Martim Mayer: «Gostaria de conquistar oito campeonatos em oito anos» | OneFootball

Martim Mayer concedeu, esta terça-feira, uma entrevista ao canal BTV, no âmbito das eleições à presidência do Benfica. O candidato ao cargo abordou diversos temas sobre a sua candidatura ao cargo, nomeadamente a centralização dos direitos desportivos, a aposta na formação e a necessidade de apostar no produto nacional.

Recorde-se que as eleições para a presidência do Benfica estão marcadas para o próximo dia 25 de outubro.

Martim Mayer em discurso direto:

Motiva da candidatura: «O Benfica tem andado subaproveitado, é um clube muito maior. Tenho uma proposta que contraria isso, os adeptos têm de ter a possibilidade de escolher um Benfica muito grande e no topo da Europa.

Remuneração: «Entendo que devo ser remunerado, bem como toda a minha Direção, por uma questão de vínculo e responsabilidade, que têm de ser máximos.

Estrutura e modelo desportivo: «Um modelo desportivo com um fio condutor e que tenha uma visão a médio prazo. Há uma semana apresentei o Sr. Andries Jonker. Conto com o nosso treinador José Mourinho e com o nosso diretor Mário Branco.»

«Queremos ser mais incisivos no nosso scouting, para acrescentar valor ao que temos dentro. 50 por cento da equipa principal terá de vir da formação e os restantes 50 por cento de compras acertadas. É assim que vamos trabalhar.»

Mercado do Benfica: «Vendemos muito cedo e por necessidade. Temos mais-valias médias muito baixas em comparação com os nossos rivais. O último exercício foi bom, mas em média temos 70 milhões de euros para resolver todas as épocas.»

«A pressão da venda é grande, nos atletas da formação ainda maior. Temos de reverter isso para sermos livres de tomar melhores decisões e constituir equipa mais próxima de lutar por um título europeu.»

Aposta nacional: «Temos ameaças a surgir de diferentes zonas geográficas. O Benfica tinha o território controlado, abandonámos o scouting nacional. Temos de reverter a situação e estar em cima do talento. Temos de alargar o projeto de formação para lá da componente desportiva. É importante que no Seixal haja um colégio, alojar as famílias dos miúdos, para que fiquem mais confortáveis.»

Treinador: «Um treinador do Benfica, em média, dura um ano e quatro meses. Tem de trazer sucesso e ganhar, não pode pensar a médio prazo. Tem de pensar em fazer os quatro anos de mandato comigo.»

Auditoria às contas?: «Não pretendo fazer uma auditoria às contas, quero olhar para o presente e o futuro. Se for preciso fazer-se, faremos. Se houver algum motivo olhar para trás, cá estaremos para fazer. As auditorias não se anunciam, fazem-se. Estamos a gastar de mais. É possível reduzir até 20 por cento dos custos atuais do Benfica. Vamos atacar esse tema desde o primeiro dia.»

Direitos televisivos: «Pedi ao presidente Rui Costa que não vinculasse o clube a nenhuma decisão antes de se saber quem será o próximo presidente. O Benfica não pode perder nem um tostão, tem de liderar o processo e apresentar a solução. Há várias questões do ponto de vista do produto televisivo que passa pela melhoria nas infraestruturas.»

Legado: «Gostaria de fazer dois mandatos. O projeto é para oito anos. Gostaria de deixar oito campeonatos e uma progressão europeia.»