Muita posse, zero golos: Santa Clara europeu está a tremer em Portugal | OneFootball

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·18 août 2025

Muita posse, zero golos: Santa Clara europeu está a tremer em Portugal

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O arranque de época do Santa Clara tem sido um misto de emoções. Apesar dos bons resultados nas competições europeias, a equipa continua sem vencer a nível interno e somou a segunda derrota consecutiva, sem marcar qualquer golo, na Liga Portugal Betclic, desta vez por 0-1 frente ao Moreirense. Em ambos os jogos, o problema parece evidente: falta de eficácia, apesar da elevada posse de bola.

Na jornada inaugural, o Santa Clara saiu derrotado de forma surpreendente por 3-0 no terreno do Famalicão. Vasco Matos, que já tinha três jogos da Conference League realizados, manteve a base que vinha das exibições positivas na Europa, mas a equipa deixou sinais claros de que havia arestas a limar. Contra os famalicenses, a equipa registou 54 por cento de posse, seis remates (três enquadrados) e… zero golos.


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O problema voltou a ficar evidente no jogo seguinte, frente ao Larne. É certo que a eliminatória estava praticamente resolvida desde a primeira mão (0-3), mas, mesmo assim, os números repetiram o padrão: 66 por cento de posse de bola, 14 remates, apenas quatro à baliza – e mais uma vez sem marcar.

De regresso à Liga, o verdadeiro enfoque, os açorianos voltaram a entrar mal na partida. Logo ao minuto oito, à semelhança do que se sucedeu em Famalicão (onde já perdiam por dois golos aos 12 minutos), a equipa voltou a sofrer cedo. A capacidade de adaptação ao adversário e as diferentes dinâmicas táticas implementadas por Vasco Matos nunca foram um verdadeiro obstáculo para o Moreira.

Numa linha de três centrais que chegou a transformar-se, em momentos, em quatro – com Adriano Firmino a recuar para libertar Vinícius no ataque – o Santa Clara tentava circular a bola, sobretudo pelos corredores, mas a posse era quase sempre consentida. Os cónegos fechavam bem os espaços e tinham o controlo do jogo.

O que falta para (voltar a) marcar?

No ataque, Wendel foi uma presa fácil para Marcelo e Maracás, e Caio Secco nunca foi verdadeiramente ameaçado. O primeiro remate enquadrado surgiu apenas aos 48 minutos, por MT, central que entrou ao intervalo e arriscou numa incursão pelo flanco esquerdo, mas que o guardião brasileiro defendeu sem dificuldades.

Com o decorrer da partida, os açorianos foram crescendo, mas também aumentando a ansiedade na busca pelo golo, o que evidenciou a falta de discernimento no último terço. As dificuldades em sair a jogar perante a pressão alta do Moreirense eram igualmente notórias – mais evidenciadas na primeira parte - permitindo ao Moreirense criar perigo sobretudo em transições rápidas – essencialmente no tempo complementar.

Nos instantes finais, com o apito a aproximar-se e o golo cada vez mais distante, os cónegos souberam gerir a vantagem: mantiveram a posse, fizeram faltas táticas e congelaram o ritmo do encontro. O cenário repetiu-se: mais posse para o Santa Clara (57 por cento), 12 remates, três enquadrados, mas nenhum golo.

No campeonato, já lá vão 180 minutos sem marcar. Somando todas as competições, o último golo remonta aos 36 minutos da primeira mão frente ao Larne, há já 324 minutos. Vasco Matos utilizou três avançados diferentes esta época – Carter, João Costa e Wendel –, mas apenas este último conseguiu marcar (Conference League). Resta agora perceber por onde passará a solução para este deserto ofensivo: ajustes táticos, novas opções no ataque ou simplesmente a tão necessária eficácia.

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