Renda na Vila supera algumas do Morumbi. Mas jogar em Santos escancarou ao São Paulo o custo alto de ficar sem seu estádio | OneFootball

O borderô do empate entre São Paulo e Flamengo, na quarta-feira (5), revelou o impacto financeiro da passagem do Tricolor pela Vila Belmiro, enquanto o Morumbi segue alugado para seis shows.

A renda bruta foi de R$ 884 mil, valor superior ao registrado em duas partidas deste ano no próprio Morumbi (contra Ponte Preta, em fevereiro, e Bahia, no mês passado).

Já a renda líquida, de R$ 297 mil, também superou a de dois jogos no estádio tricolor: novamente o duelo com o Bahia e o com o Ceará, em setembro, quando o clube registrou seu primeiro prejuízo desde 2019.

O São Paulo pagou R$ 132,6 mil de aluguel ao Santos, o equivalente a 15% da renda bruta. O comparativo com o caminho inverso mostra o quanto o Morumbi é mais vantajoso.

Nos dois jogos que o Santos mandou lá, pagou R$ 550 mil contra o Juventude — 19,3% da renda bruta, provavelmente um valor fixo — e R$ 868,9 mil o Vasco, exatamente 20%.

Ou seja, o aluguel de apenas uma dessas partidas correspondeu praticamente à renda bruta total que o São Paulo teve como locatário da casa santista. O contraste se amplia ao se observar o resultado final. Descontados aluguéis e despesas, o Santos teve renda líquida de R$ 3,35 milhões no Morumbi.

Para atingir o mesmo valor, o Tricolor precisaria atuar 11 vezes na Vila. E isso porque o tíquete médio em Santos, de R$ 78,75, foi o segundo mais alto do clube neste ano, atrás apenas do jogo contra a LDU, pelas quartas de final da Libertadores, que teve média de R$ 152,61.

Apesar da receita modesta, a experiência agradou aos dois clubes. O São Paulo elogiou o gramado, que resistiu bem à chuva, e a sensação de proximidade entre arquibancadas e campo, algo incomum no Morumbi. O Santos, por sua vez, não encontrou sinais de depredação no estádio após o jogo.