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·24 Oktober 2025

Consultoria aponta contratos lesivos e sugere recuperação judicial no Corinthians

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Uma reunião para a apresentação de relatórios da Ernst & Young (EY) confirmou a grave situação financeira do Corinthians. A análise da consultoria não apenas validou a dívida bilionária do clube, mas também identificou contratos com cláusulas lesivas. Diante disso, o estudo indicou a recuperação judicial como uma das alternativas para a diretoria considerar. Os executivos da EY apresentaram os relatórios ao presidente Osmar Stabile na última segunda-feira (20). Inclusive, a atual administração pagou pelo serviço, que a gestão anterior, de Augusto Melo, não havia quitado.

O relatório financeiro é alarmante. A dívida, que era de R$ 2,2 bilhões em junho de 2024, atualmente já está na casa dos R$ 2,7 bilhões. Apesar disso, a consultoria aponta um potencial de otimização de resultados na ordem de R$ 84 milhões por ano. Contudo, mesmo com essas melhorias, o relatório da EY indica que o clube ainda precisará aderir ao Regime Centralizado de Execuções (RCE) ou buscar alternativas como a recuperação judicial. O cenário é tão ruim que a consultoria já previa que o clube perderia a capacidade de honrar compromissos em setembro de 2024, o que efetivamente gerou um “transfer ban” em agosto deste ano.


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A EY se debruçou também sobre sete contratos específicos do Corinthians e encontrou diversos problemas. Nessa análise, a empresa confirmou a ocorrência de contratações e renovações de última hora, dias antes do impeachment de Augusto Melo. O contrato para fornecimento de bebidas e alimentos na Neo Química Arena, por exemplo, terminaria em 2025. No entanto, a gestão anterior o renovou até 2030. Este acordo é visto como “especialmente maléfico”, pois não se sabe como ele tratará a enorme receita adicional da provável liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios de São Paulo.

Outro exemplo grave é o contrato do estacionamento da Arena com a empresa Indigo, iniciado em 2018. Ele estabelece um faturamento mensal mínimo para que a empresa repasse algum valor ao Corinthians. Porém, se o faturamento não alcança o mínimo, a diferença se acumula para a meta do mês seguinte. Como o contrato passou pela pandemia, se tornou virtualmente impossível atingir o faturamento mínimo. Dessa maneira, o Corinthians não recebe nada pelo estacionamento. A atual diretoria, por fim, já estuda meios para rescindir o acordo, que vai até 2028.

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