VOCÊ SABIA? CASO MARCOS LEONARDO NÃO É INÉDITO. SÃO PAULO E AL HILAL JÁ BRIGARAM ANTES... POR RIVELLINO | OneFootball

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·3 September 2025

VOCÊ SABIA? CASO MARCOS LEONARDO NÃO É INÉDITO. SÃO PAULO E AL HILAL JÁ BRIGARAM ANTES... POR RIVELLINO

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Tricampeão do mundo em sua única aparição com a camisa tricolor (Morumbiteca)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo


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O torcedor são-paulino acompanhou apreensivo o último dia da janela de transferências do futebol brasileiro na espera pela comoção do Al Hilal em liberar Marcos Leonardo para reforçar a equipe no restante da temporada.

O que pouco lembram, contudo, é que não foi a primeira vez que o Tricolor entrou em desavença com o clube da Arábia Saudita por causa de um jogador. E o primeiro nome da lista, aliás, é um grande conhecido: Roberto Rivellino, ídolo do rival Corinthians e tricampeão do mundo.

No início de 1981, um veterano Riva de 35 anos aproveitou suas férias no Brasil para frequentar as dependências do clube social do São Paulo por morar no Brooklin, zona sul da capital paulista. O meia-atacante pensava em voltar a atuar no país natal, estava mantendo a forma física e logo a novidade correu entre os dirigentes do Tricolor.

Interessado, Rivellino chegou a acertar bases salariais com o São Paulo e até anunciou a sua data de chegada: maio daquele ano, quando seu contrato com o Al Hilal (sim, esse mesmo de Marcos Leonardo) terminaria.

O tricampeão mundial pensava estar escorado nas bases legais da jurisdição brasileira, que pela idade avançada poderia pleitear o passe livre (os mais jovens certamente não terão a menor ideia do que estamos falando aqui) e assim atuar sem maiores problemas pelo Tricolor.

Ledo engano. No entendimento dos sauditas, Rivellino tinha seu passe preso ao clube do país asiático. E logo trataram de acionar mecanismos legais, Fifa inclusive, para impedir o meia-atacante de atuar profissionalmente sem que houvesse compensação financeira pela sua liberação.

A cessão do passe a Rivellino poderia ocorrer de forma amigável, mas o craque vivia um período conflituoso com os sauditas (tal como Marcos Leonardo). Brigara com o treinador, um egípcio (tal como Marcos Leonardo). E, pior ainda, bateu boca com o dono do Al Hilal, da família real saudita (tal como Marcos Leonardo agora?) ao se recusar a assinar a renovação do contrato.

Por longos cinco meses a diretoria do São Paulo tentou, em vão, obter a liberação do passe de Riva. Mas a questão já não era nem mais financeira. Se sentindo ofendido, o príncipe saudita anunciava em alto e bom som que o tricampeão mundial prometera encerrar a carreira e lhe enganou acertando com o Tricolor. Ou seja, não liberaria a documentação do jogador.

O golpe definitivo para se ter a liberação de Rivellino aconteceu em 22 de setembro de 1981. Graças a uma mãozinha de Rubens Minelli, histórico comandante tricolor, campeão brasileiro em 1977 e que na ocasião dirigia a seleção da Arábia Saudita, marcou-se um amistoso do clube com eles no Morumbi. Uma tentativa de sensibilizar o príncipe (tal como Marcos Leonardo agora).

Diante de menos de 3 mil pagantes e com TV ao vivo para todo o Brasil, Rivellino atuou com a camisa são-paulina e teve participação discreta na goleada por 5 a 1. A falta de ritmo e o desentrosamento pesaram, mas o papo após a peleja era de que treinando ao lado do elenco diariamente e atuando com regularidade, poderia recuperar ao menos a parte do brilho que o tempo preservou.

A festa foi inútil (tal como Marcos Leonardo agora) e nem o apelo de Minelli serviu para apaziguar a fúria do príncipe, que manteve sob suas rédeas o passe do tricampeão mundial.

Sem ter como atuar profissionalmente, Rivellino anunciou a aposentadoria menos de 20 dias depois do amistoso, marcando o causo insólito, sua única aparição com a camisa do São Paulo e vendo, de certa maneira, sua história se repetir 44 anos depois.

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