AVANTE MEU TRICOLOR
·3 September 2025
SOBROU ATÉ PARA NEYMAR NA REUNIÃO DO SÃO PAULO COM OS ÁRABES: "VOCÊS BRASILEIROS QUEREM OS JOGADORES E NÃO QUEREM PAGAR"

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·3 September 2025
Marcos Leonardo comemora gol pelo Al Hilal no Mundial de Clubes (Michael Reaves/Getty Images)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
Nas mais de 15 horas ao todo, somadas, que duraram as reuniões que acabaram não selando a transferência de Marcos Leonardo para o São Paulo, em nenhum momento o Al Hilal, com quem o atacante tem contrato até junho de 2029, se mostrou aberto a ceder o jogador sem nenhum tipo de compensação financeira.
Esse é o saldo revelado por fontes consultadas pelo AVANTE MEU TRICOLOR na manhã desta quarta-feira (3).
Apesar de toda a articulação feita pelo próprio jogador, que através do seu estafe oficializou a oferta de abrir mão dos salários, luvas e bônus que tinha direito a receber no clube saudita até dezembro em troca do empréstimo ao Tricolor, o Al Hilal, no final das contas se mostrou irredutível.
"Vocês brasileiros querem os jogadores, mas não querem pagar por eles. Marcos nos custou muito. O mínimo é que vocês ofereçam algo para que essa conversa faça sentido", disse um representante do Al Hilal em um dos momentos mais tensos das conversas realizadas na última terça-feira (2), segundo contam fontes ouvidas pela reportagem.
Esse mesmo representante, aliás, lembrou a polêmica saída de Neymar do clube, que rescindiu o seu contrato para acertar com o Santos no início do ano. Em caso mais ou menos semelhante, o astro do time rival decidiu deixar o Al Hilal após não ser inscrito para jogar o Campeonato Saudita.
Em uma negociação igualmente tensa, os sauditas recusaram emprestar o jogador aos praianos e a situação só se resolveu com a interferência da Liga Saudita e a decisão de Neymar de abrir mão de parte que ainda tinha a receber do Al Hilal.
"Em determinado momento mencionaram o Neymar e como os clubes brasileiros negociam com os jogadores sem ter a liberação ou estar com as tratativas pela liberação avançadas", disse uma fonte.
A verdade é que os dirigentes são-paulinos falaram pouco mais que o necessário com os sauditas. Salvo uma ou outra explanação, em que destacaram o ponto positivo de Marcos Leonardo estar no Morumbi até dezembro, atuando constantemente em uma grande vitrine e com potencial de ser convocado para a Seleção Brasileira, as conversas foram dominadas pelo estafe do próprio atacante. O que acarretou em discussões quando foi ressaltado que o atacante não quer ficar no clube diante do cenário atual, em que vive um litígio com o técnico Simone Inzaghi e está fora da lista de inscritos do Sauditão.
Por três vezes ao longo do dia o São Paulo aumentou o sarrafo por Marcos Leonardo. Na proposta mais alta, digamos assim, o clube do Morumbi ofereceu o valor dos salários do atacante na Arábia somados de setembro a dezembro como pagamento pela liberação. A resposta, sincera, foi de uma dura crueldade para os padrões financeiros atuais do Tricolor.
"Temos ofertas mais vantajosas pelo jogador", alegou um dos representantes do clube saudita, segundo revelaram fontes. Esses interessados seriam de mercados onde a janela de transferências segue aberta e com maior poder de investimento que o São Paulo, como Turquia, Rússia e Ucrânia.