Jogada10
·29 de septiembre de 2025
Roberto Assaf: Flamengo joga um tempo só e vira sobre Corinthians

In partnership with
Yahoo sportsJogada10
·29 de septiembre de 2025
O Flamengo ganhou de presente as derrotas de Cruzeiro e Palmeiras, mas voltou a jogar o futebol medíocre que é habitual com Filipe Luís, notadamente na etapa inicial. Conseguiu, no entanto, recuperar o futebol que possui, sob o ponto de vista individual, para vencer o Corinthians, em São Paulo, por 2 a 1, de virada, na partida que teve três heróis: Rossi, mais uma vez, Arrascaeta, que decide de fato, mesmo nos piores dias, e Plata, que cobrou com rapidez extrema o lateral que originou o gol da vitória.
A discussão sobre o lance, francamente, é muito pequena, levando-se em conta que a equipe paulista não soube ganhar pelo que jogou – e pelo que o Flamengo não o fez – antes do intervalo. E Filipe Luís manteve Pedro no banco o tempo todo.
Na providência de deixar novamente titulares na reserva – a situação no Brasileiro melhorou, mas o desempenho no campeonato é irregular, pela dificuldade que o time mostra a cada partida, mas também pelo que a tabela oferece de dificuldade. O Rubro-Negro enfrenta Bahia, Botafogo, Fortaleza, São Paulo, Atlético Mineiro e Mirassol – todos fora de casa, além do Sport, em Recife, jogo atrasado do primeiro turno. Além de clássicos cariocas, e os perseguidores, Cruzeiro e Palmeiras, ambos no Maracanã.
Filipe Luís observa o comportamento do Flamengo contra o Corinthians – Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
A partida começou e só um time jogava, o Corinthians, que cercava o meio e busca a velocidade no ataque, tanto que desperdiçou duas oportunidades.Aos 11 minutos, Léo Pereira fez pênalti em Breno Bidon, que Yuri Alberto praticamente atrasou, tentando a cavadinha, nas mãos de Rossi. Aos 24 e 29, Yuri Alberto vacilou novamente. Na primeira conclusão, bateu em cima do goleiro, e na segunda, adiantou o suficiente para permitir que a zaga cedesse escanteio.
O Flamengo não via a cor da bola. Errava passes em excesso, cometia faltas em sequência, e não conseguia articular absolutamente nada. A impressão era a de que a equipe paulista era o líder do Brasileiro, e a carioca brigava contra o descenso. A única ameaça do Rubro-Negro surgiu aos 42, nos pés de Arrascaeta, que chutou no Parque São Jorge. A propósito, nos cinco minutos finais, o Corinthians diminuiu o ritmo, justificando a posse de momento do adversário, que, incrível, terminou o primeiro tempo sem tomar gol.
Filipe Luís, que se julga o novo Rinus Michels, deixou Varela, Jorginho e Pedro no banco, e não tomou qualquer providência à beira do campo. Ao Corinthians, bastava manter o ritmo, mas acertar o gol, caso contrário o domínio completo continuaria inútil.
No intervalo, Danilo e Alex Sandro substituíram Léo Pereira e Viña, pois segundo informações, os que saíram tinham “problemas físicos”. Pois logo aos dois minutos da etapa derradeira, Yuri Alberto foi levando, levando, passou de passagem pelo sempre frágil Léo Ortiz, invadiu a área, e bateu cruzado, à esquerda de Rossi: 1 a 0. O Corinthians poderia ter aproveitado para ampliar o resultado, mas pareceu estranhamente conformado com o placar, e Arrascaeta, que vinha se arrastando, fez brilhar sua incrível capacidade de improvisar, e surpreendeu Hugo Souza,: 1 a 1.
O time local caiu de produção, mas o técnico rubro-negro, que escala mal, muda mal e justifica mal, não mexia na equipe. Samuel Lino, uma versão Século XX de Caldeira, em campo. E Pedro seguia no banco. Aos 24, Filipe Luís trocou Bruno Henrique, que é outro jogador decisivo, que não pode sair, por Plata. Aos 29, saiu La Cruz, nome apropriado, e entrou Jorginho. E Pedro no banco.
O Flamengo passou a ter, em dado momento, a possibilidade de virar, pois o adversário deixava o estádio mudo, mas trocava mil passes, e não criava chances. Aos 36, Samuel Lino enfim deu adeus, dando lugar a Luiz Araújo, que é uma incógnita, nunca se sabe o que sairá de seus pés. O Corinthians também promoveu muitas mudanças. Fim de jogo, o time carioca começou a considerar equivocadamente o empate um ótimo negócio, e os paulistas resolveram arriscar mais, deixando muito espaço na retaguarda.
Pois Plata cobrou um lateral com bastante rapidez e a bola acabou nos pés de Luiz Araújo, que bateu de primeira: 2 a 1. O mérito foi todo do equatoriano. O leitor não sabe, mas o que se escreve aqui é durante o tempo em que o jogo está sendo disputado. Logo, o que se disse de Luiz Araújo é recorrente…
O Corinthians ainda ameaçou, em chutes de fora da área – Vitinho quase empatou – e a arbitragem acrescentou incríveis sete minutos, o que não foi suficiente para os paulistas empatarem.
Quanto aos “problemas físicos”, o Flamengo pode, por exemplo, assumir um orçamento de clube pequeno, e disputar apenas a Série C do Estadual, um jogo por semana, sem a necessidade de ganhar e brigar por títulos. Isso não existe. No mundo inteiro, clubes gigantes vivem a mesma situação do Flamengo, e será sempre assim, partida sobre partida, se pretende continuar vencedor.