
Central do Timão
·17 Oktober 2025
Volante do Corinthians fala sobre inconsistência da equipe e postura da equipe em derrota contra o Santos no Brasileirão

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·17 Oktober 2025
O Corinthians enfrentou o Santos na Vila Belmiro na noite da última quarta-feira, 15 de outubro, em partida válida pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, e acabou sendo derrotado pelo placar de 3 x 1. O resultado manteve o Alvinegro na 12ª colocação do Campeonato Brasileiro com 33 pontos (oito vitórias, nove empates e 11 derrotas – 30 gols marcados e 35 sofridos).
Completando 100 jogos com a camisa corinthiana – com dois gols e duas assistências (ano com maior número de participações em gols na carreira juntamente com 2023, quando atuava no Cuiabá), o volante Raniele, autor do único tento corinthiano na partida, falou sobre a marca expressiva pelo clube e lamentou a derrota, além da postura da equipe.
Foto: Reprodução/Central do Timão
“É uma marca que eu nunca sonhei em atingir. Eu acho que teve uma vez que eu fiz 50 jogos pela Ferroviária, me deram uma camisa eu fiquei muito feliz, porque era um momento importante pra minha carreira. E, naquele momento, se me dissessem que eu ia fazer 100 jogos pelo Corinthians, eu acho que eu desacreditaria. Mas Deus foi bom na minha vida e tem feito coisas gigantes na minha carreira. Mas, esse momento eu acho que foi ofuscado, apesar do gol. Eu acho que foi algo que vai ficar em segundo plano, essa marca de 100 jogos, porque, apesar de eu ficar feliz por alcançar esse número, eu particularmente me sinto envergonhado, principalmente pelo primeiro tempo que eu fiz.”
“Não falo só do time inteiro. Eu acho que todo mundo no time é autocrítico e sabe onde errou, mas falando por mim, eu fico envergonhado pelo primeiro tempo que eu fiz. Mas isso não tem desculpa. E no segundo tempo a gente melhorou um pouco, conseguiu fazer nosso gol. Mas acho que a marca hoje vai ficar em segundo plano. Fico feliz pela marca, pelo gol, mas não é o que eu tenho que comemorar“, iniciou.
Em seguida, o camisa 14 do Corinthians comentou sobre o desempenho da equipe em clássicos fora de casa no Brasileirão, uma vez que a equipe perdeu todos – dois por 2 x 0 e um por 3 x 1- para Palmeiras, São Paulo e Santos, respectivamente. O volante também revelou uma conversa do elenco no intervalo com o auxiliar Lucas Silvestre sobre a postura do time sobre a postura da equipe, que foi dominada no primeiro tempo e encerrou o primeiro capítulo do clássico perdendo por 2 x 0.
“Eu acho que falta um pouco de, não sei se falta, mas a gente entra com uma atitude diferente do que a gente entra nos outros jogos. A gente precisa rever isso porque a gente consegue fazer jogos que nos animam muito, jogos de casa, fora de casa, que a gente consegue impor nosso ritmo, consegue pressionar o adversário. Em outros jogos, a gente não sabe o que acontece, que não consegue repetir o mesmo desempenho. Então, não sei, eu acho que é o que a gente precisa ver urgente, porque não pode estar todo o jogo que a gente faz fora de casa contra um adversário importante assim. A gente vem aqui e dá as mesmas desculpas. A gente precisa melhorar e precisa ser logo.”
“As informações (sobre o Santos) foram passadas. A gente sabia e teve a semana inteira falando que o time do Santos é um time que pressiona muito no primeiro tempo. Foi passado dados, foi passado vídeos e a gente sabia da intensidade deles. Eu acho que, às vezes, a gente precisa também entender que a gente não vai fazer o melhor jogo da história do Corinthians e a gente precisa, pelo menos, segurar o placar no primeiro tempo, porque no segundo tempo a gente sabe que eles baixam, e foi o que aconteceu.”
