João Diogo Manteigas: «Estamos a contratar cada vez mais caro e isso tem impacto» | OneFootball

João Diogo Manteigas concedeu, esta terça-feira, uma entrevista ao canal BTV - que acolheu o testemunho de todos os outros candidatos -, tendo abordado inúmeras temáticas sobre as eleições à presidência do Benfica.

O candidato ao cargo falou sobre a necessidade de «mudança dos quadros competitivos», relativamente à arbitragem, tendo ainda salientado a importância de apostar na formação do Benfica, bem como da antecipação aos outros clubes em termos de scouting.

Recorde-se que as eleições para a presidência do Benfica estão marcadas para o próximo dia 25 de outubro.

João Diogo Manteigas em discurso direto:

Remuneração e transparência: «Concordo. Os estatutos foram alterados e assim foi definido. A primeira coisa que vamos fazer é entregar a nossa declaração de rendimentos para que acompanhem tudo, desde o momento que entrámos [no cargo] até ao momento em que saímos.»

Modelo desportivo e formação do Benfica: «O Benfica tem um plantel com muitos jogadores, deve ser mais otimizado. Isso passa por uma redução do plantel, não muito grande. A nossa segunda grande arma de arremesso é apostar na formação, mas, sobretudo, retê-la. Temos de fazer tudo pelo nosso coração, que é o Seixal.»

«O Benfica vende bem em termos de jogadores, mas, na nossa ótica, contrata mal em termos de valores. Estamos a contratar cada vez mais caro e isso tem impacto. Apostar na formação implica trabalho, confiança e certeza.»

Aposta no mercado português: «Os clubes exigem coisas [ao Benfica] que não exigem a outros clubes. O maior talento ter de ser retido. Precisamos de apostar nos jogadores em Portugal. O Benfica pode antecipar-se no scouting, em vez de comprar aos clubes que já vendem caro ao Benfica.»

José Mourinho: «Mourinho é o treinador do Benfica e tem de ser defendido. É uma pessoa com muita experiência, que vai dar-se muito bem com os nomes que vamos apresentar. Vai ficar inclusivamente muito agradado com o nome que vamos apresentar para a semana para diretor de futebol.»

Dívida: «Há custos que podem ser efetivamente reduzidos, há alguma forma de cortar residualmente. Existem dois grandes monstros que o Benfica não precisa de mão externa: um é o passivo e outro é a dívida financeira.»

Direitos televisivos: «O Benfica não pode perder dinheiros nos próximos dois anos. O produto português não vale aquilo que a Liga Portugal diz que vale. A primeira e a segunda ligas têm clubes a mais. Não há competitividade entre os clubes intermédios. Precisamos de ter mais equipas nas ligas europeias. E como se consegue isso? Reduzir o número de clubes.»

«O Benfica tem de receber mais porque é quem mete mais pessoas no Estádio, quem paga mais... Esta liga não vai ter sucesso nesta proposta de centralização.»

Arbitragem: «A mudança dos quadros competitivos é algo que urgentemente precisamos de fazer. O Benfica tem de ser intransigente e passar a ser vigilante.»