
Central do Timão
·25 de septiembre de 2025
Técnico do Corinthians Feminino faz balanço da atuação da equipe na eliminação na Copa do Brasil

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·25 de septiembre de 2025
O Corinthians foi eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil Feminina na noite da última quarta-feira, 24 de setembro, ao perder para o São Paulo por 3 x 1. A meio-campista Vic Albuquerque foi quem marcou o gol das Brabas. A partida aconteceu no Estádio Gabriel José Marques da Silva, em Santana de Parnaíba.
Instantes após o apito final, o técnico Lucas Piccinato falou com os jornalistas na zona mista e foi questionado sobre as dificuldades de enfrentar o São Paulo. Levando em consideração a temporada 2025, foram seis jogos entre as equipes, sendo duas vitórias do rival, três empates e uma derrota.
Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians
“É um adversário que a gente vem enfrentando muitas vezes e que tem atletas de uma qualidade muito alta, um grande trabalho, um trabalho que vem se solidificando e que a gente vem esbarrando em alguns jogos. Acho que hoje a gente não fez uma má partida no sentido de que teve outros jogos contra o São Paulo que a gente teve um desempenho muito ruim. Hoje, acho que a gente teve oportunidades e a gente não as concretizou da maneira como deveria, e o São Paulo aproveitou.”
“A gente teve bola parada para conseguir fazer gol, não fizemos. Sofremos, tivemos falta frontal para fazer gol, não fizemos. Elas fizeram. Mas agora é não perder a unidade do grupo. É entender que é uma derrota sofrida sim. Tem que sentir o dia de hoje, se incomodar, mas a gente tem coisas maiores na frente. A Libertadores está batendo na porta. Com certeza a gente vai encontrar essa equipe mais vezes e estar mais bem preparado para fazer jogos melhores contra elas”, iniciou.
Na Supercopa Feminina, no mês de março, ambas as equipes empataram sem gols no tempo normal e, nas penalidades máximas, o time do Morumbi venceu por 4 x 3. Já no Campeonato Brasileiro, houve um empate por 1 x 1, em Cotia, na primeira fase do torneio nacional. O duelo voltou a acontecer nas semifinais e as Brabas venceram por 4 x 2 no agregado – 2 x 0 no primeiro jogo e 2 x 2 no segundo. No Paulistão Feminino, os times se enfrentaram na quinta rodada, também em Santana de Parnaíba, e o São Paulo venceu por 2 x 1, de virada.
Em seguida, o comandante do Corinthians Feminino explicou a escolha em escalar três zagueiras e povoar o meio-campo com quatro jogadoras (Dayana Rodríguez, Duda Sampaio, Vic Albuquerque e Gabi Zanotti) como forma de espelhar o esquema tático do São Paulo e, em tese, sofrer menos. Porém, a equipe acabou pagando pela desatenção na etapa final ao sofrer dois gols.
“Acho que a gente deu uma analisada nas últimas partidas do que o São Paulo trazia. A gente tentou espelhar, principalmente no primeiro tempo. Acho que a gente não fez um mau primeiro tempo, acho que a gente teve oportunidades para conseguir concretizar. A gente errou um pouquinho o último passe, a última situação, para entregar uma bola um pouco melhor para os nossos atacantes.”
“A gente voltou um pouco desligado no segundo tempo, e pagou um preço. A gente sofre o gol, a gente tenta reverter o momento do jogo e acho que o terceiro gol veio quando a gente estava exposto, tentando buscar um resultado. Na competição, sendo mata, ela traz essa característica de que a gente tinha que se expor um pouco mais. A gente se expôs e, infelizmente, sofremos o terceiro gol. Não acho que o jogo teve essa distância tão grande de 3 a 1, mas mérito do time adversário, que teve capacidade de empurrar a bola para dentro, e a gente não teve hoje”, continuou.
Posteriormente, Piccinato ainda comentou do local da partida, definido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), onde o Corinthians não apresentou um desempenho satisfatório em nenhuma partida no ano, segundo o mesmo.