Ele prosseguiu ressaltando que a culpa foi totalmente do elenco: “Então, hoje, a comissão técnica não teve zero de culpa; a culpa foi toda nossa. A gente entrou de uma maneira que não era para entrar. A gente entrou de uma maneira que a gente não treinou, porque a altura da semana foram treinos muito bem feitos. E no jogo, a gente não fez da mesma forma. Então, eu acho que a gente tem que isentar a comissão, porque tudo foi passado, todas as informações foram passadas e a gente não correspondeu dentro de campo, fez errado e a culpa é toda nossa”, continuou.
Raniele também foi questionado sobre a inconstância da equipe na competição nacional, visto que o Corinthians não consegue engatar uma sequência de vitórias. Em sua resposta, o volante ressaltou que, apesar disso, a equipe vinha tendo bons desempenhos mesmo sem resultados positivos contra o Flamengo – derrota por 2 x 1 em casa – e o empate contra o Internacional pelo placar de 1 x 1, no Beira-Rio.
“Os jogos na semana passada, eu acho que não seria loucura nenhuma falar que a gente mereceu a vitória nos três. Infelizmente, não aconteceu. E por detalhes, contra o Flamengo, um momento de desatenção, um lateral que era nosso e deu para eles, e acabou que a gente perdeu os pontos. Contra o Inter, um lance no final que, na minha opinião, não foi (pênalti). E aí, contra o Mirassol, a gente conseguiu fazer o nosso trabalho da mesma maneira que tinha feito nas outras duas partidas e venceu o jogo. Mas se a gente leva os três pontos nessas três partidas, acho que não seria loucura nenhuma. Então, acho que tudo se resume a detalhes. A gente tomou um gol de bola parada com três minutos de jogo. Tomamos um gol indefensável, num chute que o Barreal foi muito feliz, e um gol de pênalti.”
“Com toda a merda que a gente fez no jogo, com todo o mau desempenho que a gente teve, a gente ainda tomou três gols, que foram de outro, de pênalti. Então, a gente tomou três gols que, por detalhes, a gente escapa de ter resultados. Então, acho que ter concentração é manter concentração 100% do tempo, porque a gente não pode mais estar fazendo isso. A gente não pode mais entrar em jogos da maneira que a gente está entrando, e não pode se repetir esses resultados.”
Por fim, o meio-campista do Corinthians ainda revelou um alerta dado pelo auxiliar Lucas Silvestre em relação a necessidade de melhora da equipe na partida. Caso contrário, o clube do Parque São Jorge sofreria uma derrota com grande diferença de gols.
“O treinador falou, o Lucas falou no intervalo que, se a gente não mudasse a nossa atitude, a gente ia sair com um placar mais elástico ainda do que já tinha sido o primeiro tempo. E, apesar do pênalti do Bidon ali e eles terem feito gol de pênalti, eu acho que a gente conseguiu controlar mais o segundo tempo. Conseguimos ter mais posse de bola, finalizamos mais vezes. Isso, fazendo uma comparação com o nosso primeiro tempo. Então, lógico que foi falado, a gente mudou um pouco a atitude no segundo tempo, mas ainda assim foi muito aquém do que a gente pode fazer.”
“A gente tinha totais condições de fazer uma partida assim como a gente fez contra. o Inter contra o Atlético Mineiro contra o Vasco fora de casa e vir aqui e fazer nosso resultado, mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. A culpa hoje é toda nossa. Acho que hoje a gente mereceu a derrota”, complementou.
Agora, o Corinthians voltará aos gramados no próximo sábado, 18 de outubro, às 18h30 (horário de Brasília), para enfrentar o Atlético-MG, na Neo Química Arena, em duelo válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Confira abaixo outras respostas do volante do Corinthians na entrevista coletiva:
O Corinthians escolhe jogos?
