Defesa é problema e lobos não conseguem proteger a alcateia | OneFootball

Defesa é problema e lobos não conseguem proteger a alcateia | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Zerozero

Zerozero

·15 septembre 2025

Defesa é problema e lobos não conseguem proteger a alcateia

Image de l'article :Defesa é problema e lobos não conseguem proteger a alcateia

Apesar dos cinco pontos conquistados até ao momento, o Arouca tem sentido imensas dificuldades no capítulo defensivo, sendo mesmo a equipa que mais golos sofreu em todo o campeonato.

Foram já 13 os tentos que a turma arouquense encaixou em apenas cinco partidas, com destaque para a goleada sofrida em Alvalade (0-6). Juntando ainda que não conseguiu terminar nenhuma partida com a baliza a zeros, os lobos têm sido bastante permeáveis nos vários momentos do jogo. Exemplo disso foi a mais recente derrota, frente ao Casa Pia no próprio terreno (0-2), onde o conjunto de Vasco Seabra não conseguiu lidar com as diferentes oportunidades de perigo.


Vidéos OneFootball


Além disso, a irregularidade na organização coletiva tem sido um fator determinante para o fraco rendimento defensivo da equipa, já que aos naturais erros individuais, acabam por se somar as falhas de posicionamento. Perante equipas mais agressivas no ataque, como foi visível frente ao Sporting, mas também contra formações teoricamente do mesmo patamar competitivo e com um estilo de jogo mais defensivo, como o Casa Pia, o Arouca revelou dificuldades que não eram habituais.

Esta vulnerabilidade acaba por comprometer também o rendimento ofensivo, uma vez que a equipa se vê obrigada a correr atrás do prejuízo, tendo apenas estado na frente do marcador, do início ao fim, na vitória frente ao AFS (3-1). Nos restantes jogos, independentemente do momento, viu-se em desvantagens que não conseguiu reverter na totalidade.

Dificuldades que custam pontos

Como já referido, o encontro com o conjunto casapiano expôs algumas das maiores fragilidades da última linha de defesa. Durante os 90 minutos, a equipa de Pina Manique explorou por diversas vezes a bola parada, tendo apenas pecado na finalização.

Contudo, os jogadores adversários conseguiram - praticamente sempre - aparecer com espaço ao segundo poste para tentar desviar, o que demonstrou alguma falta de atenção nas marcações. Ainda assim, o Arouca chegou mesmo a sofrer um golo através de um livre bem trabalhado - tal como em Guimarães -, que desmontou por completo a organização defensiva.

Defender o poste oposto de onde é feito o cruzamento também tem causado alguns problemas em bola corrida, como são os casos de alguns tentos sofridos frente ao AFS, Rio Ave e Sporting. Muito espaço dado ao homem com bola e mau posicionamento da última linha podem justificar isso, apesar de na partida deste domingo, não se ter visto tanto essa questão.

Outro ponto relevante foi quando o avançado conseguiu receber com algum espaço na área, criando perigo ao rematar ou ao isolar outro jogador. Isso foi possível observar, sobretudo na primeira parte, quando Cassiano inaugurou o marcador, ao receber um cruzamento rasteiro, onde foi rápido o suficiente para rematar. Nos outros casos, Livolant apareceu na cara do guarda-redes, que conseguiu defender ambos os remates. Acabam por ser lances muito semelhantes aos dois primeiros sofridos no empate com os vilacondenses (3-3).

Contudo, o maior problema defensivo desta partida foi mesmo a incapacidade de atacar. A equipa da casa foi completamente engolida pela pressão homem a homem, montada por João Pereira. Inclusive, o primeiro golo surge de um mau passe de Fukui, que teve uma partida para esquecer. O japonês nunca conseguiu ver o jogo de frente e acabou por perder várias bolas em zona proibida.

Ainda assim, Vasco Seabra manteve os princípios do início ao fim, o que, neste caso, deu a vitória ao oponente. Se nos primeiros 45 minutos, o Arouca não soube lidar com as recuperações altas no terreno de jogo, na segunda parte viu-se pressionado pela falta de controlo na profundidade. A perder em casa pela margem mínima é obrigatório arriscar mais um pouco, mas a verdade é que o resultado poderia ter sido mais expressivo, se não fosse o falhanço de Livramento e o corte na última hora de Danté.

Com média de 2,6 golos sofridos por jogo, o Arouca precisa de fazer três tentos por partida para ganhar um encontro, o que não é sustentável a longo prazo. Por isso, Vasco Seabra irá certamente rever os comportamentos defensivos e as dinâmicas da última linha que, num passado não tão longínquo, eram bastante sólidas.

À propos de Publisher