clube, desfalcado de opção para o setor com a grave contusão do Oscar, falta o primordial: dinheiro.

Scarpa ganha aproximadamente mais de R$ 1 milhão mensalmente no time mineiro. Quantia essa reservada no Morumbi aos ídolos consolidados. Somente cinco jogadores do plantel atual são-paulino recebem esse montante. E a ordem é clara: cortar, não inflar.

Não é só isso. Scarpa já estourou (e muito) o limite de jogos que permite a um jogador trocar de equipe dentro do Campeonato Brasileiro. Por mais que uma situação de rescisão por atrasos salariais permitisse que a regra fosse descumprida, segundo a Lei Geral do Esporte, a batalha judicial que isso acarretaria seria inevitável. E o São Paulo quer paz com o Atlético-MG, que recentemente abriu mão do que tinha a receber pelo goleiro Rafael em troca do perdão da dívida pela contratação de Patrick, ambas no final de 2022.

Se Scarpa está ou não com o filme queimado no Atlético-MG, isso pouco nos importa, assim como a crise instaurada em Belo Horizonte (MG). Problema deles. Fato é que o sonho de Casares e de boa parte dos torcedores tricolores pode até ser realizado um dia. Mas não por agora.