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·3 de octubre de 2025

Verdades incômodas e um tema caro ao botafoguismo

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Embora tenha alimentado a narrativa dos rivais do Botafogo, Rogério Ceni, técnico do Bahia, disse uma verdade incômoda na última quarta-feira (1). O time soteropolitano enfrentou e perdeu para o Glorioso por 2 a 1, pela rodada 26 do Campeonato Brasileiro, em campo neutro. Afinal, apenas oito mil testemunhas estiveram presentes no Estádio Nilton Santos para acompanhar o atual campeão continental e nacional. O Colosso do Subúrbio comporta cerca de 45 mil espectadores, ou seja, ficou mais uma vez às moscas. Contra o Mirassol, há duas semanas, as tribunas estiveram ainda mais vazias: pouco mais de seis mil populares saíram de casa pela Estrela Solitária, público do tamanho do amistoso contra o Novorizontino, em pleno sábado de sol no balneário.

Os alvinegros costumam cantar: “Os jogadores vão e vêm, mas você nunca estará só. Tua torcida te quer bem, te apoiará até o final”. Ou “quando você joga, não importa nada”. Será mesmo? Parece da boca para fora. A massa alvinegra agiu de forma antagônica nos últimos tempos. Só compareceu quando o time disputava algum título. A devoção pela instituição, porém, deveria ser incondicional. A devoção, inegociável, não se resume a taças ou a crises. Não adianta se orgulhar dos 45 mil de Buenos Aires se a verdadeira fortaleza alvinegra não pulsa como deveria. Um clube da magnitude do Botafogo não pode se apresentar para públicos tão ínfimos no Engenho de Dentro.


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Frustração ou birra?

A falta de planejamento para 2025, o técnico indesejado, os ídolos que saíram, a reposição, as eliminações nas Copas, os títulos desprezados no início do ano, o centroavante que não marca gols, o goleiro que não inspira confiança, o volante que marca errado, o lateral que erra os cruzamentos… O botafoguense tem inúmeros motivos para voltar ao Nilton Santos somente em 2026. Acontece que futebol não é uma ciência exata. Apesar dos pesares, o Glorioso briga para terminar o ano na zona de classificação direta para a fase de grupos da próxima Libertadores, em um contexto adverso, de muitos desfalques. No entanto, mesmo se não estivesse entre os quatro melhores do Brasileirão, mereceria um público digno apenas pelo fato de ser o Botafogo de Futebol e Regatas, o clube mais importante do país pentacampeão mundial e com uma história incomparável.

O torcedor alvinegro precisa criar a cultura de estar presente no estádio, independentemente das circunstâncias ou da colocação nos torneios. Ficar chateado e deixar de ir uma vez é do jogo. O problema é quando a frustração se torna um hábito. Ou melhor, uma birra. Paixão não se justifica. Se vive. E com toda a intensidade possível. No dia 15 deste mês, no próximo clássico, é imperativo lotar o Nilton Santos para, enfim, receber o arquirrival. Sem desculpas. E sem boi na sombra pelos títulos de 2024. O caminho para o Botafogo retomar o protagonismo começa nas arquibancadas do Colosso do Subúrbio.

*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10.

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