Técnico do Corinthians faz análise de classificação para a decisão da Libertadores Feminina | OneFootball

O Corinthians se classificou para a decisão da Conmebol Libertadores Feminina – irá enfrentar o Deportivo Cali (Colômbia) – ao vencer a Ferroviária por 6 x 5 nas penalidades máximas – depois de um empate por 1 x 1 no tempo normal. O confronto aconteceu no Estádio Francisco Sola, em Lencho, na Argentina. O gol das Brabas foi anotado pela zagueira Mariza.

Em entrevista aos jornalistas na zona mista logo após a partida, o técnico Lucas Piccinato fez uma análise da classificação corinthiana e enalteceu a equipe da Ferroviária, que recentemente passou a ser comandada pelo técnico Léo Mendes. O comandante das Brabas afirmou que seu time teve o controle do jogo, mas sem criar tantas oportunidades claras no início do jogo, algo que mudou ao longo dos 90 minutos.

Foto: Staff Images Woman/Conmebol

“Acho que foi um jogo como a gente imaginava, contra uma equipe brasileira, que conhece e estuda muito. O trabalho do Léo (Léo Mendes, técnico da Ferroviária), no outro lado, é excepcional. Ele mudou o contexto da equipe da Ferroviária no ano e a gente sabia que seria um jogo de muitos detalhes. Dominamos as ações, mas não conseguimos gerar tantas situações. A Ferroviária talvez tenha tido uma chance clara no começo do jogo e a gente abre o patamar numa situação que vem sendo o nosso forte aqui, que sempre tem sido a bola parada.”

“A gente modificou um pouco o time para tentar jogar nas transições que a Ferroviária daria. Geramos oportunidades. A Luciana fez defesas incríveis e, em jogo de Libertadores, é um pouco isso: o contexto onde você vai vendo o adversário, ele vai ficando vivo e você, não matando, ele vai achando que dá”, iniciou.

Em seguida, Piccinato comentou sobre a pressão exercida pela Ferrinha na parte final da partida. O Corinthians vencia a partida até os 37 minutos da etapa final e sofreu o empate pouco tempo depois: “A Ferroviária foi muito bem no fim do jogo para nos empurrar para trás. Não conseguimos sair muito das possibilidades e sofremos o gol. É um reflexo de não perder as oportunidades que a gente tem no jogo. Mas esse time, mentalmente, é muito forte. Fez história aqui hoje. Terceira final em sequência. Acho que é a primeira vez da história que um time chega três vezes na final da Copa Libertadores. Mostra o quão difícil é jogar a Libertadores. A gente já joga ela há muitos e muitos anos, mesmo assim nunca tinha conseguido um feito de chegar em três finais seguidas.“

“Então, muito contente de a gente ter tido a personalidade para acalmar o coração. O momento era todo da Ferroviária. Você faz o gol no final do jogo, o momento psicológico muda. A gente teve uma mentalidade muito forte de saber esfriar a cabeça, bater os pênaltis com tranquilidade, e a Nicole, mais uma vez, foi feliz para salvar a equipe”, continuou.

Posteriormente, o treinador atualizou o quadro clínico da meia Andressa Alves, que sentiu um desconforto muscular na posterior da coxa esquerda e acabou sendo substituída pela meio-campista Vic Albuquerque aos 26 minutos da segunda etapa. De acordo com o Meu Timão, a camisa 9 já vinha sentindo um incômodo no local no confronto diante do Boca Juniors, no último sábado (11), pelas quartas de final do torneio internacional.

“Ela sentiu a posterior da coxa, não sei exatamente o grau, mas ela estava com bastante dor. A gente tem muito pouco tempo de um jogo para o outro, então não tem como precisar se ela vai estar apta para a final ou não. Nosso departamento médico vai fazer o melhor trabalho possível para colocá-la na condição de jogar no dia da noite.”

Por fim, exaltou a preparação da equipe corinthiana no momento das penalidades máximas e voltou a falar sobre a eficiência ofensiva das Brabas: “Todas as que estavam em campo, as dez, tinham condições de bater. Umas, obviamente, mais preparadas, outras menos. Passa um pouco pela confiança. A Duda não estava tão confiante, por exemplo, mas quando foi para os alternados, chamou a responsabilidade. A Jaque, por exemplo, estava muito confiante, bateu bem no treino e infelizmente errou. Uma goleira do outro lado que é especialista em pênalti, que já fez a Ferroviária ser campeã assim, inclusive. Então, muito contente por ter passado esse momento.”

“É um momento para a gente não pensar tanto como vai ser, se vai ser um jogo maravilhoso, se vai ser um jogo que a gente vai gerar muitas oportunidades. A gente tem que buscar a vitória, a classificação, o próximo passo. Foi assim no Brasileiro. Tem sido assim. Se for bonito e a gente conseguir golear o adversário como foi com o Boca, show de bola, maravilha! É para isso que a gente trabalha. Mas se o jogo for para um lado onde você decide na unha, a gente vai decidir na unha também”, finalizou.

A decisão entre Corinthians e Deportivo Cali (Colômbia) acontecerá nesta sábado (18), às 16h30 (de Brasília), no mesmo estádio do duelo contra a Ferroviária. As Brabas, maiores vencedoras do torneio internacional, buscarão o sexto título da competição (2017, 2019, 2021, 2023 e 2024).

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