Valencia muda o jogo, vira o melhor em campo, mas vitória do Inter terminou com uma grande preocupação
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A vitória, com time titular, indica o quanto o Inter tá querendo este Gauchão. Roger levou todos os titulares e não deu mole pra ninguém. Como recompensa, ganhou a melhor campanha do Gauchão de “presente”. Fez por merecer até agora. Tá com a faca e o queijo na mão para ser o melhor da primeira fase e garantir a segunda partida da semi no Beira-Rio (os pontos vão somando para a final).
Dentro de campo, o Inter não fez lá grande partida. O primeiro gol tem um ponto muito positivo que é o fato de estar com cinco jogadores no campo de ataque, marcando sob pressão, para roubar a bola pro Vitinho marcar. Aliás, segundo gol de canhota do Vitinho. Tô gostando do começo dele.
Só que o Inter levou o empate na jogada que mais preocupa do Roger: a bola aérea defensiva. Isso é histórico com Roger. Eu tenho certeza que ele sabe disso. Desta vez, somou-se ao Vitão, que não subiu com o cara deles. Eu já fui muito criticado pelos colegas do Debate Raiz justamente porque sempre relembro que esse é o único defeito que o Vitão tem. Óbvio que é um baita zagueiro, só destaco esse ponto a melhorar.
O jogo muda completamente quando o Valencia entra em campo. Ele revitaliza o ataque do Inter. Primeiro marcando um gol e depois dando assistência para o outro. O melhor em campo da noite foi o Valencia. Contra o Brasil, já tinha sido um dos melhores. No Gre-Nal, entrou e quase protagonizou o segundo gol. Penso que estamos diante de uma consolidação da sua recuperação.
Valencia e Bernabei rivalizam como os melhores em campo. Nunca ninguém vai poder dizer que o argentino não deixa tudo em campo.
Nesse ponto do jogo, Borré recuou para como se fosse um meia-atacante. E, sim, estamos diante de uma possível solução do Roger. É a segunda vez que vejo o Borré jogando mais recuado. Não foi aberto na ponta, como fazia no River, e nem como se fossem dois centroavantes, que já foi testado. O Borré foi o meia-atacante, atrás do centroavante. É uma mudança do jeito de jogar com o Alan Patrick e tudo bem. É uma baita alternativa. Ainda mais se pensarmos que o Borré não estava bem jogando como atacante.
Ficou claro pra mim que Roger testou uma forma de jogar mais ofensiva. Alan Patrick mais atrás, de volante, mais os dois pontas, Borré de meia centralizado e Valencia na frente. Pra furar retranca, pode dar certo.
Aliás, a péssima notícia da noite foi Alan Patrick. Em um lance de azar, o Alan chuta o chão, se lesiona e sai chorando de campo. Cena assustadora. Afinal, é o melhor meia do time.