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·15 Oktober 2025

‘A Libra é palmeirense’, ataca presidente do Flamengo

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O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, em entrevista concedida ao UOL, apontou uma exclusão do Rubro-Negro das decisões da Libra e afirmou que a liga é palmeirense.


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Desde o início de 2025, quando o Mengão avisou que queria receber mais dinheiro do contrato da Globo para o Brasileirão, há uma “disputa” entre o clube e a Libra. Na época, não estavam definidos os critérios da divisão de audiência, e não houve um acordo em reuniões seguintes.

Assim, a disputa foi parar na Justiça, com o clube bloqueando R$77 milhões de parte do dinheiro da TV. A consequência foi uma colisão nos bastidores entre Flamengo e Palmeiras, que teve sua presidente, Leila Pereira, atacando o Rubro-Negro, rodeada de outros clubes da Libra.

Na entrevista, Bap explicou a versão do clube, alegando que o Mengão sempre foi excluído pela Libra, e que mesmo após tentar negociar um acordo por nove meses, não conseguiu ter o peso de mercado reconhecido.

O Palmeiras foi o principal alvo do presidente, que chegou a afirmar que a Libra “é verde”, por ter o mesmo advogado do Palmeiras, questionando o equilíbrio dentro da liga. Bap também apontou que Leila Pereira só possui boa relação com quem concorda com ela, e a chamou de “infantil” por sugerir que o Flamengo jogue sozinho.

Bap rebateu as críticas de que o clube age de forma egoísta nas discussões envolvendo a Libra. Segundo ele, o discurso de que o Flamengo não pensa no coletivo é apenas uma narrativa criada “para fora”, sem correspondência com a realidade.

Ele afirmou que a ideia da liga começou ainda na gestão de Rodolfo Landim, e que ele próprio participou desde o início da concepção do projeto, quando a proposta era discutir o futebol brasileiro de forma mais ampla, como temas de arbitragem, regulamento e janelas de transferências. No entanto, ele criticou o fato de, em dez meses de participação na Libra, não ter presenciado uma única reunião que tratasse diretamente do desenvolvimento do futebol nacional.

O dirigente destacou que o Flamengo tentou integrar o comitê de aproximação com a Liga Forte Futebol, mas teve a entrada vetada por Palmeiras e São Paulo, o que, segundo ele, demonstra quem realmente age de forma excludente.

Para o presidente, o clube carioca sempre se mostrou aberto ao diálogo e disposto a participar de todas as discussões, chegando a abrir mão de cerca de R$500 milhões em cinco anos sem garantias em troca.

Em relação às propostas financeiras, o presidente explicou que a projeção inicial feita pela Libra previa cerca de R$250 milhões para o Flamengo, mas que os cálculos atuais apontam para R$200 milhões, o que motivou a busca por um meio-termo.

Bap relatou que o clube tentou negociar por oito meses, mas só percebeu mudança de postura dos demais integrantes depois de recorrer à Justiça. Ele acusa os outros clubes de terem conduzido o processo de forma sectária e excludente, sem disposição para discutir fórmulas ou critérios de divisão de receitas.

De acordo com o dirigente, durante as discussões com a empresa Matos Projects, que assessora a Libra, havia propostas diferentes para o mesmo ponto, o que, para ele, mostrava que não existia uma fórmula definitiva. Ele afirmou que o Flamengo sempre buscou diálogo, mas que a falta de clareza sobre a partilha dos 30% das cotas restantes levou à judicialização do caso.

Bap também comentou a votação no Conselho Deliberativo do Flamengo que aprovou a adesão ao projeto. Ele explicou que, na época, muitos detalhes ainda não estavam definidos e que o acordo levado ao conselho representava apenas parte do contrato.

Segundo ele, a divisão de recursos e a aplicação da “lei do mandante” não estavam claras, e o valor inicialmente apresentado era superior ao atual: cerca de R$225 milhões. Posteriormente, afirma, a diretoria da Libra fez mudanças unilaterais, retirando direitos do Flamengo.