“Acho que a gente não jogou jogos bons aqui em termos de desempenho. Sinceramente, acho que foi o nosso melhor aqui, mesmo assim ainda o desempenho é muito abaixo. Acho que a gente não conseguiu imprimir a nossa posse de bola, o nosso controle, que é uma coisa muito natural. O São Paulo está na dele, de colocar o jogo onde a CBF permite, em uma competição que permite jogar em estádios com o número de público que tem aqui. A gente sabia disso e isso não é muleta. Tem que fazer um jogo melhor aqui. A gente vai jogar em campos ruins na Libertadores. A gente tem que estar preparado para todas as situações. O mais importante agora é não perder a unidade, trabalhar porque a gente tem uma grande competição pela frente”, ressaltou.
Por fim, fez uma avaliação sobre o novo mecanismo implantado pela CBF nas partidas: o Desafio de Vídeo: “Eu acho que é um mecanismo melhor do que não ter nada, o natural dele ainda precisa ser qualificado, a gente utilizou ele no primeiro tempo no lance que a atleta disse que sentiu o toque, sentiu o contato dentro da área, ela avaliou que não existiu contato, mas acho que é uma ferramenta que, óbvio, ajuda, é melhor que só ter os olhos dentro do campo. Mas acho que ainda precisa ser qualificada, precisa ser melhor trabalhada, é difícil ser um experimento, óbvio que a gente não gostaria que essa ferramenta fosse experimentada com a gente e ela estivesse mais qualificada para que a gente pudesse jogar com ela uma ferramenta mais profissional, mas qualquer coisa que venha ajudar o processo sempre vai ser melhor.”
As Brabas voltarão aos gramados já neste sábado, 27 de setembro, às 15h (horário de Brasília), para enfrentar o Taubaté, no Estádio Joaquinzão, pela décima rodada da fase de classificação do Campeonato Paulista Feminino.
Confira abaixo outras respostas do técnico das Brabas:
Planejamento para a partida contra o Taubaté – irá com reservas?
“É difícil mensurar agora, a gente tem dois dias para preparar e tentar entrar com quem estiver mais apta para jogar em Taubaté, estarmos próximos da viagem também. A gente não quer correr risco de perder um atleta importante nesse momento, então vamos ficar com a cabeça quente agora, a gente precisa avaliar quem vai jogar no sábado.”
Revezamento no gol do Corinthians Feminino
“A Nicole está com uma lesão, jogou o segundo jogo da final já lesionada na coxa e a gente obviamente forçou um pouco porque a goleira aqui está com mais ritmo de jogo na nossa opinião da comissão. Mas a gente tem outras duas grandes goleiras e a gente decidiu, optou hoje por começar com a Lelê. A Kemelli tem jogado os jogos do Campeonato Paulista e tem ido muito bem também. A gente tem grandes jogadores em todas as posições e hoje a decisão foi por iniciar a Lelê. A próxima partida é uma próxima partida, trabalhar, sentir o golpe que a gente sofreu hoje, melhorar, qualificar o nosso trabalho para que a gente possa estar melhor na próxima vez.”
Desfalques de última hora para a partida – Nicole, Jaqueline e Andressa Alves e Jaqueline
“Eu me preocupo sempre. Hoje a gente estava sem três atletas que foram musculares na final do Campeonato Brasileiro. Desconfortos, lesões musculares, lesão de trauma da Jaque. Preocupam, mas a gente tem que resolver o problema que está na nossa frente. A gente tinha um time muito qualificado para entrar aqui hoje. Fazem falta, são atletas importantes, mas acho que isso não justifica uma derrota. A gente não tem sido deficiente, a gente não tem feito os gols que a gente criou. E, óbvio, ter sofrido de uma coisa que a gente geralmente não sofre, que é a bola parada. Acho que é o primeiro gol de escanteio que a gente sofre no ano. E isso condiciona muito o jogo. Se a gente faz o gol do escanteio no primeiro tempo que a gente teve, com a salvada da Carlinha e a bola na trave, com certeza o jogo teria outra dinâmica. Então acho que é avaliar com calma, respirar. A gente com certeza vai enfrentar esse adversário mais vezes e a gente precisa estar melhor preparado.”
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