Jogada10
·27 de noviembre de 2025
Seleção da Itália e Milan perdem um dos maiores goleiros da sua história

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O futebol na Itália perdeu um dos principais personagens de sua história nesta quinta-feira (27): o ex-goleiro Lorenzo Buffon, que morreu aos 95 anos. Ele foi vítima de um ataque cardíaco em sua casa, em Latisana, na região de Udine. Inclusive, o ex-arqueiro era tio-avô do icônico Gianluigi Buffon e era considerado como um dos principais representantes de um dos maiores times do Milan, na década de 1950, desde a fundação do clube. Ele tinha tanto prestígio, que era visto como um dos maiores jogadores da sua posição na seleção italiana depois da Segunda Guerra Mundial.
Lorenzo construiu um legado simbólico para várias gerações futuras, além de ajudar a estruturar o importante conceito da posição dentro do país. A torcida do Milan lhe concedeu a alcunha de “Magnífico”. No auge da sua carreira, foi tetracampeão italiano com os Rossoneri durante a década de 1950. Na oportunidade, o ex-goleiro foi companheiro do trio de suecos Gre-No-Li: De Gren, Liedholm e Nordahl. Na seleção da Itália, sua trajetória foi mais curta, porém também marcante. Afinal, pela Azzurra, entrou em campo 15 vezes e foi o titular da posição na Copa do Mundo de 1962, no Chile.
O ex-arqueiro começou sua carreira no modesto Portogruaro e, ao se destacar ainda jovem, conseguiu uma transferência para o Milan. Na sequência, em pouco tempo, Lorenzo Buffon firmou-se como um dos goleiros mais notáveis da Itália naquela época. Ao todo, ele defendeu os Rossoneri por dez temporadas e alcançou 300 jogos.
Com o passar dos anos, outros jogadores da posição ultrapassaram a sua marca. Atualmente é o quarto arqueiro que mais vezes atuou pelo time, atrás apenas de Christian Abbiati, Sebastiano Rossi e Dida. Além do tetracampeonato italiano, também venceu duas Copas Latinas e desenvolveu a reputação como uma das principais figuras defensivas do “Grande Milan”.
Posteriormente, ainda defendeu o Genoa e o maior rival do Rossonero: a Inter de Milão. Na ocasião, teve o histórico Helenio Herrera como seu comandante e conquistou seu quinto título italiano, na temporada 62/63. Antes de se aposentar, jogou pela Fiorentina e Ivrea. Em seu período como jogador profissional, suas principais valências indicadas eram a constância no rendimento, a capacidade em liderar e a elegância nas metas das equipes que defendeu e da seleção da Itália.
A morte de Lorenzo foi motivo de várias homenagens por todo o país, principalmente por sua conexão familiar com Gianluigi Buffon, outra referência nacional e internacional na posição. O ex-arqueiro, que marcou época principalmente na Juventus e foi campeão mundial com a Itália em 2006, ressaltou como o tio-avô contribuiu para o início da sua trajetória na modalidade.
“Lorenzo Buffon iluminou uma era e inspirou gerações subsequentes com seu talento extraordinário e uma paixão pelo esporte que nunca o abandonou. Quando eu era criança, me lembro de uma foto gigante dele voando sobre o San Siro para fazer uma defesa: uma imagem poderosa que me marcou e moldou meu caminho”, detalhou Gianluigi Buffon.
O parentesco de Lorenzo com o ex-argueiro da Juventus se explicava por ser primo do avô de Gianluigi. Com isso, no decorrer de sua vida, conseguiu conservar a tradição de sua família no futebol italiano e era um dos últimos integrantes vivos de uma geração histórica do Milan.









