“Não, eu acho que o fato de a gente escolher jogos acho que não condiz com o que a gente faz. Eu acho que, lógico, tem jogos que a gente tem desempenhos bons e desempenhos ruins, mas a gente é. Se a gente fosse escolher, a gente escolheria todos. Então não tem essa, ‘não é esse jogo aqui…. vamos entrar como só mais um. Ah, esse aqui, lá vamos entrar e vamos dar vida’. Não tem isso. Só que tem jogos que acarretam momentos diferentes. Eu acho que a gente vinha, se a gente fizer um recorte dos primeiros cinco minutos ali, a gente conseguiu ter uma posse, a gente conseguiu colocar eles em bloco baixo em alguns momentos de construção. E aí, estádio cheio. Estádio lotado, eles com toda a mobilização que fizeram pelo time, pela torcida fazer um gol. Com três minutos pra eles, o ambiente virou e ficou proporcional pra eles. Então, eu acho que não tem essa de escolher jogos. O jogo foi dificultado pela nossa atitude, pela nossa maneira de jogar. E acho que faltou um pouco de atitude da gente no jogo, principalmente no primeiro tempo.”
As vezes falta os jogadores querem mais em determinados jogos para conquistar as vitórias?
“A última pergunta eu realmente reconheço que o primeiro tempo foi muito abaixo, meu individualmente falando. Eu acho que se a gente for falar de motivação, cada um tem seu estado de vida, cada um tem a sua carreira, cada um sabe onde pisou, onde quer pisar. E a minha motivação é vestir essa camisa, representar a minha família, representar a torcida do Corinthians. Eu acho que a questão não é realmente o que que falta para o jogador se sentir motivado. Acho que às vezes a gente sabe como é que é o futebol brasileiro, então o Santos é um time que pressionava muito, o primeiro tempo fazia muito esse tipo de Eu acho que às vezes não depende. Muito de motivação, acho que a tem que entender, às vezes, o jogo. Também, contra o Flamengo, por exemplo, foi um time que pressionou muita gente. A gente conseguiu achar soluções para a pressão deles, contra o Inter também. O primeiro gol que a gente faz é um gol que a gente fica mais de um minuto com a pausa. E esse jogo, a gente não estava achando essas porque com certeza a gente vai achar times que são capazes de pressionar a gente, de roubar a bola.”
“Então, acho que a gente precisa entender mais esses momentos, que quando não dá para jogar, não dá para jogar, não dá para jogar por dentro. A gente tem que fazer uma alternativa, tem que mudar para uma ligação direta. Se eles estão pressionando alto, a gente usa as costas da linha deles. Então, eu acho que vai muito mais da gente entender o momento do jogo do que realmente alguma motivação ou algo que não. Agora, eu inspirei aqui, vou jogar. Esse não se encaixa muito bem no que foi, no que faltou hoje. Acho que todo mundo aqui, todo mundo que jogou hoje sabe o que precisa, o que precisa fazer e precisa para se motivar, para se sentir inspirado por jogos. Mas, acho que não foi exatamente essa a situação que a gente viveu hoje. Acho que a gente precisou entender um pouco mais qual que era o estilo do jogo.”
Objetivos no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil
‘Eu acho que ninguém pode negar que se a gente conseguir bons resultados, ganhar pontos e chegar na Copa do Brasil sem preocupação nenhuma, figurando na primeira parte da tabela, a gente vai estar feliz, vai estar conformado. Desculpa, mas a gente sabe que, se tratando de Corinthians, a gente tem que aumentar. Então, a gente tem que ganhar pontos, tem que ganhar o máximo de pontos que a gente puder nos jogos que faltam, porque a gente sabe o quão importante é, financeiramente, o quão importante é, falando em competições para o ano que vem. Competições internacionais. Para o ano que vem, a gente tem uma colocação boa, então, acho que.
“O objetivo é a gente ganhar pontos o mais rápido e o máximo possível para poder ficar em uma posição que traduza com o elenco que a gente tem. Espero que isso aconteça o mais rápido possível, para que a gente possa chegar nas semifinais da Copa do Brasil sem ter preocupação nenhuma, porque a chance de título mais próxima que a gente tenha é. Então, eu acredito que a gente irá escalar posições no Campeonato Brasileiro logo mais rápido, porque a gente precisa disso para poder aliviar financeiramente. O ano que vem tem competições, então acho que o principal objetivo é esse: é ganhar o máximo de pontos que a gente puder o mais rápido.”
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