Sobre a permanência do clube na Libra, o presidente garantiu que o Flamengo nunca teve intenção de sair e que tentou pacificar o ambiente em diversas ocasiões, inclusive nas assembleias realizadas ao longo do ano. Segundo ele, se houvesse desejo de rompimento, isso já teria ocorrido no início de 2024.

Ao falar das relações com os dirigentes de outros clubes, Bap afirmou que a convivência com Leila Pereira, do Palmeiras, era boa até certo ponto, mas que se tornou difícil quando o Flamengo passou a discordar de suas posições.

Segundo ele, a presidente palmeirense só mantém bom relacionamento quando suas vontades são acatadas. Já com Julio Casares, do São Paulo, o dirigente diz ter uma relação pessoal positiva e de longa data, embora o processo da Libra tenha gerado alguns atritos.

Bap criticou declarações recentes de Leila Pereira, que chamou os dirigentes rubro-negros de “terraflanistas” e afirmou que o Flamengo queria “jogar sozinho”. Ele classificou as falas como infantis e argumentou que o clube nunca cogitou se separar.

De acordo com o dirigente, o Flamengo sempre defendeu pautas coletivas, como a “lei do mandante”, que ampliou o poder de negociação dos clubes. Para o dirigente, há quem pense apenas em dinheiro e visibilidade, enquanto o Flamengo tem atuado com espírito de construção.

Questionado sobre a decisão de bloquear judicialmente valores repassados pela Globo à Libra, Bap justificou a medida como uma forma de proteger os interesses do clube.

Ele argumentou que, no Brasil, o devedor costuma ser beneficiado, e que, se o dinheiro fosse distribuído antes de uma decisão definitiva, seria impossível recuperá-lo depois. O presidente revelou que o pagamento foi autorizado pela Libra mesmo com uma assembleia em aberto, sem consulta ao Flamengo, o que teria agravado o conflito.

Bap também criticou a atuação do advogado André Sica, representante jurídico da Libra, por entender que há conflito de interesses, já que o profissional e seu escritório têm ligação com o Palmeiras. Para ele, o episódio reforça a percepção de que a Libra favorece o clube paulista.

Por fim, o presidente voltou a abordar a polêmica sobre o empréstimo da Crefisa ao Vasco, que, em sua visão, representa um problema ético para o futebol brasileiro.

Embora reconheça que a operação não seja ilegal, ele considera o caso imoral, pois envolve dois clubes de grande torcida e competidores diretos em campeonatos nacionais. Para Bap, além de ser honesto, é preciso “parecer honesto”, e a relação entre as partes fere esse princípio básico de transparência.

O advogado André Sica, um dos principais articuladores jurídicos da Libra, respondeu às declarações do presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, que havia questionado sua imparcialidade e sugerido ligação histórica entre sua família e o Palmeiras.

Sica afirmou que as informações apresentadas pelo dirigente rubro-negro não correspondem à realidade. Ele disse, também, que se sentiu lisonjeado pelas menções feitas, mas ressaltou que o presidente do Flamengo aparentemente não tem acesso a todos os fatos.

O advogado explicou que o pai, falecido em 2001, era engenheiro, e que a mãe é professora de francês, negando que qualquer pessoa de sua família tenha trabalhado para o clube paulista.

Ele destacou ainda que apenas ele próprio mantém relação profissional com o Palmeiras, algo que considera motivo de orgulho. Sica lembrou que seu escritório atua de forma ampla no futebol brasileiro, prestando serviços jurídicos a mais de 30 clubes em todo o país.

Segundo o advogado, o portfólio inclui o Red Bull Bragantino, com quem trabalha desde 2011, o Cruzeiro, desde a criação da SAF, e o Bahia, desde a compra pelo Grupo City, além de diversas outras equipes que integram tanto a Libra quanto a Liga Forte União (LFU). Ele concluiu reafirmando o caráter profissional e independente de seu trabalho no cenário esportivo nacional.

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