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·30 octobre 2025

Cartão Corporativo: MP recebe nota fiscal de hospital e faz ajuste em denúncia contra ex-presidente do Corinthians

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  1. Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Nesta quarta-feira (29), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) realizou um ajuste na denúncia contra o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, referente ao uso indevido do cartão corporativo do clube durante seu segundo mandato (2018–2020). A alteração ocorreu após o órgão receber a nota fiscal do Hospital Albert Einstein, que, inicialmente, não havia encontrado comprovações em nome de Andrés nem do próprio clube.

Em seu nome, o dirigente utilizou o cartão corporativo do Corinthians no Hospital Albert Einstein, em 9 de agosto de 2018, realizando um gasto de R$ 5.311,64 com pagamento feito por meio de um cartão Santander Mastercard. Diante disso, o promotor do caso alterou a tipificação do crime de “falsidade de documento tributário” para “falsificação ou emissão de documento fiscal falso”.


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Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Inicialmente, o Ministério Público levantou a suspeita de que terceiros teriam utilizado o cartão do Corinthians para o pagamento do serviço. Contudo, verificou-se que foi o próprio Andrés Sanchez quem pagou o exame realizado no hospital. Vale destacar que, no início deste mês, o ex-presidente foi denunciado pelo MP-SP por lavagem de dinheiro, apropriação indébita e falsidade de documento tributário, envolvendo recursos do clube.

Além disso, entre agosto de 2018 e fevereiro de 2021, o Ministério Público identificou mais de 200 despesas realizadas com o cartão do Corinthians, o que gerou um prejuízo superior a R$ 480 mil aos cofres do Timão. A promotoria chegou a solicitar que Andrés Sanchez e Roberto Gaviolli, então gerente financeiro, devolvam os valores ao clube. Entre os gastos investigados, destacam-se a aquisição de relógios, roupas de grife e até medicamentos voltados à melhora do desempenho sexual.

No documento obtido pela Central do Timão, o Ministério Público aponta que Andrés Sanchez, em seu nome, utilizou o cartão corporativo do Corinthians para custear serviços de caráter pessoal, configurando, segundo a promotoria, um caso de lavagem de dinheiro.

O denunciado ANDRÉS N. SANCHES valendo-se do cartão corporativo do SCCP custeou despesa estritamente particular e pessoal e determinou a emissão de documento fiscal em seu próprio nome, ciente de quem pagava eram os valores da conta corrente atrelada ao cartão de crédito empresarial da entidade desportiva visando, pois, com isso obstar a rastreabilidade da relação entre o gasto e o patrimônio do clube, dissimular a natureza, origem e propriedade dos valores que o custearam e, por fim, ocultar a titularidade do bem/serviço custeado subsumindo-se aos ditames do artigo 1º, “caput” e &1º, I, da Lei 9.613/98.

Esclarece-se que a capitulação legal já restou tipificada na denúncia oferecida, havendo, apenas, a necessidade de reescrever os fatos, porque o EINSTEIN apresentou a nota fiscal lançada em nome do denunciado, o que caracteriza etapa de lavagem de dinheiro.”

“O denunciado ANDRÉS, ao determinar e permitir que a nota fiscal relativa a despesa de prestação de serviços hospitalares custeada por meio da conta-cartão empresarial do SCCP fosse emitida em nome próprio, quando, de fato, a despesa foi suportada pelo clube, procedeu a emissão de documento fiscal com titularidade diversa da real, o que configura falsificação/alteração de documento tributável ou emissão de documento falso ou inexato com a finalidade de fraudar a fiscalização e ocultar a real tributação.

Incide, pois, os ditames do artigo 1º, III, da Lei 8137/90. Por último o crime do artigo 1º, V da Lei8137/90 considerando essa nova revelação do nosocômio deixou de existir e foi substituído por mais um crime do artigo 1º, III, da Lei 8137/90″, diz parte do trecho enviado à Justiça.

Além de Andrés Sanchez, as gestões dos ex-presidentes Duilio Monteiro Alves (2021-2023) e Augusto Melo (janeiro de 2024 a maio de 2025) também são alvo de investigação pelo Ministério Público. No caso de Duilio, o MP-SP apura gastos suspeitos que totalizam R$ 80 mil em apenas 40 dias de sua presidência. De acordo com a apuração da Central do Timão, o motorista do ex-mandatário será ouvido pela promotoria nesta quinta-feira (30).

O MP-SP solicitou à Justiça o afastamento dos três ex-presidentes mencionados dos principais órgãos do clube até a conclusão das investigações, com o objetivo de evitar qualquer interferência interna nos processos relacionados a eventuais punições. Em meio às apurações, Andrés Sanchez, conselheiro vitalício do Corinthians, solicitou seu afastamento do Conselho Deliberativo e do Conselho de Orientação (CORI), do qual é membro nato, medida seguida por Duilio Monteiro Alves, que também ocupa posição de conselheiro vitalício.

Por sua vez, Augusto Melo, destituído do cargo definitivamente em agosto após se tornar réu no caso VaideBet, perdeu seus direitos políticos no Parque São Jorge e não exerce atualmente nenhuma função no clube.

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