A importante informação desta segunda-feira que deixou o Inter preocupado | OneFootball

O Internacional está atento a um dos temas mais importantes dos bastidores do futebol brasileiro: os pilares do recém-estruturado Sistema de Sustentabilidade Financeira da CBF. A entidade, que segue alinhada ao movimento global de controle econômico — semelhante ao Fair Play Financeiro da UEFA — pretende implementar regras mais rígidas e monitoramento constante sobre a saúde financeira dos clubes, algo que impactará diretamente o planejamento do Colorado para 2026 e para os próximos anos.

Entre os pontos centrais, a CBF quer estabelecer o controle absoluto de dívidas em atraso, incluindo pendências com outros clubes, com funcionários e com autoridades públicas. A ideia é evitar que equipes sigam competindo enquanto acumulam débitos que comprometem sua operação. No caso do Inter, que já vem adotando um discurso de austeridade e reestruturação, o cenário exige ainda mais atenção, especialmente após ciclos recentes de contratações, vendas de jovens e ajustes no elenco principal.

Outro eixo fundamental do modelo é o equilíbrio operacional: gastar apenas aquilo que se arrecada. Isso significa que clubes não poderão assumir riscos acima de sua capacidade, algo que pode influenciar estratégias de mercado, renovação de contratos e até decisões internas sobre categorias de base e folha salarial. Com o Colorado buscando reconstrução esportiva em meio à luta contra o rebaixamento em 2025, esse pilar se torna ainda mais relevante.

A CBF também quer impor controle de custos com elenco, garantindo que o orçamento destinado ao futebol seja proporcional à capacidade financeira real do clube. Para o Inter, que convive com altos salários e necessidade constante de equilíbrio, o tema é estratégico — e pode acelerar movimentos de venda, empréstimos, reformulação do grupo e valorização dos jovens formados no Celeiro de Ases.

Por fim, o sistema prevê controle de endividamento de curto prazo, exigindo estrutura de capital sólida e limites claros de alavancagem. Em outras palavras: chega de dívidas que precisam ser pagas “para ontem”. Para clubes que vivem oscilações de caixa, como grande parte do Brasil, esse será o maior desafio.

O Colorado acompanha de perto todas as diretrizes. A implementação dessas regras pode influenciar diretamente o mercado, o elenco e o futuro competitivo do clube — e o Inter sabe que precisará estar pronto para um novo futebol brasileiro onde gastar sem planejamento será cada vez mais difícil.