Emocionado, vice-presidente do Inter faz forte pronunciamento | OneFootball

O Internacional viveu na Vila Belmiro uma das noites mais dramáticas de sua história recente. A derrota para o São Paulo, que deixou o clube ainda mais próximo da queda à Série B, teve repercussões imediatas dentro da sala de imprensa. Visivelmente abatidos, o técnico Abel Braga e o vice-presidente de futebol, José Olavo Bisol, concederam declarações fortes, emocionadas e reveladoras sobre o estado emocional e estrutural do clube neste momento decisivo do Brasileirão.

Abel, chamado às pressas para comandar o time nas duas últimas rodadas, não escondeu o peso da situação. Ele descreveu o clima como “constrangedor” e admitiu que o Inter foi superado desde o início, embora tenha lamentado o lance que originou o primeiro gol do São Paulo. “Não tô justificando derrota. O lance do primeiro gol foi uma falta que não foi e você toma o gol. Já estávamos sendo superados e isso mata o anímico do time”, afirmou o treinador. Segundo ele, o problema não foi tático, mas emocional: “Foram vários detalhes. Quando vem o primeiro gol, a gente pede para que o time não se desespere. Conversamos no intervalo, explicamos, mas tomamos um gol cedo de novo.”

Se Abel já havia demonstrado abatimento, a postura do vice de futebol ampliou ainda mais a dimensão do colapso vivido internamente. José Olavo Bisol, muito emocionado, fez um pronunciamento duro, reconhecendo fracassos e assumindo responsabilidades da diretoria. “Este resultado nos toma de um sentimento de muita tristeza, reflexão sobre o que buscamos para mudar este momento. Fizemos uma série de gestos neste ano”, disse. Na sequência, destacou que a culpa não recai sobre a nova comissão técnica: “Trocamos a comissão. A responsabilidade é da diretoria. O nosso ídolo maior, treinador, que hoje se coloca à disposição para ajudar, não tem responsabilidade sobre este momento.”

A derrota — somada ao desempenho irreconhecível, ao clima de desespero e às falas carregadas de emoção — expõe a gravidade da crise colorada. Restam duas rodadas para evitar a queda, mas o ambiente interno mostra um clube psicologicamente abalado, pressionado, e que tenta, nos últimos suspiros do campeonato, reencontrar forças para sobreviver.