A sinceridade da direção, a estratégia para enfrentar a realidade e um número ideal no elenco

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JB Filho Repórter

·23 décembre 2025

A sinceridade da direção, a estratégia para enfrentar a realidade e um número ideal no elenco

Resumo da entrevista do Luis Castro como treinador do Grêmio:

A partir do momento que foi abordado pelo Grêmio, começou a ver os jogos e acha que dá pra fazer algo bom com os jogadores que tem aqui.
A direção sempre foi muito sincera com ele. Nada foi escondido. Não tem muito dinheiro para contratações. Isso obriga a ser mais específicos nas escolhas. Se necessita de dois jogadores e só pode trazer um, tem que contratar o que faz as duas funções. Exemplificou como se fosse uma família com pouco dinheiro, que precisa ser muito criteriosa nos alimentos que compra para casa, pois não tem como comprar tudo que desejam.
Não tem que lamentar a situação financeira. A realidade é essa, mas tem que arrumar estratégias para ultrapassar essa situação. Juntando os jogadores que estão aqui, os que tem na base e o que é possível buscar no mercado, tem que montar uma equipe que possa competir.
Não há segredo para reformular o elenco. No Botafogo, foram muito ativos no mercado. Toda vez que abria a janela, eram três ou quatro que saiam e três ou quatro que entravam.
Não tem essa de competir só quando chegarem os reforços, com os jogadores que tem hoje, já é possível competir. Os que estão aqui já deram boas amostras no final da temporada.
Por jogar toda quarta e domingo, o elenco precisa ter pelo menos 22 jogadores do mesmo nível. Vai tentar construir o elenco de jogadores nivelados. Até porque são muitos jogos na temporada.
Brincou dizendo que o camisa 10 pode jogar com a camisa 14 (Tetê usa a 14). Depois, falou que estão procurando um camisa 10 mesmo no mercado.
Uma pré-temporada ideal tem 5 ou 6 semanas. Ali, tu prepara o time e faz amistosos. Mas os jogos testes acabam sendo os jogos oficiais. Não dá pra lamentar. É assim e tem que fazer. Só terão que mudar a abordagem no começo da temporada. Isso é até mais motivador. Tem que estar ligado desde o início.
Saiu do Botafogo porque se permitiu ter a chance de treinar um dos maiores jogadores do futebol mundial (Cristiano Ronaldo). Na hora de decisão, se lembrou de quando trabalhava por 14h para treinar um time da quarta divisão. E pensou que já tinha treinado até na Champions, mas faltava treinar um cara como o Cristiano.
O maior título da sua carreira foi quando estava no Porto B, trabalhando com meninos de 19 ou 20 anos, e ganharam a segunda divisão. Sabe que não teve muitos títulos, mas sempre que esteve em equipes que podiam ganhar títulos, conquistou títulos. Sabe que título ta associado a ganhar algo, mas se está em uma equipe que briga para não cair e o time permanece na divisão, isso é uma “conquista”.
Acha que é um treinador que é muito ligado a reconstruções de equipes. Um treinador ligado a dar oportunidades para jogadores da base.
É um treinador que começou na quarta divisão, treinou na Champions e chegou na semifinal da Liga Europa. Tem muito orgulho disso.