Esporte News Mundo
·12 décembre 2025
Presidente de gigante do Brasileirão acredita em temporada difícil: ‘Não prometo títulos’

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·12 décembre 2025

O presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, adotou um tom de autocrítica ao avaliar a temporada marcada pela luta contra o rebaixamento.
Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (12), quase uma semana depois da permanência garantida apenas na rodada final do Brasileirão, o dirigente reconheceu erros na análise do elenco, admitiu impactos financeiros e antecipou que 2026 será um período de reconstrução, longe de qualquer promessa de títulos.
Barcellos afirmou que a leitura feita pela direção para 2025 se mostrou equivocada. Segundo ele, a necessidade de diminuir a folha salarial e conter o endividamento guiou decisões que, à época, pareciam seguras, mas que acabaram deixando o time com carências evidentes e sem margem para ajustes na reta final.
O dirigente explicou que a orientação do Conselho Fiscal foi determinante para a estratégia mais conservadora no mercado. A expectativa interna era de que, mesmo com cortes, o Inter não enfrentaria riscos na tabela. A realidade, porém, foi o oposto: “Erramos na montagem do equilíbrio do grupo, em termos técnicos, físicos e mentais. Quando percebemos todas essas questões, a janela já havia fechado”, afirmou o presidente.
Barcellos avaliou ainda que o clube cumpriu seus objetivos no primeiro semestre, mas não conseguiu manter o desempenho. Além das limitações técnicas, o impacto financeiro, motivo central da reestruturação, também pesou na queda de rendimento.
Ciente do cenário, o presidente foi direto ao projetar o futuro imediato: 2026 não virá acompanhado de grandes promessas, mas sim de ajustes profundos. “Vai ser um ano de recuperação. Não vamos prometer títulos, vamos prometer muito trabalho”, disse. A intenção é reconstruir o elenco de forma responsável, suprir as carências diagnosticadas e recuperar credibilidade no mercado.
Questionado sobre a possibilidade de renúncia, Barcellos afastou qualquer chance de deixar o cargo antes do fim do mandato, que se encerra em dezembro de 2026. Para ele, mudanças fora do período eleitoral gerariam instabilidade interna e prejudicariam as articulações para o futuro. “Existem regras, existem caminhos. Quando se navega fora disso, cria-se instabilidade, e isso é ruim para o mercado e para os jogadores com quem conversamos”, afirmou.
Com eleições marcadas para novembro de 2026, o presidente garantiu que seguirá no comando até lá e trabalhará em ajustes na condução do futebol. “Página virada, olhar pra frente”, resumiu Barcellos, que vê o próximo ano como decisivo para recolocar o Inter em um caminho mais sólido após uma temporada de risco e reflexão.









































