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·10 décembre 2025
Estádio do Flamengo: Bandeira de Mello aponta 'pontos obscuros' no projeto do Gasômetro e cita Maracanã

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·10 décembre 2025

Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo e figura central na reestruturação financeira do Rubro-Negro, manifestou preocupação com a viabilidade e a transparência do projeto para construção do Estádio do Flamengo.
Em entrevista ao canal "Mundo GV", Bandeira alertou para o que chamou de "coisas obscuras" no processo, citando desde os encargos com obras no entorno até a possível redução da capacidade final do estádio.
Um dos pontos cruciais levantados pelo ex-mandatário refere-se ao Edital de aquisição do terreno. Segundo Bandeira, custos que extrapolam a construção da arena em si cairão na conta do Flamengo, o que pode onerar os cofres do clube muito além do previsto.
"Tem muita coisa obscura nesse caso do estádio do Gasômetro. O próprio Edital fala que as adaptações do sistema viário são a cargo do vencedor do Edital, ou seja, do Flamengo", pontuou Bandeira.
Além do trânsito, há desafios técnicos complexos no local, como a presença de tubulações de gás e a necessidade de descontaminação do solo, fatores que encarecem e atrasam obras de grande porte.
"Tem a relocação da tubulação de gás que passa ali. Tem aquela coisa da descontaminação do terreno que ainda não está, vamos dizer, esclarecida, não foi dada ainda a total transparência quanto a isso", completou.
A Nação Rubro-Negra sonha com um estádio com grande capacidade, mas as limitações físicas do terreno do Gasômetro podem frustrar essa expectativa. Bandeira de Mello recordou que as projeções iniciais de público vêm diminuindo conforme os estudos avançam.
"Eu acho o terreno muito pequeno. Na época, se falava que seria para um estádio de 80 mil espectadores. Depois já não era mais 80, era 72. O último número que eu vi já era 65 [mil]", analisou o ex-presidente, que fez uma comparação preocupante:
"Qualquer dia vai acabar do tamanho do Engenhão", disparou.
Vale lembrar que o último projeto, apresentado em setembro, trouxe atualizações importantes sobre o cronograma e os custos:
Para além das questões técnicas e financeiras, Eduardo Bandeira de Mello tocou em um ponto sentimental e histórico. Para ele, a verdadeira casa do Flamengo sempre foi e deveria continuar sendo o Maracanã.
Relembrando sua infância e a mística do estádio, ele reforçou a identidade do clube com o Mário Filho:
"Para mim, eu sempre achei que o estádio do Flamengo era o Maracanã. Eu fui criado lá dentro, nessa época que cabia quase 200 mil pessoas. O Maracanã era quase que o quintal da minha casa, eu morava na Tijuca, ia a todos os jogos. Sempre imaginei que o 'Maraca é nosso', como a torcida fala", concluiu.









































